Apreciem maravilhas do tempo romano (?)...Pesos de rede - bico e bocal de ânfora.
Sou
uma perdida por achados antigos em cerâmica.Um excelente preço - se fosse
no Pedrinhas "upa upa"...só comprava uma peça e,...
Resgatados nas
areias de Tróia. Achados
deste
calibre e mais testemunhos da
actividade piscatória em época romana, estão em Museus, como:
- Setúbal
- Setúbal
- Alcácer do Sal, no Museu de Pedro Nunes: colecção de pesos, anzóis e agulhas de fazer e remendar rede.
- Museu do Tejo em Constância
- Núcleo de Arqueologia da Arqueojovem de Vila Nova da
Barquinha/Centro de Interpretação do Alto Ribatejo (Sr José Gomes) com achados em areeiros da chamusca.
- e,...
- e,...
Existem pesos
mais recentes chamados - "Pandulho" - utilizados até há poucas décadas
atrás na pesca no interior do estuário do rio Tejo, segundo um dos poucos calafates ainda vivos na zona de Vila Franca que trabalhou numa das fábricas de telha na zona de Alhandra - era aí que, numa actividade clandestina, a partir de
sobras de barro, se faziam os "pandulhos" que coziam juntamente com as fornadas de telha.
Fácil entender que na altura constituía uma economia clandestina paralela
associada à comunidade piscatória. De facto, no estuário do Tejo encontra-se
este material com bastante frequência, sobretudo entre materiais provenientes
da actividade dos areeiros.Existe abundância também destas peças, muito idênticas na lagoa
de Óbidos e, também existem no Mondego.
Nos espólios de pelos menos três centros oleiros de produção de ânforas foram encontrados pesos destinados à pesca à rede: na faixa atlântica na olaria do Morraçal da Ajuda - em Peniche e, os das olarias de ânforas romanas do Pinheiro e Abul, localizadas nas margens do Rio Sado.
Pertencem a dois momentos cronológicos diferentes, embora sejam idênticos: discóides e paralelos em Alcácer de Sal com diacronias augusto-tiberianas e também outros do mesmo tipo geométrico possuem cronologias que vão de Cláudio até aos finais do século II. As diacronias apresentadas, quer para o Morraçal, quer para o Pinheiro ou mesmo para a produção da olaria de Abul, são coincidentes, abrangendo, de uma forma geral, os dois primeiros séculos da nossa Era.
Foram encontrados pesos
de rede do tipo discoidal assim como paralelos com
diacronias de época romana embora se tenha consciência da utilização ao
longo dos séculos- de pesos de rede deste formato. Um encontrado em Tróia na margem do Sado, classificado como lusitano-romano, e que parece ser um possível paralelo.Nesta estação arqueológica sabe-se ser habitual encontrar-se, para além dos pesos de tipo disco, que são, normalmente em percentagem bastante diminuta, outros pesos de rede de forma geométrica fusiforme e que possuem um orifício perto do topo, portanto, descentralizado, achados que levam a questionar a possibilidade destes pesos terem ou não origem em produções romanas (?). Segundo informação do meu amigo Rhodes Sérgio os romanos apresentam algumas concreções calcárias resultantes da prolongada deposição marítima - o que me parece muito lógico.
Curiosamente nas escavações de Conímbriga, foram exumados alguns testemunhos da pesca,como são o caso de anzóis em cobre e em ferro, os quais foram utilizados para a pesca com linha que se praticava, certamente, no Rio dos Mouros.
Achados em Tróia "em forma de gota)"ou na costa algarvia com forma de "donut" São no entanto elementos mais pesados que os pandulhos.
Achados em Tróia "em forma de gota)"ou na costa algarvia com forma de "donut" São no entanto elementos mais pesados que os pandulhos.
Na banca onde os regateei tive a sorte de ouvir um cliente de frascos de tinta e de cola antigos para decorar a sua papelaria - atrai a clientela dizia-me ele - "as pessoas entram e não lhes escapam estes objetos antigos e distraídas até acabam por comprar..." dizia-me quando me viu interessada em tais achados marinhos..."tinha dos pesos iguais que ofereci ao Museu de Setúbal".
À atividade
da pesca estariam ligados uma série de utensílios próprios, de entre os quais
se destacam os que complementariam o uso das redes de pesca, como é o caso das
agulhas e lançadeiras, “navettes”, para as coser e reparar e ainda pesos e
anzóis.
Em Troia
de Setúbal, dado as suas atividades se ligarem diretamente à salga, preparação
de molhos e a sua posterior comercialização por todo o Império, a presença
destes utensílios encontra-se bem presente, testemunhando uma intensa atividade
da pesca, da qual se destaca entre a grande panóplia de artefactos exumados
durante as escavações até ao presente efetuadas, anzóis de bronze e de ferro,
agulhas para fazer rede e diversos tipos de pesos em cerâmica, de formas discoides
e oblongas (?), e em xisto.
Ânforas -vasos antigos de origem grega de forma geralmente ovóide e possuidoras de duas alças.Feitos em barro ou terracota, com duas asas simétricas, geralmente o términos na parte inferior por ponta ou um pé estreito - servia sobre tudo para o transporte e armazenamento de géneros de consumo, tal como a salmoura. Era usada pelos gregos e romanos para conter sobretudo líquidos, especialmente o vinho. Servia também para conter azeite, frutos secos, mel, derivados do vinho, cereais ou mesmo água.
Contou-me o Sr Cabrita um apaixonado por arqueologia e fósseis - o Verdadeiro Pedrinhas - se bem que à posterior apareceu um geólogo Luís Sobral com notória paixão - alcunha - assenta hoje mais neste...no tempo os oleiros de ânforas deixavam a sua marca debaixo das alças com marcas - no caso apresenta traços- um de cada lado ( sendo um maior e outro mais pequeno- a foto o melhor que consegui.
Possivelmente este bico foi encontrado recentemente - pela fratura no barro muito viva.
Legado com cunho artístico!
Sempre esquecem a RIA DE AVEIRO, onde há PANDULHOS por todo o lado incluindo os PESCADORES que desde a IDADE MÉDIA colonizaram o LITORAL PORTUGUES desde MATOSINHOS a ISLA CRISTINA no sul de Espanha, incluindo os RIOS TEJO E SADO onde navegavam e pescavam...
ResponderExcluirAntonio Angeja
Não esqueçam que tb há ANFORAS DE AZEITE do tempo das nossas descobertas... tenho a boca de uma...
ResponderExcluirAntonio Angeja