Grande lamento, julgo, após o 25 de abril a margem sul foi vendida a grandes empresas de combustíveis e afins, que absorveram a frente ribeirinha do olhar e do prazer do cidadão comum, com placas " propriedade privada".Para pensar!Não havia segurança no parque, saí do carro, ao longe senti gente por entre pedras enegrecidas de musgos, junto do cais do Porto Brandão, na apanha de algum marisco, deleitei-me com a encosta , debalde sem máquina para registo de momentos-, obelisco em argila que o tempo desgarrou da falésia, fiquei-me na apanha de petúnias trepadeiras-, flores em azul tucano, em olho rosa ciano, mal cheguei a casa não resisti pô-las junto dos meus pratos em cantão China, melhor mote para mostrar mais uma vez o nosso "cantão popular".
Desta feita uma bela travessa ovalada de rebordo recortado em tesoura relevado.O desenho estende-se por todo o centro; dos lados duas árvores de folhagem caída alternada com outra com corações, que se inclinam para o pagode com tabuado entrançado, ao lado dois janelões de ombreiras curvas, como se fossem dois olhos, o telhado termina com um torniquete em ferro forjado (?) ao lado outro pagode mais pequeno com cúpula e duas janelas com grades em cruzamento(?) sobre ponte com três arcos, rodapé de esponjados a meia tinta.
No tardoz dos pagodes distribui-se uma árvore estilizada, araucária(?) entre os dois pagodes, folhas com o limbo, sequência de três montes (?) , aves(?) e riscados em ziguezague
O rebordo em tesoura é fantástico
Tardoz, o covo em redondo
Esmalte branco opaco, seria mergulhado em tina com uma solução esbranquiçada espessa(?).
Na minha coleção tenho outras peças mui semelhantes
Travessa de formato oitavada , mas de desenho muito semelhante
Prato de rebordo em tesoura, contudo difere em três pontos; apresenta um barco de formato igual à ponte com remadores de remos nas mãos, apenas apresenta uma árvore sem ponta do lado direito e é seguramente de fabrico bem mais antigo.
Pois a eterna dúvida, a origem da minha travessa!
Será produção do norte, com muita certeza pelos vários pormenores do desenho..
Darque dado pela pista do rebordo, ou seja , outra boa fábrica nas imediações de Gaia (?) .
Atribuição aos finais do século XIX(?)
Contudo o artista pintor -, no caso que pintou as duas travessas, pelas semelhanças das folhas em corações, foi por certo um homem de afetos, jorna de trabalho árduo, em série, para a olaria faturar, teimou deixar o seu cunho de bom homem, alegre e romântico, nas suas peças. Coisa maravilhosa, além do talento juntou o amor, na sua arte.
Bem haja a um meu bom amigo, que me a vendeu.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMisa.
ResponderExcluirSabe que por aqui as louças portuguesas, embora delas se encontre uma peça aqui e ali, não são o que se pode chamar de abundante.
E se o motivo ou o tipo for destes Cantões aí é que não encontramos mesmo.
Sacavém, VA e SAP (a preços proibidos) se encontram bem mas nunca vi por aqui nada desses casarios em azul. E se achamos é de Macau mesmo ou de algum outro canto do Oriente, como Vc também os tem.
Que bom que Você aí vai juntando o que encontra e pode. São muito belos.
Acabei de postar uns vasos de jardim ou de platibandas. Preparava o post para um bem grande, inteiro e belo mas não marcado quando me veio um bem marcadinho mas num estado inacreditável de dano... Só vendo para acreditar.
Um abraço.
ab
Caro Amarildo muito obrigada pelo carinho. Quando vier a Portugal não deixe de entrar em contato comigo, para lhe oferecer um ou dois cantões populares.Se entretanto não puder vir envie a morada, se acaso não se
ResponderExcluirimportar, para lhe fazer o envio.
Ainda há pouco vi um grande com gatos a bom preço de Coimbra e deixei-o ir...
Abraço
MIsa