Uma peça "ratinho" fabrico meados século XIX de Coimbra.
Quanto à segunda peça (taça) mais pequena embora com prováveis influências da decoração ratinho, sugere possível produção de Alcobaça, que imitou muito bem os "morrões" de Coimbra.
Em 1895 o ceramista José dos Reis dos Santos deslocou-se em definitivo de Coimbra para Alcobaça onde fundou uma fábrica que produzia louça grossa, de feira, na tradição da faiança ratinho, que aqui era muito apreciada, principalmente pelo seu baixo custo e pela alegria das suas cores.
Em 1895 o ceramista José dos Reis dos Santos deslocou-se em definitivo de Coimbra para Alcobaça onde fundou uma fábrica que produzia louça grossa, de feira, na tradição da faiança ratinho, que aqui era muito apreciada, principalmente pelo seu baixo custo e pela alegria das suas cores.
- Esta peça apresenta a marca em borrão no tardoz que ainda assim identifica fabrico da OAL.
Interessante perceber através destas duas peças que os desenhos típicos desta faiança se prolongaram pelo século XX, apesar de nota evidente da melhoria do esmalte que no tardoz é mais homogéneo, no entanto pela frente retira a beleza da pintura manual. O quer dizer que introduziram novas técnicas de moldagem e de esmaltes, mas as mais antigas são mais bonitas, sem dúvida.
Uma e outra compradas num fim de semana, pela analogia acho-as muito interessantes sobretudo pela pequenez das peças, habituados que estamos a grandes exemplares.
Covilhete comprei-o na feira de Oeiras. Cativou-me: tamanho raro, se repararem, depois do fundo a caminho da aba, há um friso carateristico nestas peças, independentemente do tamanho, só as com mais de 35 cm se deve chamar de palanganas; a espiral fechada, sempre vi abertas, e o esponjado da flor em cor borra de vinho, a minha preferida.
- Tardoz tão carateristico nesta loiça ratinho.
Comprei esta tacinha na feira da ladra. O que me atraiu nela?
O desenho, catapultou-me para a decoração "ratinho".
No entanto ao pegar nela constatei que é uma peça inicio século XX muito translúcida, notam-se arrepios de esmalte tipo bolhas de ar...As cores não são fortes como em Coimbra -, o amarelo tradicional ocre passou a ser mais claro, o verde cobre também , aliás todas as cores se alteraram para policromia mais aberta.
Cortesia da IF |
Agradeço o comentário da IF que gentilmente mais uma vez me deu dicas muitos plausíveis desta faiança e com elas enriqueci o post - também pela foto de um prato da sua coleção.
O meu bem haja, é esta parceria de conhecimento que me deixa radiante.