Encontrei esta travessa no chão da feira da ladra com mais três peças, as outras não tive dúvidas em avaliar serem de Aveiro, quanto à travessa fiquei com dúvidas da sua origem. O vendedor de ocasião, vestido de fato em cabedal roçado, um motar. Até parece que tinha ido há chaminé e retirado as peças...
Curiosamente chamou-me a atenção:Tom azul da estampa da bordadura e da flor ao centro, do esmalte muito branco e de ser quinada.
Pediu-me 10 € e não abateu um cêntimo. Resignei-me a traze-la, apesar de colada numa das pontas, com sinais de ter sido gateada.
No domingo seguinte fui à feira de Paço D Arcos e pude constatar in loco outra travessa muito semelhante à minha, além de um prato pequeno, para mim saíram as 3 peças da mesma fábrica.
Aliciante da procura, da descoberta da fábrica, da origem das peças.
Gosto de ver a travessa aqui neste espaço exposta
Tardoz da travessa, pasta muito branca, brilhante, vidrado em craquelê. Uma carateristica da faiança inicio século XX de Coimbra ?.
Prazer intenso pelas velharias: faiança, arte sacra, azulejos e cerâmica. Encantamento mayor perder-me ao contemplar peças que me prendem o olhar, por me reportarem de algum modo a lembranças de pessoas que ficaram nesta vida no meu coração por as terem em suas casas e registei na minha memória.Também porque as feiras me alentam por interagir com gente anónima pelo gosto da conversa e da partilha. Foto tirada no dia 21 de maio de 2011 no Carmo.
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Cara Maria Isabel
ResponderExcluirA faiança antiga, mas não suficientemente antiga para estar em museus e ser objecto de estudos científicos, é a mais complicada de identificar, pois não existem livros para nos guiar nas atribuições.
Mas a travessa é bonita e tem os azuis tradicionais da azulejaria portuguesa. Talvez seja de Aveiro, mas se me dissessem que era de Coimbra...
Em todo o caso, não se deve desistir de procurar a fábrica, ou mais informações sobre as peças
Beijos,
Luís
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirVenho aqui dizer-lhe q fiquei impressionada, não só com a bonita travessa com um azul lindíssimo, mas também e sobretudo com o encanto do recanto :) que criou com os solitários de vários tamanhos e as restantes peças com flores.
É de artista!
Quanto à travessa, não a identifico como Aleluia, primeiro porq esta fábrica costumava marcar as peças e segundo porq o q conheço deles é mais do tipo do prato q mostrou a seguir, usavam muito decorações com tipos populares em pratos, jarras e vasos, de q tenho uns exemplares.
Estou como o Luís, não consigo fornecer qualquer pista ...
Abraços
Olá Isa
ResponderExcluirSeja a sua travessa de Aveiro ou Coimbra,uma coisa é certa,é muito bonita.A flor do centro não me parece muito usual e a cercadura é um encanto.
Tal como a Maria Andrade, também acho que o seu recanto está muito bonito.O bule que se vê,é uma beleza.
Beijos
Maria Paula
Olá Luís
ResponderExcluirObrigdo pelo comentário.
É como diz, devemos continuar na busca da fábrica.
Inclinei-me para Aveiro como poderia ter sido Alcobaça, pelo brilho e, esmalte muito branco.
Identifico faiança de Coimbra, a antiga, mais pesada, grosseira e de massa menos compacta.
No entanto devo reconhecer que em Coimbra existiram por volta de 1810 coisa de onze olarias. Uma delas a de José António Belico fabricou louça entrefina com a designação de fábrica das Lages.
Vê-se muito pouca coisa desta loiça nas feiras. Ontem vi um prato, muito pequeno e com a grande flor ao centro, a vendedora comprou-o um lote de 5 e os outros são todos de Coimbra.
Beijos
Isabel
Olá Maria Andrade. Obrigada pelo seu comentário.
ResponderExcluirAchei graça ao que disse do meu recanto. Os solitários fascinam-se desde criança quando os via pelas mesinhas de cabeceira, em azul, verde ou casca de cebola, porque brancos e grandes só nos altares da igreja.Ao longo dos tempos fui fazendo uma pequena colecção. O que gosto mesmo são os de formato bojudo no pé, e desses não tenho nenhum exemplar. Dizem que os mais antigos são os que tem a tonalidade verde.
Quanto à travessa julguei ser faiança de Aveiro, pelo vidrado brilhante e massa muito branca, características dessa loiça e da fragmentação do vidrado. Mas também poderá ser Alcobaça ou até Coimbra de outra olaria com modo de fabrico mais fino como a de Lages. O que sei é o número restrito de loiça igual com o mesmo desenho e toda em azul que tenho visto nas feiras, ao todo com a minha travessa, 5 peças.
Beijos
Isabel
Olá Maria Paula. Obrigada pelo seu comentário.
ResponderExcluirFiquei admirada pelo elogio do recanto que criei. Quanto ao bule, é Alcântara, sem tampa e com o bico partido, custou-me 2€ na feira de Algés há anos, fiz um arranho com cápsulas de papoilas, fazem-me lembrar o quintal da minha mãe na primavera.A tacinha pequenina ao lado também é de Alcantar, as duas peças estão marcadas.
Pois. Continuamos na dúvida na catalogação da travessa.
Um dia destes tal a persistência, havemos de a identificar com a ajuda de alguém.
Beijos
Isabel