Figueira da Foz em dia frio e chuvoso, no inicio da tarde alguns feirantes
arrumavam e eu também, já tinha feito algum dinheiro. Grande espanto e
tamanha alegria foi a surpresa do encontro com a Maria Andrade uma comentadora
habitual de alguns blogs da especialidade. Fiquei encantada, quase sem palavras
muito pela foto do perfil ser muito formal e na presença se apresentar uma
mulher muito jovem, bonita, elegante,simples e mui moderna, dona de um olhar
doce ligeiramente esverdeado no meu dizer raízes das invasões francesas por
parte de uma avó das faldas de Penela.Simpátiquíssima,senhora agradável,
convidou-me para um cafezinho, trocamos uma conversa ligeira, porque estava de
partida, empatia houve e muita.Descobriu-me por ver no meu estaminé algumas
peças que postei e também por fotos minhas que de vez em quando publico. Adorei
muito te-la conhecido tal o respeito e admiração que sinto por ela, bem haja é
uma senhora e pêras!
Gosto das feiras do lado de dentro. Fazendo o balanço ganhei,trouxe uns trocados e sobretudo despachei monos, uma forma de despachar peças adquiridas em tempos de depressão...
O melhor? Na feira da Figueira comprei uma escarradeira século XIX decoração esponjada cor borra de vinho, sem tampa .
Por comparação à terrina que mostro em baixo-,a tonalidade pode ser fabrico de José Reis de Alcobaça
- No Museu Luís Sampaio em Alcobaça existe uma terrina igual a esta atribuida a José Reis
Maria Isabel, por muito que gostasse de lhe dar boas novas sobre a marca que o prato possui no tardoz, não consigo.
ResponderExcluirPesquisei no "dicionário de marcas de faiança e porcelana portuguesas" e na obra de José de Queiroz, e em nenhuma surge esta sua marca associada a qualquer das proveniências que aqui faz referência.
Quanto à fábrica de José Veroli, e ainda segundo Queiroz, esta funcionou durante um espaço de tempo extremamente curto.
Por outro lado, a decoração deste seu prato não me parece que se reporte ao século XVIII, apesar de um ou outro elemento fazer recordar elementos decorativos mais antigos.
Mas que a peça é bonita, não há dúvida, e isso é que realmente importa.
Importante mesmo é o prazer que as peças nos podem dar ao contemplá-las, venham lá de onde vierem (claro que conhecer e identificar uma peça é importante para a sua classificação, mas não lhe adiciona nada ao prazer que nos pode dar a sua partilha).
Um bom final de semana
Manel
Obrigado Manel pelo seu comentário.
ResponderExcluirBem haja pela busca que fez no dicionário de marcas de faiança e porcelana portuguesas.
Em tempo oportuno irei postar umas peças com uma marca que não conheço e se na altura puder agradeço a sua ajuda mais uma vez no dito dicionário.
É como diz, o mais importante é gostar de contemplar a peça e partilhá-la.
Retribuição de bom fim de semana
Beijos
Isabel
Subscrevo a opinião do Manel. Não me parece que seja do século XVIII. Revirei igualmente o referido dicionário que trouxe especialmente aqui para o emprego e por lá não encontrei esta marca.
ResponderExcluirMas o prato é bonito, a Maria Isabel apaixonou-se por ele e isso é o que interessa. Notei que fez também uma série de pesquisas que lhe vão servir para o futuro.
Também não desista de encontrar o significado da marca. Tenho peças que só ao fim de muitos anos é que consigo descobrir a sua proveniência ou fábrica e por vezes por mero acaso. A graça do coleccionismo é investigar, saber esperar e um dia quase por acaso descobrir a chave do enigma.
Beijos e bom Fim-de-semana
Obrigado Luís pelo seu comentário
ResponderExcluirFiquei sem palavras, ainda levou para o emprego o dicionário.
Fiquei comovida com tanto empenho.
Comungo o que diz, a graça do coleccionismo é mesmo essa, investigar, saber esperar,e um dia qualquer, descobrir o enigma.
Retribuo votos de bom fim de semana
Beijos
Isabel
Ola minha querida, tal com o Luis e o Manel, tambem eu procurei no Dicionario de Marcas de Faiança e Porcelana Portuguesas e nada...dei uma volta pela net e nada...virei a imagem e li ao contrario e...nada!!! :-(
ResponderExcluirMas Isabel a peça é muito linda...um dia destes descobre-se o que é!!! Quem sabe se alguem oferece uma peça semelhante à Maria Paula...tipo aquele misterioso suporte do escorredor de copos de aguardente!!! :-)
Um beijinho grande amiga,
Marília Marques
Olá querida Marília, obrigada pelo teu comentário.
ResponderExcluirSabes a melhor, vi na mesma feira onde comprei este prato, um prato côncavo com buraquinhos, escorredor de copos sem o suporte, o pé. Nunca tal tinha visto senão o da Maria Paula.O vendedor um cigano"esperto" com muitas boas peças, pedia 35€, quando eu lhe disse que faltava o pé para onde escorria a água baixou para 25. Não o comprei, apesar de linda tratava-se de faiança mais moderna do que o meu pé. Fiquei com pena, é daquelas peças que são sempre bonitas, era muito decorativa, uma beleza, o dinheiro esse é que não dá para tudo.
Beijos para ti e Dany
Isabel
Cara Isa
ResponderExcluirPara além de ter gostado do seu novo prato, apreciei também toda a útil informação, que o seu post contém.
Fiquei esclarecida sobre o termo "aranhões",que vou lendo aqui e ali,e, intrigava-me qual seria a origem desta designação. Sei agora.
Um bom domingo para si
Maria Paula
Obrigada Maria Paula pelo seu comentário.É de facto fascinante esta troca de informação que por aqui vamos todos uns com os outros partilhando.
ResponderExcluirO domingo foi bom, imagine fui 2 vezes á feira de Algés!
Beijos
Isabel
Olá Maria Isabel,
ResponderExcluirJá aqui fiz um comentário que perdi, e como tenho andado mais atarefada do q é habitual e entretanto surgiram comentários q subscrevo, achei q não fazia falta o meu. De qualquer modo, daqui em diante vou ter mais dificuldade em aparecer, por isso não quis deixar de marcar presença. Também eu andei a procurar a marca do seu bonito prato azul e branco, e a mais próxima q encontrei foi um .B.A. a cor de vinho e não a azul, fabrico de Beato António, mas do séc. XVII, o q torna a coisa ainda mais improvável. Mas quanto à beleza da peça já foi tudo dito.
Já vi q foi à feira de Algés e eu fui à feira de Aveiro... É um vício q não nos larga !!! Mas vim de papinho cheio com umas pechinchas de faiança inglesa. Ninguém dá nada por elas, mas eu já as identifiquei e são peças boas, com cerca de 200 anos. E vi lá uma travessa igual à da Marília,de Miragaia, mas inteira, por 250€. Espero q também tenha feito boas compras em Algés.
Beijos
Maria A.
Obrigada Maria Andrade pelo seu comentário.
ResponderExcluirBem haja pelo cuidado. Avisar. Vai andar um pouco atarefada para acompanhar o ritmo que me tem contemplado. O que muito aprecio.Sei como tenho aprendido consigo. Que dizer da nossa língua, confesso, as minhas Professoras ao tempo não me ensinaram bem e eu tola não estava também virada para tal aprendizagem, agora sinto os erros. Também no conhecimento da faiança inglesa.No remate na dádiva de sabedoria diversa, cultural,de cunho muito próprio na entrega aos demais, só tenho a ganhar em acompanhar.Serei sempre uma eterna admiradora do seu saber!
Bom, foi saber que se preocuparam em identificar a minha peça.
O que me influenciou na feira de Algés a comprar um livro sobre Cerâmica e outros estudos uma obra com o nome de José Queiroz editada 1987 e que contem o dicionário das marcas e muitas outras coisas.
Além das deduções que aventei, agora numa leitura não muito austera levantam-se outras como:
Fábrica da Bandeira, Gaia,último terço do século XVIII, marca azul.
Curioso é tratar-se de uma taça e não prato. Este formato não é usual, só veio a ser largamente difundido nos Ratinhos.
Havemos de lá chegar um dia.
Em Algés comprei uma tampa de terrina, cantão popular para a minha pequena colecção.Uma pequena jarra pintada a azul, porque me lembrei da sua,um pequeno gomil de Alcântara, uma infusa verde vidrada das Caldas e um par de galgos em louça chinesa, tom amarelo com pinturas em relevo em jeito de mandarim, elegantes cada um no seu pedestal com um pequeno friso em latão, uma prenda de Natal para a minha irmã que adora cães, já que os de Fó, que seguia no leilão no site da Miau,os perdi no último minuto, aquilo foi uma guerra de titãs!
Boa semana
Beijos
Isabel
Ola Isabel
ResponderExcluirComo está?
Desculpe a minha observação, mas o carimbo que quanto a mim é BAT não será da fábrica Beato António?
Sei que parece recente de mais para ser dessa epoca.. mas nunca vi um exemplar dessa fábrica...
Flávio
Olá Flávio.
ResponderExcluirEntão anda a ver posts antigos???
Faz muito bem.
Essa a minha 1ª teoria e esia que caiu rapidamente por terra.
Essa fábrica de Lisboa serão muito raros peças dela e possivelmente nem se saberão atribuir, digo eu por falta de marca
Não há dúvida que esta é espanhola. Tenho mais 2 peças e o esmalte branco lácteo não engana nem a decoração a imitar o século XVIII e o animal.
Bj
Isabel