Um espetacular prato com 35 cm de diâmetro.
A última história de vida deste magnifico exemplar de faiança, fala-nos que veio de um recheio duma família Berardo, sita na Marinha Grande, que me confidenciou o vendedor.
Apresenta-se gateado com "gatos" à antiga em ferro e ligeiramente esbeiçado na aba.
Ao meio apresenta uma decoração com um fruto, pêssego? Adois tons;amarelo e rosado, o pedúnculo a manganês tal como as nervuras das folhas, em verde.O limite do covo com um circulo em esponjado a azul seguido de dois filetes da mesma cor.A aba apresenta-se com uma cercadura floral que fecha com filete fino na tonalidade azul.
Um defeito de fabrico na massa que se retrata no esponjado, no limite do covo.
Um singelo pormenor do limbo de uma folha pintada a manganês que se cruza com o pedúnculo em caracol em graça.Um toque criativo, ingénuo e de afetividade da mão de quem o pintou.
Gostei do fantástico tamanho, do seu brilho exuberante, da sua história que paguei sem regatear, tal a paixão!
Tardoz translúcido deixa perceber a textura de barro branco com ligeiro rosado.
O norte recebia o barro de boa qualidade vindo de Lisboa e Leiria, mas quando faltava juntavam do vermelho, abundante no norte, sem ser amassado homogeneamente, julgo seja a carateristica do rosado e mais branco noutras partes da peça-, a explicação para este fenómeno(?).
Fabrico do norte, seguramente.
Possibilidade ser Fervença (?)que pintou vastamente este género de decoração.
Outra boa possibilidade em aberto pelo tamanho, pela cercadura floral e pelo bom esmalte, a SAVP(?)
Atribuição aos finais do século XIX
Cara Isa,
ResponderExcluirMais um daqueles que eu gosto :-)
Coimbra, Fervença, SAVP, Bandeira, etc, desta época são todos lindos.
Um abraço,
Carlos
Caro Carlos Martins muito obrigado pelo comentário.
ExcluirTem toda a razão foi um tempo de grande inspiração criativa na faiança portuguesa.
Por isso não resisti na compra pelo prazer de partilhar.
Um abraço
Isa