A conhecida Cerâmica de Viana -, em 1770, foi mandado publicar pelo Marquês de Pombal um alvará de
protecção a todas as fábricas de louça do país existentes e às que
viessem a estabelecer-se. As principais vantagens eram a proibição da
entrada no país de toda a louça estrangeira, excepto a que vinha da
Índia e China em navios Portugueses, e a isenção de direitos de saída do
país a toda a louça nacional.
- A Fábrica de Viana, como tantas outras, é "filha" deste alvará. Produziu faiança durante oito décadas -, 1774/1855 situa-se no Lugar do Cais Novo, da freguesia de Darque, Viana do Castelo.
- 1º Período em que a decoração era predominantemente feita em azul. Segundo José Queiroz " parece ser verossímil o 1º mestre ter vindo da fábrica real do Rato pela utilização da faixa caraterística de RUÃO com a qual rivalizou". Vastamente usada a corda no rebordo, recortes a tesoura, e serilha .
Peças da minha coleção
Atribuição a Darque - Prato no motivo cantão popular de rebordo tesourado e bom esmalte, pode ser deste período (?)
Prato de grandes dimensões mostra semelhanças pelos arcos da ponte, cúpulas...no entanto o seu fabrico é de barro vermelho-, fator que pode evidenciar fabrico de outra fábrica do norte (Gaia ou Coimbra (?) seja pelo esmalte melado brilhante típico de Miragaia de um determinado periodo ou da escola do Brioso (?)
- Ora boa matéria para estudo!

Possivelmente (?) estes meus pratos serão deste período, atendendo às carateristicas do esmalte tipo porcelana e as cores, sendo que o 1º é pintado à mão e o 2º estampa.
Este meu prato a não ser Darque sendo norte concerteza, leve, de refinada pintura com tochas em policromia e bom esmalte pode ser Fervença (?).


A grande diferença: o traço das pinceladas a a castanho é bem diferente no prato acima que se mostram largas e esbatidas com a ponta espessa da pincelada, enquanto no de baixo se mostra de pontas finas, delicadas e gordo.
Este prato pode ser Darque ou Fervença (?).

- Taça ao centro é pintada com espiral em vários círculos na cor ocre rematada alternadamente por filetes -, o 1º largo em verde, acima deste outro em azul cobalto e finaliza por dupla em finos a manganês. O bojo da taça termina em aba direita que lhe confere graciosidade .
Chamou-a a atenção a leveza -, quase porcelana ainda mais leve, fantástica a transparência da policromoa no tardoz -,
deslumbrante - mas esta caraterística julgo advêm da temperatura do
forno na cozedura.

Bacia pode ser Fabrico de Darque ou SAVP(?), extremamente fina, parece porcelana, de pintura transparente no tardoz. Nos achados arqueológicos recentes o motivo a escuro sob estampa em chapa é carateristica da decoração, o mesmo do centro.

Prato da minha coleção |
Jarra em art déco em marmoreado, assinada na pasta "V" andava à venda na minha banca-, em Pombal um conhecedor viu-a, e com um sorriso chamou-me à atenção...perdi a imagem do fundo com a marca.

Jarro ou gomil com efeitos relevados na pasta no bocal e no pé.Decoração floral com folhas de agrião.
Bacia
3° período conhecido como o período
da decadência. O declínio deveu-se ao descuido da qualidade dos
produtos usados na produção da cerâmica, de forma a torná-la mais barata
e assim poder concorrer com os preços competitivos da cerâmica inglesa.
A conjuntura política da época, que coincide com a entrada das tropas
inglesas em Portugal e a consequente entrada da cerâmica inglesa no
nosso mercado, vai permitir, após vários esforços em contrário, ao
encerramento da fábrica em 1855.- Pratos podem ser produção desta época (?)

Enfusa da minha coleção de grande dimensão em grés com pintura floral em policromia e folhas de agrião
Molheira graciosa com florezinhas rematada por belas pegas com dourados
- Assinada: Viana século XX mas não é de nenhuma das fases da antiga fábrica de Darque- trata-se da Fábrica da Meadela, que começou em 1947 a fazer reproduções de louça de Darque.