" Se me permite, gostaria de informar que a Cerâmica Vieira, fundada em
1862 por um natural de Vila Nova de Gaia e ceramista de profissão,
continua em laboração e está sedeada em Lagoa, Ilha de São Miguel, sendo
propriedade da 5ª geração da família que lhe deu o nome. Acrescente-se,
que tem um Museu onde se podem admirar muitas das peças ali produzidas
ao longo da sua centenária existência, sendo que uma das atuais
proprietárias, Manuela Vieira"
Potes com tampa esmaltados por fora e por dentro.
O maior com a pintura de um porco - símbolo a meu ver do produto aqui guardado - pelo tamanho seria -TORRESMOS - os mais pequenos BANHA.
Tantos nomes para a mesma peça - Esqueci-me de perguntar o nome dado na ilha
Vila Franca do Campo - fabricava-se loiça vermelha tosca
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Duas taças de fazer a massa da broa (crescente) |
3º Centro oleiro - Bandejo na freguesia da Ribeira Seca no concelho da Ribeira Grande.
Aqui não sei que tipo de faiança foi produzida...talvez esta que mostro a seguir cujo esmalte parece grés - mais rugosa à mão(?)
Aqui não sei que tipo de faiança foi produzida...talvez esta que mostro a seguir cujo esmalte parece grés - mais rugosa à mão(?)
Malga de
barro vermelho - o vidrado rugoso tipo grés, pintura forte -
seca sem brilho. Curiosamente comprei há muito tempo uma tacinha com
duas asas graciosas , flor ao centro e filete no rebordo a imitar louça conventual - o grés e a cor forte em tudo idêntica a esta -
por não conseguir decifrar a marca, julguei ser estrangeira - a vendi julgo em Tomar, e
não devia!
Floreiras - Ofereceu-me uma a da direita. A 1ª esmalte amarelado - Lagoa - a outra tipo grez possivelmente de dois centros oleiros distintos.
Recolhendo alguma informação deleitei-me com um estudo monográfico sendo que o nome - Dra Isabel Fernandes - ilustre estudiosa em faiança do mais alto gabarito dá um interessante testemunho sobre esta loiça excerto " vê nesta faiança aspectos singulares que a distinguem tecnicamente de outras produções do Continente. O seu encanto e a sua individualidade encontra-se, por um lado em serem peças de paredes espessas e de esmalte em que muitas vezes a quantidade de chumbo é superior ao normal o que torna a camada vítrea mais translúcida e amarelada, logo menos branca (...) e, por outro lado, pela beleza dos desenhos com temáticas muito próprias e dados em pinceladas vigorosas ou com recurso à técnica de estampilhagem".
http://repositorio.ul.pt/bitstream
http://repositorio.ul.pt/bitstream
- Cortesia do colega António Palminha -
Entrei na feira de Algés e deparei-me com uma banca cheia de loiça dos Açores!
Mui amavelmente me deixou fotografar as peças trazidas de lá recentemente - disse vender muito bem.
Mui amavelmente me deixou fotografar as peças trazidas de lá recentemente - disse vender muito bem.
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Pote; infusa; caneco;malgas e escarradeiras |
De imediato reconheci não ser fabrico português. Palpitou-me espanhol...agora sei que é faiança de LAGOA - AÇORES
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Também tenho uma carpete em trapologia típica açoriana |
Hoje na mesma feira tive um mais pequeno na mão sem tampa pintado em tons pastel com filetes ao centro - colado no rebordo do bojo com grande defeito de fabrico no corpo bojudo - para mim fazia-me 20€, dizia ser Coimbra... pior dizia que o vendia por 50€...também hoje vi na mesma feira duas jarras art decó afuniladas na base e abertura mais larga sendo todo o corpo pintado a filetes laranja e vermelho - assinadas.
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Termino como comecei - vasos com pegas assinados: Vieira - S. Miguel |
Encontrei esta enfusa, picheira, bilha, jarro...na banca do Aroucha que a vender ao António "cigano"