"Em pratos, produtos da moderna fabrica do Côjo, em Aveiro, temos encontrado legendas pintadas de diferentes cores, como, por exemplo : — Não chores Mariquinhas ; Adeus Amor ! " sob esmalte acinzentado uma caraterística.
Alguns exemplares do que tenho...gostei desta bacia sobretudo pela exuberante decoração e pelo galo.
Comprada na feira de Azeitão, 10€. Restaurei-a no dorso do animal.De resto está espectacular.
Esta bacia com o galo só a consegui identificar como sendo de Aradas,não está marcada, por outra igual que vi no festival gastronómico de Santarém no passado mês, exposta numa banca de doces de Aveiro.
Pratinho de S.Roque - Assinado
Bacia em miniatura em esponjados
Travessa oval comprada na feira de Paço d'Arcos
por 10€.
Mais um motivo do galo com o rebordo em bicos em
tons de castanho claro
Travessa oval com o motivo central "Galo" e bicos pintados em azul, comprada na feira de Azeitão por
Travessas ovais com o galo bordadas a bicos.
Prato esponjado, comprei-o na feira de Setúbal.
Travessa oval com riscas às cores, comprei-a na feira-da-ladra
Prato com flores comprado na feira-da-ladra
Travessa quinada com flores, torta
Fábrica Aleluia de Aveiro,marcado, comprei-o na feira de Setúbal .
Sacavém mais tarde copiou este desenho.
Pratos correntes de uso diário nas cozinhas dos meus avós marcados S.Roque
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirAchei muito interessante ter usado como fio condutor para esta selecção de pratos, o local de fabrico, neste caso Aveiro. Se repararmos em pormenores, seis deles - os cinco primeiros e o do barco - também partilham algo de comum na decoração: o desenho da orla em pequenos triângulos e o tom de azul sempre presente.
Então inspirou-se na feira de gastronomia de Santarém? Que sortuda a fazer-nos inveja!Estamos sempre a ser estimulados pelas vivências do dia a dia e assim vamos dando expressão ao nosso gosto por belos objectos como estes.
Bjs
Maria A.
Olá Maria A.
ResponderExcluirObrigada pelo seu comentário.
Este post fi-lo a pensar em si, que mora nas imediações e por certo tem algumas peças e as aprecia nas feiras.Julgo que Aveiro no século XVII chegou a ser um grande centro oleiro com uma loiça mais fina, perfeita e melhor acabada do que a de Coimbra.
Aveiro foi um faustoso local de bom porto para as olarias que se instalaram ao longo dos canais e nos arrabaldes, disso é ainda hoje prova a Vista Alegre em Ílhavo, a nossa melhor porcelana feita com os melhores caulinos.
Ultimamente tenho perfilhado fazer os meus posts dedicando-me à olaria de uma determinada região, no caso Aveiro, antes já tinha feito sobre a faiança de Coimbra, ainda hei-de fazer outro sobre a de Outeiro de Águeda e ainda outra sobre Cavaco de Gaia.Aproveito e nela mostro algumas das minhas peças, umas marcadas outras não, que vou devagarinho catalogando por semelhanças, cores, brilho, textura da massa nessa temática.
O Luís partilha a ideia que deveria fazer um post alusivo a cada peça e contar a sua estória. Concordo, foi como comecei o blog, porém não tinha comentários, bem sei que foi tempo que ainda não nos conhecíamos.
Contudo esta forma agrada-me porque apesar da mostra expressiva é mais fácil detectar semelhanças, contrastes e descobrir se estamos errados na apreciação catalogada, também a amistosidade das peças em grupo que sempre me encantam e faz partir em sonhos...
Beijos
Isabel
Isa
ResponderExcluirJá sabe que miro e remiro os seus pratos e bacias, delicio-me, a olhá-los,cá fico a congeminar,e nem sempre surge a oportunidade de escrever.
Hoje dei comigo, outra vez, aqui no Lérias, e deixe que lhe diga, que o galo da primeira bacia, tem um ar único! Já reparou bem no seu ar altivo, o peito feito, o bico bem aberto, (deve estar a cantar bem alto) a exuberância das penas da cauda... tem razão D. Galo, em ter um ar tão vaidoso :)
UM abraço e bom fim de semana
Maria Paula
O prato de cantão popular marcado Aveiro é da Loiça da Pinheira, mas nunca consegui apurar muito mais sobre esta fábrica.
ResponderExcluirBeijos
Há aqui por casa uma travessita funda, gomada, já muito usada a qual, estando longe de ser uma peça de aparato, sempre me tocou pela singeleza e ingenuidade da decoração a qual é algo semelhante à do seu prato, lembrança da Figueira da Foz (à minha falta-lhe o barco); também esta minha travessita refere no tardoz, em pintura a negro sob vidrado, ser uma "Recordação da Figueira", e, por ter vindo da minha casa de família, sempre julguei ser de Coimbra.
ResponderExcluirNaquela casa pouca era a loiça de uso comum que não vinha da zona, mas claro que Aveiro até nem está longe, por isso, quiçá, seja mesmo daqui. A si devo esta informação.
Um bom final de semana
Manel
Obrigada Luís e Manel pelos vossos comentários. Ao Luís pelo nome da fábrica da Pinheira.
ResponderExcluirAo Manel para lhe dizer que Coimbra também teve olarias que exploraram muito este tipo de bordadura e esponjados. No caso a minha com o barco era um motivo muito característico das fábricas de Aveiro.
Tenho outras que tenho dúvidas se serão de Coimbra, Aveiro ou Alcobaça.
Quanto à nossa zona, devo dizer-lhe que ainda hoje os homens que desde sempre conheci a vender loiças e barros no mercado a loiça que trazem é toda de Aveiro, e esta?
Bem com esta me vou, desejando um excelente fim de semana
Beijos
Isabel