Comprei esta linda travessa quinada ou oitavada, na feira de Algés.
Motivo casario-, cópia do inglês Roselle que foi largamente pintado por Vilar de Mouros e nesta cor.


- Faiança homogénea, translúcida, e pintura mais fina pode ser fabrico de Miragaia que pintou também em rosa. De esmalte branco lembra Devezas e Fábrica Pereira Valente, por isso a grande dúvida na atribuição, mas norte concerteza!
O vendedor sempre com espólios encaixotados. Demoradamente tira as peças, mal as desenrola já tem vendedores à sua volta para as comprar a bom preço e revender.
O ajudante o Sr Marinheiro, alcunha ou nome de família vai fazendo as vendas das coisas mais baratas ou por atacado. Discutem sempre, ou porque não ouviu bem o preço ou porque atendeu alguém e havia outra pessoa que queria a mesma peça e ainda as mulheres junto ao estaminé não desgrudam nem os homens na expetativa de ver o que sai do caixote, vi saírem lampiões em latão com 3 metros de altura, lindos e...
Desta vez apeteceu-me furar a barreira, ainda vem que fui persistente, porque o meu marido já nem pára e eu sem carteira a chamar por ele...
Vi dois pratões azuis de Coimbra, aprecei um deles pediu-me 50€, dei uma volta à feira, voltei, perguntei de novo, aos dois fazia 75€. Deu-me o mote para espiar o chão e atrever-me a perguntar o preço desta travessa em muito mau estado, cheia de cola de contato amarela sujissima, pelo preço nem pestanejei.
Em casa com água quente lavei-a e tirei o excesso de cola. Ficou linda.
Debruada a esponjados toda sob o mesmo tom rosa, arabescos,motivo central uma casa de telhado inclinado com a bandeira no topo ladeada de árvores ramagens em esponjado ligeiramente inclinadas como desde o século XVI também se pintaram em Coimbra.
Tardoz da travessa. Esmalte polido branco e brilhante.
Enquadrei-a na parede da sala.Claro,tive de retirar bonitos pratos.
Na net num site de leilões encontrei este prato com o mesmo desenho e a mesma cor atribuído a Coimbra (?)
- Aliás a folhagem da travessa e do prato são semelhantes o que aventa terem saído da mesma fábrica, apesar de terem sido obras de pintores diferentes, visível no rodapé.
Isa!
ResponderExcluirA travessa é linda e o preço faz-me corar de inveja :) Cá pelo norte, não há desses preços, mas na feira de Ponte de Lima, comprei muito barato um prato, com o motivo "Casario". Senti-me toda realizada lol!
Casario é motivo, não é? Não me deixe dizer disparates :)
Mas hoje é a sua travessa a protagonista, portanto voltemos a ela. O cor-de rosa é lindo, e o motivo da cercadura (são aves?),invulgar.
Quanto à sua origem, remeto-me ao silêncio :), embora, tenha visto numa leiloeira, um prato com um motivo muito semelhante a este, a que é atribuído o fabrico a Vilar de Mouros.
Beijinhos
Maria Paula
Em primeiro lugar parabéns pela foto que encima o seu blog, uma linda vista de Lisboa tirada do Carmo.
ResponderExcluirNos sites dos leilões essas faianças aparecem atribuídas a Vilar de Mouros, mas não acredito lá assim muito nisso. Sei que a fonte de inspiração é o motivo inglês Roselle, mas n arrisco palpites sobre quem a fabricou em Portugal.
Beijos
Que peça mais LINDA! Adorei a decoração, encantadora demais. Parabéns pela compra.
ResponderExcluirA foto no cabeçalho de seu blog me fez sentir um aperto no peito, de tantas saudades do já distante 1994, quando visitei Lisboa.
abraços
Fábio
Olá Maria Paula.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo seu comentário.
De fato é linda e o tom raro.
Foi um achado numa manhã de maré de sorte.
Beijos
Isabel
Olá Luís. Muito obrigada pelo seu comentário. Sabia que a foto de abertura iria despertar atenção...eheheh
ResponderExcluirQuanto ao motivo da travessa, de fato é uma cópia do inglês Roselle bastamente pintado por Vilar de Mouros.
Gosto de lançar dúvidas!
Por isso arrisquei Coimbra e Alcobaça que julgo que também o pintaram, aliás tenho um pratão de Alcobaça mais moderno século XX com o mesmo motivo. O pouco que tenho visto de Vilar de Mouros, parece-me ser uma faiança mais grosseira, a textura da massa com mais buracos e a pintura deslavada ou muito ingénua.
A minha travessa é rara pelo tom rosa.
Num repente fui à sala e dei uma vista d'olhos nela e noutra que atribuo a fabrico do norte.
As duas tem em comum o esponjado antes da bordadura da barra.Também esponjados no centro.
Visualizam-se as duas na foto.
O tardoz é muito semelhante, pasta branca polida quase homogénea.
Arrisco a dizer que saíram da mesma fábrica.
Uma teimosia minha opinar.
Boa semana de trabalho
Beijos
Isabel
Olá Fábio. Muito obrigado pelo seu comentário sempre tão carinhosos.
ResponderExcluirQue bom a foto de abertura o fazer sentir saudades de Lisboa. Quem sabe se a próxima viagem não se concretizará mais depressa do que imagina. A fé é a última coisa a perder-se!
Ainda bem que gostou da travessa e da decoração na parede da sala.
Beijos
Isabel
OI AMIGA
ResponderExcluirSOU LOUCA POR TRAVESSAS E PRATOS NA PAREDE, TENHO ALGUNS PRATOS, POUCOS ATÉ, TRAVESSA NENHUMA, MAS OS SEUS SÃO MARAVILHOSOS!!!
ADOREI!!!
BJS
TINA ( SONHAR E REALIZAR)
Olá Tina, muito obrigada pelo teu comentário.
ResponderExcluirAinda bem que gostas de pratos e travessas nas paredes.Também é o sitio onde mais gosto de os mirar.
Particularmente aprecio faiança, loiça mais antiga, alguma de massa mais grosseira ao invés da porcelana que por ser polida, fina e de pintura delicada não me atrai tanto, apesar de lindissima.
Beijos
Isabel