Paralelamente ao gosto pela faiança adoro o vidro antigo - não sei se pela mão da minha descendência fenícia...volto a falar sobre a sua laboração e mostra de exemplares.
O que é o vidro? Trata-se de uma substância mineral que à temperatura ordinária é sólida e transparente e por fusão controlada a alta temperatura à volta de 1300 graus dá uma mistura doseada de várias matérias primas:
Sílica (areia) - Fundentes:como o carbonato de sódio, o carbonato de potássio e o óxido de chumbo - Estabilizantes: como o carbonato de bário, carbonato de cálcio, carbonato de magnésio e óxido de alumínio - Afinantes: como o óxido de arsénico, o óxido de antimónio, e o nitrato de sódio - Descorantes: como o arsénico, o óxido de manganês, o nitrato de potássio - Corantes: matérias-primas que, misturadas à
composição dos vidros brancos, lhes dão a coloração
pretendida. Por exemplo: óxido de prata para obtenção de
vidros amarelos; cobalto para vidros azuis; manganês para vidros ametista; óxido de ferro para vidros
verdes; púrpura de Cássio para vidros vermelhos; criolite
para vidros opala; etc - Casco (vidro partido
em pedaços), utilizado normalmente em grandes
percentagens na leitura da composição para embaratecimento
desta, depois de seleccionado de acordo com o tipo e cor
do que se pretende fabricar.
Deve-se a Sousa Viterbo a divulgação da maior parte dos documentos que
permitem esboçar a história do vidro em Portugal nos finais da idade média e
princípios da idade moderna. A mais antiga referência data de 4 de Janeiro de 1439. Trata-se de uma carta
de privilégio, passada por D. fonso V a favor do vidreiro João Rodrigues
Vadilho, residente em Palmela. Pela lista de Viterbo, verifica-se que nos
séculos XV e XVI vários mestres vidreiros exerciam actividade em Lisboa,
Palmela, Santarém, Coina, Alcochete, Asseiceira e Salvaterra de Magos.
Em 1484, D. João II determinou que em Portugal se não pudesse estabelecer qualquer Fábrica de vidros sem consentimento de Diogo Fernandes, vidreiro no Côvo em Oliveira de Azémeis. Segundo Vasco Valente, o referido vidreiro foi o fundador da fábrica do Côvo . Em 1528, o castelhano Pêro Moreno, desejando manter um forno de vidro no lugar do Côvo, requereu a D. João III o privilégio - que lhe foi concedido - de ter o exclusivo da fabricação de vidro desde a Vila de Coruche até à Galiza. Vasco Valente põe a hipótese de ter existido parentesco entre Pêro Moreno e o mencionado Diogo Fernandes do Côvo. A produção nacional parece, no entanto, ter-se limitado a campo bem modesto, não passando de peças de exclusivo uso doméstico e não chegando a produção para o consumo do país. Lisboa foi igualmente centro vidreiro. Segundo Cristovão Rodrigues de Oliveira, em 1551, existiam na capital quatro oculistas, quatro vidraceiros e oito fabricantes de espelhos. Alice Frothingham, no seu trabalho Hispanic-Glass, refere-se a alguns estrangeiros que no século XVII vieram trabalhar para Portugal. Entre eles o veneziano Giacomo Pellizari, que chegou a Lisboa em 1678, onde se estabeleceu, com outro vidreiro, Francesco Costa, oriundo de Altare (Génova).
Em 1689, o vidreiro flamengo Louis Verné, de Antuérpia, veio igualmente exercer actividade no nosso país, em Abrantes, onde permaneceu cerca de dez anos.
Não obstante a presença de artistas estrangeiros, e dos nacionais já estabelecidos, uma parte do vidro vinha dos grandes mercados europeus, como Veneza, Boémia, Alemanha e França.
Em 1484, D. João II determinou que em Portugal se não pudesse estabelecer qualquer Fábrica de vidros sem consentimento de Diogo Fernandes, vidreiro no Côvo em Oliveira de Azémeis. Segundo Vasco Valente, o referido vidreiro foi o fundador da fábrica do Côvo . Em 1528, o castelhano Pêro Moreno, desejando manter um forno de vidro no lugar do Côvo, requereu a D. João III o privilégio - que lhe foi concedido - de ter o exclusivo da fabricação de vidro desde a Vila de Coruche até à Galiza. Vasco Valente põe a hipótese de ter existido parentesco entre Pêro Moreno e o mencionado Diogo Fernandes do Côvo. A produção nacional parece, no entanto, ter-se limitado a campo bem modesto, não passando de peças de exclusivo uso doméstico e não chegando a produção para o consumo do país. Lisboa foi igualmente centro vidreiro. Segundo Cristovão Rodrigues de Oliveira, em 1551, existiam na capital quatro oculistas, quatro vidraceiros e oito fabricantes de espelhos. Alice Frothingham, no seu trabalho Hispanic-Glass, refere-se a alguns estrangeiros que no século XVII vieram trabalhar para Portugal. Entre eles o veneziano Giacomo Pellizari, que chegou a Lisboa em 1678, onde se estabeleceu, com outro vidreiro, Francesco Costa, oriundo de Altare (Génova).
Em 1689, o vidreiro flamengo Louis Verné, de Antuérpia, veio igualmente exercer actividade no nosso país, em Abrantes, onde permaneceu cerca de dez anos.
Não obstante a presença de artistas estrangeiros, e dos nacionais já estabelecidos, uma parte do vidro vinha dos grandes mercados europeus, como Veneza, Boémia, Alemanha e França.
Nesta odisseia do vidro é conhecido o labor do vidreiro Guilherme, que trabalhou no Mosteiro da Batalha. O vidro era obtido através da incineração de produtos naturais com carbonato de sódio -erva-maçaroca.
Houve diversos fornos
para a produção vidreira em Portugal, mas a passagem de uma produção
artesanal, muito limitada, para a produção industrial foi lenta.
Foi no século XV numa freguesia de S. Pedro de Villa Chã no concelho de Oliveira de Azeméis - a pioneira fábrica do Côvo terá laborado desde 1484 até aos finais de oitocentos com o privilégio de El - rei D. João II ...que lhe deu uma provisão garantindo que não se pudesse estabelecer
outra fábrica, sem consentimento do dono da primeira, um tal Diogo
Fernandes ao que parece. Apesar d'este privilegio, em 1498 estabeleceu-se
outra fábrica de vidros em Coina, não se sabe se com consentimento do
proprietário da fábrica de Côvo. Esta nova fábrica que a princípio pouca
produção teve, foi desenvolvendo-se com o andar dos tempos, de modo que
em 1580 os seus produtos faziam grande concorrência à fábrica de Côvo,
o que obrigou esta a fazer-se valer dos seus antigos privilégios
perante D. Affonso."
Foto de cortesia de um site de leilões no Correio Velho
Conjunto de 12 copos em vidro espiralado de modelos e decorações diferentes, sendo alguns gomados, da Fábrica do
Côjo. (12)ver Alt. máx.: 15,6 cm.; Alt. mín.: 6,5 cm.
Tenho um conjunto de copos gomados em casca de cebola , pesados que serviram numa taberna, o fundo de todos está esbeiçado de tanto rolarem na pia para lavar - poderão ser fabrico desta fábrica - nunca vi nada igual tal como outros brancos com este formato no pé e no bocal de vidro grosso. Não os tenho aqui comigo em tempo oportuno tirarei fotos e completarei o post.
Viria a ser à posterior permitida outra fábrica de vidros desta feita em Coina no concelho do Barreiro que laborou desde 1719 a 1747 e que ditaria o fim da produção vidreira do Côjo nos finais do século XIX. Em 1882, ainda concorreu a
Exposição Distrital de Aveiro.
O que resta da Fábrica Real de Vidro de Coina na margem do Rio Coina, os fornos encontram-se atulhados, o local um marasmo de abandono depois da escavação arqueológica em finais de 80 que originou a publicação de um Livro.
Foto de 2016
Na Amora na frente do esteiro do Seixal ainda persistem bairros dos operários de casinhas paredes meias todas iguais que dizem terem sido habitadas pelos vidreiros (?)
Em Coina produziu - se :
vidro branco, vidro tipo cristalino,
vidraças, espelhos e vidro verde. As tecnologias utilizadas foram a
irlandesa e a
italiana (principalmente esta ), aproveitaram as experiências
holandesa,
inglesa e espanhola nas suas manufacturas.O seu fim estava determinado pela grande utilização de combustível
vegetal para os fornos, tal como para a produção de cal , construção naval e outras atividades - os lisboetas queixavam-se da escassez de lenha no mercado para as suas casas o que viria a provocar uma
longa crise, e a sua
transferência para a Marinha Grande onde havia fartura de madeira
proveniente do Pinhal de Leiria e areia claro.
Copo fabrico de Coina das reservas da CMB
O
Museu Nacional Soares dos Reis para
integrar um estudo sobre a origem de 33 peças seleccionados da colecção de Vidros
atribuídos às manufacturas da Real Fábrica de Vidros de Coina e da Real
Fábrica de Vidros da Marinha Grande, deslocou para o efeito um equipamento portátil de Espectrometria de Fluorescência de
Raios X. O projecto, ao qual se associaram outros Museus, visa
caracterizar os vidros manufacturados na Fábrica de Vidros de Coina e
na Fábrica da Marinha Grande, cujas classificações são de difícil
distinção - um dos copos estudado
Cálice de tipologia setecentista, com pé desenvolvido numa das variantes produzidas na Real Fábrica de Coina, o “pé de salva”. Museu Soares dos ReisFábrica de Coina - Séc. XVIII, 1ª metade Copo em Vidro armoriado em esmalte policromado - Museu Soares dos ReisAchados de fragmentos de cálices ou de copos de pé, de botão separando a copa da base ou do pé, datáveis já do século XVI. Finalmente, são talvez os copos de pé e a caneca portuguesa provenientes da Casa dos Bicos (Lisboa), do mesmo século, os exemplares mais notáveis do vidro arqueológico português tardo-medieval. Vemos nestas peças, feitas em vidro grosso incolor, testemunhos da laboração vidreira nacional encontrados nas localidades de :Coimbra, Pombal, Sintra, Álcacer do Sal e Torre de Moncorvo ( vi 2 copos de pé de salva no Espaço Museológico do meu bom amigo Prof Arnaldo que os arqueólogos atribuem a Coina)
Mais Informação sobre o vidro em Portugalhttp://orlandompnc.planetaclix.pt/VTNatesecxvii.htm
Na Marinha Grande no século XV teria aqui sido instalado um pequeno forno para apoio da
reparação dos vitrais do Mosteiro da Batalha. As vidreiras começaram a ter muito negócio durante a
grande reconstrução de Lisboa após o terramoto que destruiu parte da
cidade em 1755. Começou a ganhar
contornos mais sólidos em 1748 pela mão do irlandês Beare que
transfere para aqui a fábrica que explorava em Coina. Cabe então, em
1769, ao inglês Guilherme Stephens, beneficiado por Alvará de D. José e
com todo o apoio do Marquês de Pombal: subsídios, aproveitamento
gratuito das lenhas do Pinhal do Rei, isenções, etc que a fez ressurgir
dando-lhe a prosperidade e o prestígio que deram à Marinha Grande o título
de Capital do Vidro. O seu sucessor vai ser o irmão, João Diogo, mas
também gerações e gerações de marinhenses - por nascimento ou por afeto -
que se dedicam a fazer do vidro uma indústria e uma arte.
A Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande desenvolvendo-a ao ponto de ser Portugal, a seguir à Inglaterra -, o primeiro país a fabricar o cristal. A mais conhecida é a Crystal Atlantis . Outro dos nomes mais conhecidos - Fábrica Jasmim.
A Marinha Grande vê os seus esforços para a garantia de qualidade recompensados quando os seus vidros são galardoados na Exposição Internacional do Porto - 1865 e na Exposição Universal de Paris em 1867. Entre 1870 e o inicio do séc XX, além da Real Fábrica Nacional Fábrica de Vidros - surgiram outras :
Até 1916 estas fabricas especializaram-se no vidro utilitário, decorativo e na vidraça - a partir desta data apareceram as indústrias paralelas à vidraria: por exemplo - a Fábrica de Vidros M. Morais & Cª em 1916 e a Sociedade Vidreira Marinhense em 1919 cuja produção se orientou para o vidro de embalagem. Houve também a produção de vidro de laboratório - Fábrica Portuguesa de Vidro Neutro ( Fábrica Morais Matias Lda) em 1926; Roldão & Garcia Lda em 1943; Fábrica Francisco de Oliveira ( Fábrica do Mona) também de 1943.
A Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande desenvolvendo-a ao ponto de ser Portugal, a seguir à Inglaterra -, o primeiro país a fabricar o cristal. A mais conhecida é a Crystal Atlantis . Outro dos nomes mais conhecidos - Fábrica Jasmim.
A Marinha Grande vê os seus esforços para a garantia de qualidade recompensados quando os seus vidros são galardoados na Exposição Internacional do Porto - 1865 e na Exposição Universal de Paris em 1867. Entre 1870 e o inicio do séc XX, além da Real Fábrica Nacional Fábrica de Vidros - surgiram outras :
Fábrica de Vidros Santos Barosa & Cª Lda em 1889
Nova Fábrica de Vidros em 1894
Fábrica de Dâmaso Luiz dos Santos em 1913
Fábrica do Marquês de Pombal (Magalhães Cª) em 1914Muitas outras...
Até 1916 estas fabricas especializaram-se no vidro utilitário, decorativo e na vidraça - a partir desta data apareceram as indústrias paralelas à vidraria: por exemplo - a Fábrica de Vidros M. Morais & Cª em 1916 e a Sociedade Vidreira Marinhense em 1919 cuja produção se orientou para o vidro de embalagem. Houve também a produção de vidro de laboratório - Fábrica Portuguesa de Vidro Neutro ( Fábrica Morais Matias Lda) em 1926; Roldão & Garcia Lda em 1943; Fábrica Francisco de Oliveira ( Fábrica do Mona) também de 1943.
Fábrica de Vidros Crisal – Cristais de Alcobaça inaugurada em 1945.
A "Sociedade Vidreira
Lusitana" foi fundada em 1920 , a fábrica é constituída por um conjunto de estruturas
distribuídas consoante as funções técnicas e produtivas atribuídas a cada uma
delas, tendo produzido cristalaria,
nomeadamente chaminés para candeeiros a petróleo, notabilizando-se pelo fabrico
de lustres de estilo austríaco. Entretanto, com a primeira grande movimentação da classe operária contra o
regime de Oliveira Salazar (1889-1970), registada em 1934, em resposta à
entrada em vigor do "Estatuto do Trabalho Nacional", originando uma
greve de características insurgentes, deu-se o encerramento da fábrica, então
de posse de Emílio Gallo. Quando retomou a laboração, já em 1942, em grande parte graças à iniciativa de
um novo associado emigrado em Angola (daí a designação pela qual é conhecida),
celebrou-se novo arrendamento firmado pela "Sociedade Emílio Gallo
Lda.", ainda que encerrasse as suas portas logo em meados dos anos
cinquenta, funcionado, desde então, como armazém de várias empresas vidreiras
e, mais recentemente, de oficina de restauro de objectos destinados ao Museu do
Vidro (instalado no Palácio Stephens), devendo-se à "Associação Portuguesa
de Arqueologia Industrial" a identificação, no local, de importantes
estruturas industriais atribuídas à primeira metade do século XX.
Haveria de ficar conhecida por outros nomes
Fábrica "Angolana"
Fábrica do Armindo
Fábrica do Emílio Gallo
Tenho um covilhete e uma tacinha assinadas - LUSITANA
A indústria vidreira haveria de viver muitos períodos de
estagnação comercial, várias fábricas souberam manter a
tradição de vários séculos de laboração , e com muita história.
A Marinha Grande é uma
das regiões em que o vidro continua a ser uma matriz histórica e onde se
continua a produzir o vidro com modelos cada vez mais inovadores e
modernos.
http://www.aeflup.com/ficheiros/arqueologia
http://www.aeflup.com/ficheiros/arqueologia
Peça identificável em catálogo de manufactura nacional setecentista. As salvas eram utilizadas para a apresentação de todos os tipos de doces.Marinha Grande - Séc. XVIII - Vidro gravado e dourado Museu Soares dos Reis . |
Mostragem de algumas peças da minha coleção
Prato em cristal de vidro branco de bordo recortado e aba facetada com gatinhos em relevo ao centro comprado na feira da Costa de Caparica |
A Real Fábrica da Vista Alegre começou por fabricar vidro e cristal no período de 1824 a 1880 entusiasmada pelo sucesso que se vivia na Marinha Grande ao mesmo tempo que se atrevia a deslindar o conhecimento para produzir porcelana.Os primeiros ensaios decorreram entre 1824 a 1834 e tiveram como resultado uma porcelana imperfeita de pasta mole a que se deu o nome de - Pó de Pedra.Foi preciso encontrar em 1832 o caulino, por Luís Pereira Capote, que se concretizaram os
ensaios para a produção da “verdadeira” porcelana. João Maria Fabre e Manuel da Silva Ramos, pintores de mérito, irão ser
os precursores da futura escola de pintura da Vista Alegre, iniciando um
movimento que se irá distinguir pela sua qualidade e rigor artístico.
Era o início de uma longa tradição portuguesa de arte em porcelana.
Hoje - neste post - , o destaque é a produção do vidro na VA.
Algumas peças da minha coleção VA
Copo em cristal de forma circular, ornamentado por motivos fitomórficos em
alto-relevo. Base em forma de flor, com pétalas longilíneas e pontiagudas. Pé
com oito faces. Ao centro, quatro painéis decorados por flores e folhas
enroscadas sobre um fundo arenoso
( tipo cristais) -, separados por quatro frisos verticais. Bordo simples.
( tipo cristais) -, separados por quatro frisos verticais. Bordo simples.
Possivelmente uma serventia -, a utilização na missa como cálice nas capelas dos solares.
Outra decoração com lobos em reservas e quadradinhos com frisos.
|
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirO vidro já foi um grande sector industrial neste país, no entanto agora, assim como a indústria cerâmica, pouco se faz, mas mesmo assim ainda somos dos poucos países da Europa que produz alguma coisa nestes sectores.
Pois o arranque da VA passou por diversos tipos de produto até chegar à porcelana, a porcelana pó de pedra não era mais que uma faiança em que em vez do caulino adicionavam uma argila branca (ainda abundante em Aguada de Cima, perto de Águeda)e em vez do feldspato da actual porcelana adicionavam calcite que dava origem a um produto poroso que cozia a baixa temperatura (faiança).
Outros tempos, outros nomes, a procura de atingir a perfeição.
Abraço,jsaraiva
Caro Jorge Saraiva muito obrigado pelo seu comentário. Vou aproveitar a sua sapiência para um novo post sobre a VA - isto porque comprei dois pratos, tinha já outros dois noutra cor, em conversa com um colega velho nestas andanças nas feiras me chamou a atenção para a origem do seu fabrico. Nunca diria que seriam VA porque não são porcelana. Em casa só de os pôr no lava loiças para lavar um deles manchou logo tal e qual como a loiça de Sacavém. Um dia destes vai ser tema.
ResponderExcluirBem haja pelas sucessivas achegas sobre este tema tão rico que todos os "vidrados" como eu se maravilham com o seu saber.
Abraços
Isabel
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirObrigado pelos elogios, mas estas coisas já fizeram parte do meu dia-a-dia, agora é só de vez em quando, mas tive o grande privilégio de me ter cruzado com alguns mestres, técnicos e fábricas destas coisas. Por vezes alguns posts fazem despoletar lembranças ou curiosidades armazenadas em memória...
Obrigado,
Abraços, js
Olá Jorge Saraiva...pois bem me parecia que era um grande entendido - foi logo no início quando me falou na Dra Isabel Fernandes. Sou apenas curiosa e atrevida, gosto de picardia, claro tenho vezes que me dou mal ...como sabe - mas continuo no prazer de mostrar aquilo que gosto. Folgo em saber que ao viajar na net alguns posts da especialidade - e prefaciando as suas palavras " lhe fazem despoletar lembranças ou curiosidades armazenadas em memória".
ResponderExcluirIsso é fascinante,eu acho.
Eu é que agradeço o seu carinho na ajuda sempre atenta.
Bom fim de semana
Abraços
Isabel
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirLamento desapontá-la, mas não sou "um grande entendido", simplesmente o meu percurso profissional me fez passar por essas experiências e como freelancer e formador, por vezes sou chamado a fazer algumas intervenções temporárias, nada mais do que isso e consigo ou connvosco, também com o Luís e com a Maria Andrade, vou aprendendo...
Obrigado, bfsemana, abraço, jsaraiva
Olá Jorge Saraiva...é muito modesto. Sabe de faiança desde o percurso na olaria - sabe inclusive agraciar os outros e a mim com apontamentos importantes adquiridos e memorizados por grato prazer mesmo que tenha sido a trabalhar - isso é o mais importante porque gosta de partilhar e não tem "medo" de opinar - só por isso o considero uma grande pessoa, simples, com quem dá prazer travar amizade.
ResponderExcluirBem haja ,sabe que estimo por demais a sua amizade, e o seu saber - tenho enriquecido graças a si - nestas coisas de cacos.
Boa semana
Abraço
Isabel
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirÉ muito amável, sendo assim espero continuar a aprender consigo e a partilhar as minhas pequenas "coisas" consigo, convosco (caros visitantes).
Obrigado, abraço e boa semana, jsaraiva
Olá Isabel,
ResponderExcluirMuito obrigada por mais um fantástico post! Também adoro vidros e este encheu-me as medidas, Parabéns!
Muitos beijinhos para si.
Cíntia
Querida Cíntia eu é que agradeço a sua presença por aqui. Gosto imenso de partilhar mostrando as minhas peças, também adoro dar dicas - no caso sobre o vidro para outros amantes o conhecerem melhor.
ResponderExcluirRetribuo os beijinhos e saudades do seu sorriso
Isabel
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirSou um seguidor muito discreto do seu blog, penso até que seja o meu primeiro comentário,gostava de lhe perguntar como identifica os vidros "vista alegre", têm marcas ou caracteristicas especiais?!
abraço
André Matta
Seja bem vindo ao meu blog caro André Matta.
ResponderExcluirÉ sabido que os vidros antigos não tinham marca - daí explicar no post o mecanismo usado pelo Museu Soares dos Reis seguido por outros para identificar as peças sobretudo de Coina e Marinha Grande que se confundem muito.
Quanto à Vista Alegre sob melhor opinião - no início não marcavam as peças - o vidro - meio cristal é grosso - passaram a assinar na fase mais tardia - tenho inclusive um cinzeiro encastrado num suporte - ao tirá-lo para o limpar vi as marcas VA impressas no vidro - igual em dois pratos de bolo ao centro em "V" na diagonal a rivalizar com o "A" de frente. Identifiquei a 1ª peça VA de vidro numa exposição conduzida pelo Prof Hermano Saraiva na CGD na João XXI pouco depois da sua inauguração. Havia um cálice - igual ao 1º que apresento - desde sempre conheci em casa dos meus pais - herança da minha avó paterna - não se sabe a origem , sendo que era uma casa farta exploravam uma padaria. Estes cálices serviam para as capelas de solares, na minha casa o vi sempre na função de servir no dia de Páscoa quando o padre vinha a casa buscar a Congrua - estava cheio de água benta com um raminho de oliveira. Para sua identificação, destacam-se pelas carateristicas únicas: pé dividido em 8, 6 ou 4 partes, lapidado por cima ou liso, umas vezes com nervuras por baixo, noutros liso;na maioria usaram um picotado muito miudinho e grinaldas ao longo do copo com faixa de frisos vincados alto a baixo a dividir o corpo do copo - outras vezes a decoração em losangos que terminam em bicos( tal e qual a Casa dos Bicos)- uns apresentam requinte com nervuras no dorso do losango, noutros casos é liso - há ainda alguns com 4 óculos? falta-me outro nome mais apropriado, mais tarde viriam neles incluir efígies a caulino ou cristal. Claro que há muitos mais tipos de decoração.O bordo é cristal - nos mais antigos mais grosseiro, mais refinado nos exemplares mais novos.Por acaso nunca visitei o Museu da VA em Ílhavo, quando lá fui estava fechado. Julgo até que há muitos anos sofreu um incêndio(?) as peças mais antigas dizimaram-se...ou será impressão minha. Claro que nem o Museu tem todas as peças que a fábrica produziu.
Ainda ontem na feira de Algés vi um pires por 50 cêntimos e não o trouxe - bem arrependida fiquei e 3 pratos a 10 € cada - claro que os vendedores não suspeitam sequer que se trata de produção VA.
Espero ter de alguma forma contribuído com algum conhecimento (?) sempre amador mas que partilho afavelmente.
Nunca hesite em questionar. Outros comentadores ou leitores há - dou uns palpites os incito a pesquisar, depois são eles que me enviam e-mails com mais dicas que completo os posts.
Dádivas mui oportunas são sempre bem vindas.
Atenção à posterior outras fábricas viriam imitar os desenhos da VA - sobretudo o picotado(mais grosso) - ainda hoje na vidraria contemporânea usada em cafés minimalistas.
Um abraço
Isabel
e gratificante.
Um abraço
Muito obrigado pela sua resposta, foi bastante clara e esclarecedora, era uma questão que sempe me tinha despertado algum interesse. Espero que não lhe tenha dado muito trabalho :)
ExcluirAbraço, e que continue com o excelente trabalho!
André Matta
Caro André Matta muito obrigado pelo comentário. Foi um prazer ajudar a esclarecer. Nunca é trabalho imcompensado, antes pelo contrário - gratificante.
ExcluirMuito obrigado pelo elogio - é um prazer poder partilhar com outros amantes as minhas faianças e outros objectos antigos que aprecio.
Abraço
Isabel