Perdiz empoleirada em ramo com folhas e flores
A aba apresenta cordão floral em stencil em palete cromática:ocre;
vermelho;verde ervilha e os raminhos pintados a pincel em manganês muito finos e delicados encimado por filete em
verde ervilha.
|
Rebordo bicado aos montinhos em triângulos como foi produzido por Vilar de Mouros.
O prato apresenta como motivo central um pássaro que se atribui ser
perdiz.
O prato é fabrico do norte. Fábrica Bandeira ou Vilar de Mouros dos finais do século XIX(?).
Ambas usaram estampilha de flores e aves. A pintura era feita sobre placas de ferro ou lata desenhadas, uma vez aplicadas no prato o pintor passava a tinta pelas ranhuras .
Sendo o rebordo bicado e policromia, verde ervilha, vermelho e azul cobalto usual em Vilar de Mouros. O esmalte lacteo com ligeiro tom creme é costume ser atribuído à Bandeira, e lacteo a Vilar de Mouros.
O prato é fabrico do norte. Fábrica Bandeira ou Vilar de Mouros dos finais do século XIX(?).
Ambas usaram estampilha de flores e aves. A pintura era feita sobre placas de ferro ou lata desenhadas, uma vez aplicadas no prato o pintor passava a tinta pelas ranhuras .
Sendo o rebordo bicado e policromia, verde ervilha, vermelho e azul cobalto usual em Vilar de Mouros. O esmalte lacteo com ligeiro tom creme é costume ser atribuído à Bandeira, e lacteo a Vilar de Mouros.
Atribui-se à Fábrica Bandeira faiança em cor de grão cuja pintura na pargela de pratos ramos verdes e flores vermelhas com perdizes, e ao centro Armas coroadas, exemplares que António Capucho tinha exemplares. Na feira vi dois bons pratos pequenos há 2 meses muito caros.
Terrina peculiar com as folhas relevadas debaixo da pega. Julgo que as duas peças saíram da mesma olaria(?)
O tardoz
O tardoz bicado se estende de Coimbra a norte (?).
- Em Coimbra a Fábrica Alfredo Pessoa o fabrico de textura mais pesada, embora com recortes na aba, tipo tesoura, e bicado na fábrica das Lages, não sei se outras.
ConclusãoPrato do norte, da Fábrica Bandeira ou Vilar de Mouros (?) pelos filetes finíssimos em manganês, pela estampa, pela ave, pelo rebordo bicado, é fabrico norte , finais do século XIX, início de XX.
- No entanto o formato do primeiro prato e deste nada tem de igual, podem ser de fabricas diferentes, ou da mesma,produzidos em alturas diferentes, mas na mesma zona de Gaia (?) -, norte, por certo neste momento assim pensar -, porque em ambos o mesmo uso do pincel fino no manganês, e a graciosidade e leveza da pintura .
- Analisei com olhos de gente o prato, os escorridos do esmalte e a pintura, em segurança é verdadeiro!
- Inusitadamente soube de uma olaria que reproduz uma peça exatamente igual a uma que se leve na Península de Setúbal...Há
também reprodução assinada que depois é lixada para aparentar uso e
com amoníaco tiram a marca da oficina que a reproduziu para passar por
antiga.
Também soube por outra fonte que em tempos foi vendida muita faiança como sendo portuguesa e era proveniente de FRANÇA , reprodução muito bem conseguida, ainda assim falsa -, porque foi vendida como antiga e de Portugal...E não o era jamais!
Este Blog do Lérias proporciona-me travar amizade com muita gente que me encanta, e se encanta com as minhas estórias neste mundo da faiança...
- Mais um seguidor me reconheceu -, EDUARDO, inimaginável seria aventar que depois da volta pela feira antes da hora do almoço me veio agraciar com um pratinho em ocre e preto no motivo cantão popular , tinha comprado dois -, palavras para quê, são atitudes destas que nos deixam deslaçadas sem palavras, e com vontade de continuar.A feira até podia ter sido um fracasso, que não o sendo, seria ganha por esta atitude, e também pelos outros conhecimentos que travei.
Analogia com outro que o meu marido me ofertou
Conheci a bela Dulcineia de
Cervantes-, mulher felizada de bela, o seu D.Quixote a agraciou no
preciso momento que ia a passar pela banca do Luís Sobral com um belo prato de
grandes dimensões em faiança de Coimbra azul , depois do meu rasgado
elogio me confidência que na véspera lhe comprara outros dois...ficou de
me enviar as fotos. Em segundos vibrei no sonho que paira em gente
doce, sensível e enamorada " os começos são a parte melhor dos
romances"...
Mas
eu não desfraldei a minha Dulcineia na compra do prato com a perdiz com parte do
lucro da venda da bica de caldo que comprei na feira de Figueiró dos
Vinhos de laivos azuis que vendi ao colega Maia com perto de 80 anos,
destemido na arte negocial, gostava de ter a fibra dele, mas nisso sou
mais apagada, um dia destes vai para casa de um colecionador.
- Curiosamente estou a aprender a separa-me das peças, admirei-a apenas horas, para serem de novo admiradas por outros.
Parabéns Maria Isabel. Bjo, js
ResponderExcluirCaro JS sempre amável, bem haja. Ainda não me foi enviada a foto, já a pedi duas vezes...
ResponderExcluirBjs
Não se preocupe com isso, obrigado. Vou de vez em quando a Almeirim e numa próxima terei muito gosto em fazer uma visita à loja da Marília. Bjo e bom feriado. js
ExcluirCara Isa
ResponderExcluirAdoramos o seu blog e os seus comentários elogiosos.
Brevemente enviamos fotos dos pratos de Coimbra como S João Batista.
Bjs
Dulcinea e D Quixote
Meus caros Dulcineia e D. Quixote amei a cortesia do vosso comentário. Sim gostaria muito de incluir as fotos no post que fiz da feira no outro blog.
ResponderExcluirBjs
Foi com muito gosto que travei conhecimento com a Maria Isabel e apesar de não ter comprado nada da sua banquinha ficará sempre comigo o momento de partilha que tivemos e quando olhar para o meu pratinho lembrar-me-ei que há pelo menos uma pessoa que tem outro igual. Foi como um agradecimento de tudo aquilo que aprendi com os seus posts e assim de certeza que contribuí de forma ativa e participativa na descoberta da faiança portuguesa que tanto nos tem para dar...Obrigado Maria Isabel e até breve
ResponderExcluirCaro Eduardo muito obrigado pela cortesia da visita e pelos elogios tecidos os quais retribuo com carinho. Sinto o que falou, quando olhar para o seu pratinho pensa no meu que me gentilmente me ofertou-, sabe que adoro vender as minhas peças que um dia amei a pessoas que no meu julgar lhes irão dar a mesma continuidade do olhar e do carinho, doutra forma não sei se seria facil o desapego...A partilha é de fato maravilhosa.Deixa-me sem palavras, pois sou apenas uma apaixonada aspirante que também erra, mas sim, tenho prazer de mostrar, falar e divulgar, isso é verdade. Continuação de bom fim de semana. Um abraço Isabel
ResponderExcluirCara Isa,
ResponderExcluirEnquanto procurava informação sobre um pratinho que comprei, encontrei o seu blogue. Creio que se enquadra perfeitamente no seu post http://leriasrendasvelhariasdamaria.blogspot.pt/2013/04/faianca-com-decoracao-alusiva-ao-amor.html .
Envio-lhe uma imagem (http://postimg.org/image/khuqri8u5) do prato (diâmetro de 11cm). Se tiver mais alguma informação sobre ele, ficarei grato se a puder partilhar aqui.
Eu vou frequentemente à feira de velharias de Coimbra, talvez nos encontremos um dia.
Obrigado e parabéns pelo seu blogue.
"Caro António muito obrigado pela cortesia da visita e pelo elogio. Parabéns pela aquisição de um belo exemplar em faiança dedicado aos afetos. Pois a atribuição será o buzílis-, a meu ver poderá ser da zona de Coimbra onde proliferaram muitas olarias(Pombal,Louriçal, Figueira da Foz) a não o ser , será produção de Alcobaça. O oleiro e pintor José Reis foi de Coimbra para Alcobaça em 1875 , e claro as primeiras peças fabricadas eram muito semelhantes ás que se faziam em Coimbra, por isso a dificuldade no deslinde-, ser ou não ser. Veja se no tardoz(verso) se apresenta as marcas da trempe(3 marcas em triangulo). O mercado anda infestado de peças falsas. Todo o cuidado é pouco. Sempre ao dispor, uso o email que encontra no perfil Um abraço Isabel" em
ExcluirCara Isabel,
ResponderExcluirMuito obrigado pelo seu interesse e pela amabilidade em deixar aqui mais informação sobre o pratinho. Eu não sou coleccionador de faiança e raramente compro peças mas a simplicidade e o aspecto naif deste prato prenderam-me (e foi muito muito em conta).
De facto, considerava as pequenas marcas no verso como pequenas falhas e não o resultado da trempe. A partir de agora estarei atento!
Mais uma vez, obrigado.
Um abraço
António
António obrigada pela cortesia da visita e comentário.
ResponderExcluirQueira espreitar de novo o post que o alertou para enquadrar o seu pratinho...e vai encontra-lo lá...pois tomei em consideração o que me disse inicialmente.
Sabe que fez uma boa aquisição, há dias pediram-me por um semelhante 25€.
Um abraço
Isabel
O Marquês de Pombal morreu em 1782, portanto nunca poderia em 1875 ter ordenado ao José Reis que fosse para Alcobaça. Já por várias vezes no seu blog repetiu esta informação, que está naturalmente errada.
ResponderExcluirCumprimentos
Caro anónimo começo por lhe agradecer a informação que acato com respeito. Acontece que li e reli o post 3 vezes e nada encontro-, mas sei que sim que tenho o hábito de escrever o que diz, nunca fui de datas, nem de matemática, mas a história faz-se de datas, e deve por isso ser respeitada.
ResponderExcluirAgora muito me espanta no passado outro alerta da mesma índole sobre Vandelli que escrevia Vanderlli e outros temáticos erros crassos -, pasmo neste agora saber que continua a espiar o blog...
Fato estranho, supostamente senhor diplomado na especialidade a quem um dia pedi uma informação e não me deferiu atenção alguma...
A vida mostra-nos todos os dias estigmas diferentes nas gentes: bondade, humilhação,covardia,humanismo,amizade,rivalidade e,...
Retribuo os cumprimentos