Comprei este pequeno prato na banca do Sr Pedro na feira de Azeitão. Carote...
Como faiança de JOSÉ REIS DE ALCOBAÇA.
 |
Motivo casario com cúpulas e telhados diferentes . Árvore de ramos delineados em graça e folhas no pé, folhagem em
esponjado tal como o rodapé da pintura manual em aguada amora ,
ornado na aba do rebordo por filete largo-, onde se notam o sítio das
trempes que "estragaram" o esmalte.
|
Tardoz
emana uma patine em tom avermelhado. Coisa que estranhei. Sendo o barro
em Alcobaça da melhor qualidade em branco, esperava um esmalte mais
translúcida, branco, e não o é!
- POR ISSO FICA A DÚVIDA-, apesar da cor certos autores a atribuírem este tom a um seixo da região de Leiria ao ser triturado.
- Mas Coimbra também pintou cores desde o preto e azul em misturas de
aguadas que deram pinturas séptia, outras bonitas azuladas,e
acastanhadas, sem definição concreta ,da cor primária, mãe.
Possivelmente será fabrico do tempo que esteve em Coimbra-,
porque aí sim fabricava-se com barros de várias proveniências , branco,
amarelado, vermelho e misturas quando o deixavam chegar aos restos.
- Porque não tenho nenhuma dúvida em se tratar de José Reis!
Suscitaram-me dúvidas se o fabrico dos meados do século XIX foi no tempo que viveu e trabalhou em Coimbra ou quando se foi para Alcobaça a partir de 1875! Mas foi Alcobaça. Tenho uma almofia com o mesmo motivo com os ramos desenhados a mais escuro que no tardoz tem uma marca esborratada mas se identifica OAL. Depois de José Reis ter falecido a fábrica foi arrendada , viria nela a nascer mais tarde a OAL que numa fase pintou na continuidade do antecessor.
Segundo informação do meu bom amigo Jorge Saraiva da Oficina a Formiga passo a citar o seu comentário - " as pastas brancas, se estiverem mal cozidas, ficam cor de rosa e depois,
por muito bom que seja o vidrado (com óxido de chumbo que lhe dava a
transparência e brilho, e o óxido de estanho que lhe dava a opacidade
branca )o tom rosa fica sempre marcado ".