Trata-se de uma peça de diâmetro inferior a 30 cm por isso não tem a designação de covilhete.
Trata-se de uma peça rodada ornada por filete azul claro ao centro,o rebordo por duplo no limite da aba, circundadocpor dentro em ziguezague ou grega em manganês.
- No tardoz é mais visível o covo acentuado.
- Atendendo à parca decoração pode ser produção dos finais do século XVIII .
- Alguidar em miniatura.
Apresenta um filete azul claro a ornar o covo e no limite da aba deitada com outro mais grosso.
Esclarecimento aos meus leitores:
Gosto imenso de faiança - sempre soube que sou amadora - não tenho, nunca tive qualquer estudo, ou formação sobre o assunto - muito menos pretensão de parecer o que não sou academicamente.
Contudo - não sendo ignorante - tenho ao longo dos tempos adquirido livros sobre a temática em feiras - tendo já um número considerável, além de catálogos, e ainda os que me oferecem.
Contudo - não sendo ignorante - tenho ao longo dos tempos adquirido livros sobre a temática em feiras - tendo já um número considerável, além de catálogos, e ainda os que me oferecem.
Este blog teve, e tem o objetivo hipotético na catalogação sem qualquer tipo de veleidades das peças não marcadas que vou adquirindo . Fetiche que adoro, e nele perco(?) horas, seja a contempla-las numa das minhas paredes com mais de 40 peças que admiro todos os dias - passo o tempo a tirar, pôr para rever de novo, sentir, descobrir pormenores - já me dei conta de alterar o 1º conceito que tive sobre a mesma peça , e isso não é mal nenhum, antes pelo contrário - é a paixão e o fascínio que me leva nesta continuidade de querer entender sempre mais - a faiança é uma uma arte em mutação constante pela dificuldade de haver pouca marcada, acredito também de dúvidas sobre alguma catalogada - corro o risco em o questionar: o estarão corretamente(?)...gostava de saber se existe em livro as teorias conclusivas das razões e argumentação em que se basearam para a sua catalogação - para melhor perceber, sabendo eu das dificuldades tamanhas a quase todos os níveis - nomeadamente, de fábricas que não deixaram nenhuma marca em peças, nesse caso - considero quase um tiro no escuro!
Reconheço que é sempre um trabalho meritório, de esforço e empenho que valorizo e nunca o contrário.
No meu caso para comparar com mais exatidão (?) a origem de fabrico e porque sou uma otimista - além do que já referi revejo durante horas a fio no Matriznet as coleções de Museus sempre com a expetativa de encontrar o maior número de semelhanças na textura da massa, leveza, esmaltes, seja na pintura, no traço, e na palete das cores - digamos, no conjunto da policromia da peça - porque já me dei conta das substanciais diferenças de todas estas carateristicas na mesma fábrica o que se explica pelos vários anos de produção, utilização de barreiros diferentes, rotação de pessoas, e até novas formas de aperfeiçoamento e de fazer as tintas, também nas feiras, sempre que vejo peças interessantes peço autorização: umas para fotografar, outras para admirar - mas sobretudo para sentir o peso, o brilho - o que a peça exala...e me diz!
Reconheço que é sempre um trabalho meritório, de esforço e empenho que valorizo e nunca o contrário.
No meu caso para comparar com mais exatidão (?) a origem de fabrico e porque sou uma otimista - além do que já referi revejo durante horas a fio no Matriznet as coleções de Museus sempre com a expetativa de encontrar o maior número de semelhanças na textura da massa, leveza, esmaltes, seja na pintura, no traço, e na palete das cores - digamos, no conjunto da policromia da peça - porque já me dei conta das substanciais diferenças de todas estas carateristicas na mesma fábrica o que se explica pelos vários anos de produção, utilização de barreiros diferentes, rotação de pessoas, e até novas formas de aperfeiçoamento e de fazer as tintas, também nas feiras, sempre que vejo peças interessantes peço autorização: umas para fotografar, outras para admirar - mas sobretudo para sentir o peso, o brilho - o que a peça exala...e me diz!
Para mim é um tema apaixonante - reconheço que sobre a primeira obra temática de José Queiroz com mais de cem anos - na minha modesta opinião enquanto leitora - amante da faiança e azulejaria, vale por ser pioneira, mote para os vindouros se interessarem pelo tema, e lhe darem continuidade com edição de novas obras - ao lê-lo saio frustrada, esperava que a obra fosse mais emblemática, cada vez que o folheio fico com a sensação - "muita parra e pouca uva" ao tempo - os seus autores, a meu ver se poderiam ter empenhado em mostrar mais, porque havia mais para mostrar, e até aprofundar mais sobre algumas fábricas - porque, o que disseram, ou quase nada, foi igual a zero na maioria delas...a minha apreciação fria da obra - desvalorizo o desabafo por reconhecer que eram outros tempos.
Apraz-me constatar que vou adquirindo livros e catálogos como o recente editado pelo Museu Cargaleiro de Castelo Branco elaborado pela Dra Ivete Ferreira sobre Cerâmica Ratinha para um estudo Pós Graduação que gentilmente me o ofereceu ; também do livro sobre "A Faiança da Real Fábrica do Juncal" e outras, do Dr Jorge Sampaio, ainda do pai deste Dr Pereira Sampaio,"Cerâmica de Coimbra do século XVI - XX edições Inapa; Cerâmica de Faenza da idade média ao século XX; e catálogos - ando à procura de obras da Dra Isabel Fernandes quando foi diretora do Museu de Guimarães, além de outros.
Apraz-me constatar que vou adquirindo livros e catálogos como o recente editado pelo Museu Cargaleiro de Castelo Branco elaborado pela Dra Ivete Ferreira sobre Cerâmica Ratinha para um estudo Pós Graduação que gentilmente me o ofereceu ; também do livro sobre "A Faiança da Real Fábrica do Juncal" e outras, do Dr Jorge Sampaio, ainda do pai deste Dr Pereira Sampaio,"Cerâmica de Coimbra do século XVI - XX edições Inapa; Cerâmica de Faenza da idade média ao século XX; e catálogos - ando à procura de obras da Dra Isabel Fernandes quando foi diretora do Museu de Guimarães, além de outros.
Sabendo que a faiança na sua grande maioria não foi marcada em fábrica - julgo que se deveria apostar mais em monografias diversificadas por fábricas - acredito se façam algumas, mas ainda não suficientes para dar a dimensão devida que cada fábrica no passado teve, e hoje com as novas tecnologias é fácil fazer a análise comparativa nas várias peças existentes em cada Museu. Pior é saber da existência nos mesmos - de reservas - acredito, espólios talvez grandiosos...o que deixa qualquer pessoa amante desta arte de "cabelos em pé". Obras de arte são para estar patentes para estudo, para serem vistas, gozadas aqui, e por estrangeiros, porque a partilha é das maiores riquezas dum povo.
Este País é tão pobre... foi sempre tão pobre na alfabetização - ao que me parece só pintores que saberiam escrever ou aprendiam a copiar apenas uma letra - assinavam algumas das suas peças - ora isto faz-me pensar no tempo dos romanos - os oleiros já deixavam a sua marca nas asas das ânforas - fico a pensar !
Nada encontrei análogo para a pretensão da identificação quer da data de fabrico quer da origem - julgo se tratar e salvo melhor opinião - "Faiança Ratinho" de Coimbra .
Nesta questão da identificação das faianças não marcadas - assunto que não sendo da minha lavra o é de um núcleo de meia dúzia de gente de gabarito: pesquisa, compra e estuda a fundo as peças - na maior parte edita - quis o feliz acaso que alguns deles se tenham mostrado disponíveis para me ajudar em determinadas ocasiões - caso Dra Ivete Ferreira ajudou-me a catalogar loiça ratinha ; Jorge Saraiva sobre loiça da região de Aveiro, ultimamente o Dr Jorge Sampaio, diretor do Museu de Alcobaça, e se mostrou muito disponível para lhe pedir ajuda sempre que quiser sobre loiça de Coimbra e Alcobaça entre outras.
Há contudo um núcleo de curiosos tal como eu nesta matéria do gosto da faiança que vai crescendo a "olhos vistos" com muitos seguidores - onde a partilha e entusiasmo se estabelece de forma muito intensa - no entanto constato à algum tempo que o meu jeito de escrita, simples, sem ser técnica, sobretudo a forma especulativa que imprimo relativa a pormenores sobre a origem do fabrico das faianças - por arriscar sem medo e, vergonha vir à posterior alterar a opinião dada inicial, quiçá algo descarada - fatores que a cada dia constato não ser do agrado total - senti isso mais intensamente numa achega mais acutilante, embora reparo de cariz construtivo...perante tal fato, que em abono da verdade me deixou magoada pela grande estima que nutro - fácil foi tirar as minhas conclusões: o autor(s) em questão não defere mérito às minhas teorias sobre a faiança - julgo pelo atrevimento que incuto no texto que julga sem fundamento de prova , por isso avulsa - sem valia ...
Nesse pressuposto irei tentar ser mais credível ? - não inventar (?) riscos, borrões de tinta que as peças deixaram no ato de cozedura ao estarem sobrepostas no forno, apesar de suspensas em trempes era habitual, também de um qualquer borrãozito - sendo eu amante da faiança - fatalmente sou vítima do meu próprio optimismo, levada a acreditar na descoberta ingénua?a insistir em a tomar por marca de fabrico... sabendo eu de antemão que na verdade alguns na maioria não vê nas peças absolutamente é NADA!
Difícil será manter a promessa, dentro de mim ferve a vontade férrea de acordar mentalidades para este tema fascinante.Jamais foi minha pretensão tirar o "poleiro" a alguém, muito menos louvores ou índices de visualizações.O que tive no passado basta - me para o resto da vida!
Continuarei neste meu espaço a usar este jeito atrevido de dizer as coisas como as sinto e vejo - sem magoar ou desprimor por ninguém, só pelo nato prazer de acreditar que da "discussão nasce a luz" no intuito - através do diálogo chegar a " bom porto" nesta matéria da faiança não marcada.
Sou uma mulher de cariz aberto - o confronto de ideias é inevitável - sei que nunca agradei a todos, e vou continuar - mas, isso não me afeta!
Ouvi da boca de alguns homens - "a Isabel é uma mulher desconcertante" ... Polémicas à parte julgo que sou!
Bom dia Maria Isabel, antes de mais,dou-lhe os parabéns pelo seu aniversário de casamento e pelo invulgar e espectacular prato de cantão.
ResponderExcluirQuanto à peça que apresenta, penso que se designaria por taça, mas...
Depois, este seu grande, grande desabafo, a faiança portuguesa destinge-se por pequenas diferenças difíceis de encontrar e de compreender, pois ao longo dos tempos a faiança evoluiu e os pintores deslocaram-se entre fábricas, o que levou a que as semelhanças aumentassem, toda a discussão sobre o tema será construtiva para se chegar à verdade.
Saudações ceramisticas, jsaraiva
Caro amigo Jorge Saraiva muito obrigado pelo seu comentário a que desde sempre gentilmente me acariciou.
ResponderExcluirSabia que ia gostar do prato cantão popular por ser invulgar.
Obrigada pelos parabéns do meu aniversário de casamento.
Gentis palavras as suas ao rematar em beleza com saudações ceramistas...por comungar exatamente o que diz tendo sido teimosa em tentar perceber os detalhes sempre no propósito de construir e nunca desconstruir.
Bem haja
Abraços
Isabel
Gosto de ler o seu sitio,julgo que já "qusquei"tudo que havia para...vem este esclareciento a proposito de quÊ?
ResponderExcluirCaro anónimo - muito obrigado pelo seu comentário e pelo elogio tecido. Julgo que fui explicita no esclarecimento, no entanto devo dizer que há pessoas que não apreciam o meu jeito de falar abertamente sobre faiança sobretudo do meu atrevimento em a tentar catalogar.Como gosto dos pontos nos "i" fiz o esclarecimento, não pretendo desfraldar os meus leitores que felizmente são em grande numero.
ResponderExcluirApareça sempre
Abraços
Isabel
Isa, não aprecio faiança nem entendo deste assunto. Mas falando sobre a fiança Ratinho, um dia falei com um senhor que me contou uma história sobre as origens desta faiança. Um dia alguém a trabalhar um terreno, começou a encontrar peças Ratinho meias enterradas. Algumas partidas, outras ainda intactas, com decorações simples e outras mais artísticas. Estas peças estavam próximas umas das outras. Belo achado!!!! Segundo este amigo, as louças Ratinho eram feitas por "artistas" locais, pessoas do povo. Estas peças eram para uso pessoal. Como eram feitas em grande quantidade, os seus donos não estavam preocupados em guardá-las. Em tempos recuados, havia grupos de pessoas que iam trabalhar os terrenos pertencentes a outros. Quando regressavam a casa, não queriam ter o trabalho de carregar com o peso da louça que levavam para comer. Daí a explicação para o achado destas peças Ratinho. Será verdade? Bjo, Hector
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