Belo exemplar de parra de videira, com a gavinha elegante na ligação da folha em trabalho de molde, muito bem feito, sobretudo bem pintado, com sombreados que irradia um brilho que nas fotos não consegui salientar,conferindo à peça uma realidade como se fosse natural.
José Alves Cunha (1849-1901) fundou a sua fábrica de cerâmica em 1862 nas Caldas da Rainha, quando faleceu, a sua filha Henriqueta Ceselina Cunha, casada com um juiz Francisco Gomes de Avelar, continuador da produção cerâmica do sogro, pelo que adquiriu em 1916 moldes à fábrica de Faianças. As suas peças passaram a ser marcadas com a marca antiga do sogro, acrescentado a palavra SUCESSOR (?).
No tempo a peça perdeu dois pés de suporte que se descolaram supostamente por diferenças de temperatura. Inclusive trazia restos de adesivo muito antigo, que eu usei em miúda, que lhe puseram ao tempo na tentativa de os segurar, o que parece aventar, podre, só saiu estando em água horas a amolecer. No entanto quando a encontrei não os trazia. De qualquer das formas não lhe retira graça, para expor pendurada ou num tripé de suporte.
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