Não resisti a compra-la num site de leilões.Perguntei à vendedora a proveniência da mesma, gosto das peças com estórias. Peça da sua avô que viveu na aldeia vinhateira hoje restaurada - Barcos.
Bacia vista ao contrario. Modelo raro de ser encontrado.
Taça decorada com três motivos ao centro e ornada com ziguezague.Policromia nas cores tradicionais à época dos ratinhos.
No Matriznet encontrei uma semelhante atribuída a ESTREMOZ no Museu Francisco Tavares Proença Júnior
Taça de fabrico análogo à agora apresentada, apesar de ricamente policromada, azul cobalto, verde cobre, borra de vinho.
Taça de fabrico análogo à agora apresentada, apesar de ricamente policromada, azul cobalto, verde cobre, borra de vinho.
A semelhança no formato e pasta é muito igual.
um exemplar catalogado de Fervença |
De fato trata-se de uma pasta mais elaborada, melhor vidrada e o formato mais fino de base pequena a que chama "frete".
Na verdade as taças apresentadas são semelhantes, embora maiores e de
pasta mais fina e assim decoradas as únicas que até hoje conheci, três
exemplares.
Penso que as peças que indica como ratinhas, não o são. Embora, pela decoração possam remeter ou lembrar semelhanças, pelo formato são espanholas. O frete é muito pequeno e a inclinação é maior relativamente às peças ratinhas.
ResponderExcluirCaríssimo Anónimo
ResponderExcluirDesde já agradeço a sua gentileza no comentário deixado, cujo conteúdo é de muito interesse e engrandece o gosto e conhecimento nas faianças.
Bem haja pelo testemunho avulso
Cumps
Isabel
Aqui por Aveiro, uma peça com este formato, designava-se por ceirinho. Usava-se no fabrico de pão, creio que para tender a massa.
ResponderExcluirCaríssimo anónimo, vivi na zona centro onde vou regularmente. Na minha terra vendia-se muita loiça de Aveiro e Coimbra, que conheço bem. Desconhecia, no entanto esta designação de "ceirinho", deve ser em abono da verdade mais pequena e que na minha terra se chama taça do crescente(massa levedada),quem cozia a broa levava à vizinha e esta a outra, uma forma de haver sempre massa levedada para acrescentar na massa .Neste blog tenho um post com uma taça do crescente antiga de Coimbra.
ResponderExcluirOutra diferença; mais pequenas, geralmente na cor branca baça,as de Coimbra ornadas com um filete no rebordo e outras no fundo da taça tipo caracol em azul ou vinoso.Tenho uma que comprei há coisa de 4 anos de Aveiro toda em branco, que ainda se vendem nas feiras.
Obrigado pelo seu testemunho
Cumps
Isabel
Cara Isabel, por este lado de Aveiro, a ultima fábrica que conhecia que fabricava estes "ceirinhos", e muitos também foram para os Açores, fechou há 4-6 anos, chamava-se Argilart, era em Aradas. Aradas era a terra dos "paneleiros", os homens que faziam panelas, ou seja os oleiros que pela pressão urbanistica (no séc XIX) foram afastados do centro da cidade para os arredores, pequena unidades que manufacturavam loiça utilitária. Enfim, as memórias das gentes...
ResponderExcluirCumprimentos, J. Saraiva
Caro J. Saraiva
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário.
Sabe que tenho algumas peças com a marca Argilart?
Não sabia que eram de Aradas.
Com os testemunhos de uns e de outros vamos crescendo mais.
Cumps
Isabel
É verdade. Com a leitura dos posts e dos comentários, vai-se aprendendo aqui e ali.
ResponderExcluirObrigado Luís pelo seu comentário.
ResponderExcluirBeijos
Isabel.