Ora nada que mostrar algumas peças "ratinho"...para variar o olhar.
Hoje neste Dia de Portugal presenteei-me com um "ratinho" ligado à legenda dos afetos!

Hoje neste Dia de Portugal presenteei-me com um "ratinho" ligado à legenda dos afetos!
Um prato falante com a palavra mais doce-, AMOR ao centro. Um encanto à época o pintor seria homem especial, atrevido e amante, estando a palavra pintada a verde seco também carateristico de Coimbra, a lembrar o meu Sporting, a prenda maior,porque poderia ser a vermelho... debruado a filete fino em ocre.
A aba pintada com pinceladas largas em manganês e verde cobre com pequenas em azul alecrim e ainda pinceladas pequenas a ocre. O rebordo a fino filete em manganês.
Segundo o JS da Oficina da Formiga de Ílhavo, um amigo de continuidade que muito nos tem ensinado, sobre esta pintura diz " Por cá e nas lides da pintura desta decoração era designada por "murrão", "vamos lá pintar murrão".
Bacia alta como se chama na minha região do Maciço de Sicó, loiça tosca produzida em Coimbra para os camponeses levarem nas safras para o Alentejo e Ribatejo, sendo a loiça mais barata ganhou fama, e o nome da alcunha desse povo assalariado sazonal apelidados de "ratinhos" .
Esta peça de belas cores em verde cobre, amarelo ocre, castanho forte e azul alecrim para nos alegrar.
Tardoz em massa de textura grosseira com buraquinhos e arrepiados nos esmalte mostrando-se translúcida na cor do verde cobre. Apresenta-se "gateada".
A minha amiga Cristina que no convite que lhe dirigi para almoço, fez o favor do trazer, e vendeu, pois só faz coleção de peças em estado impecável...
Outra bacia mais pequena em estado novo, possível prenda de casamento, o usual na tradição com chouriças ou queijos na oferenda aos noivos, e jamais estreada.
|
levanta para a aba aberta com florões em ocre esponjados ligados por pinceladas em azul alecrim, manganês e verde. O rebordo com duplo filete castanho

O tardoz evidencia homogeneidade em relação à bacia anterior o que pode ser fabrico já do inicio do século XX, onde não faltam as marcas das trempes.Covilhete de espiral fechada ao centro em verde sendo apenas pintada metade da aba que se apresenta decorada com grande florão ou olho de pavão (?) em esponjado manganês e no centro pequenos círculos em azul alecrim e ocres, ladeado por pinceladas em verde cobre e outras mais finas em azul alecrim e ocre na direção do centro.O rebordo apresenta fino filete azul alecrim. O tardoz com as marcas das trempes, arrepiados e buraquinhos.
Belo exemplar de um casal amigo.As fotos possíveis na feira.
Decoração apresenta-se figurativo com mulher de carrapito, tocadora de viola, sob rodapé numa hélice em azul alecrim, ladeada por florões em policromia cromática. A aba em pinceladas em manganês e cordões de pontos em verde cobre com esponjados em verde e ocre. O rebordo em duplo filete manganês O tardoz apresenta-se de textura mais homogénea, embora com buraquinhos, o que pode ser fabrico início século XX.
Agora mais uma palangana, pelo formato agora o diâmetro deverá ser superior a 30 cm, e isso não sei, feito pelos camponeses em olarias familiares, toscas debaixo da linha do caminho de ferro em Coimbra para ganhar mais uns tostões, porque durante o dia trabalhavam as terras.
Textura mais rugosa, deve levar areia tipo grés. Ao centro apresenta um círculo em ocre e no limite do rebordo filete igual. A aba é decorada com ramos de cerejas cerise com folhagem verde. Fabrico século XX anos 20/30.