Comprei esta vitrina há coisa de mais de 20 anos numa loja em Almada com peças magníficas em liquidação.
Nela guardo com carinho restos de coisas e de nadas...contudo as minhas relíquias...
Memórias guardadas por entre vidros e espelhos que me regalam o olhar, me tranquilizam, adoro mexer, sentada no chão, abrir a porta, entrar e perder-me a sonhar...
Copitos a fazer lembrar-me o pixel de abafado que bebia na casa do Ti Parolo, dos "caquinhos" que vou encontrando no quintal...das pedrinhas de Conimbriga...
Cadilhos vivos, não passo sem eles, esta vitrina está na casa de província, tenho outra maior na minha casa habitual...não vivo sem a sua presença, fazem-me falta!
Esta é a outra
Tantas são as memórias aqui guardadas.
De tantas idades, de tantas pessoas.
São o meu refugio de saudades e de amores perdidos.
Coysas, loysas & trolhas de memórias do passado, mas vivas no presente.
Como disse de tudo e de nada que seja pequeno e me mova a guardar...lá está!
Prazer intenso pelas velharias: faiança, arte sacra, azulejos e cerâmica. Encantamento mayor perder-me ao contemplar peças que me prendem o olhar, por me reportarem de algum modo a lembranças de pessoas que ficaram nesta vida no meu coração por as terem em suas casas e registei na minha memória.Também porque as feiras me alentam por interagir com gente anónima pelo gosto da conversa e da partilha. Foto tirada no dia 21 de maio de 2011 no Carmo.
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Então Maria Isabel, também gosta de guardar tudo, como eu? O q vale é q tem três casas e eu tenho uma razoavelmente grande onde vai cabendo tudo. Desde q as coisas estejam nos sítios certos e não haja bagunça, tudo bem. O pior é se um dia temos de fazer mudanças!!!
ResponderExcluirEu gosto de casas cheias, q reflictam o gosto dos donos, nada de minimalismos como se usa agora.
Estive a espreitar para as suas vitrines (a fazer zoom, claro) e lá estão os fragmentos de cerâmica, mas alguns não são nada pequenos. Já sei q tem planos para eles, há q meter mãos à obra q esses trabalhos ficam bonitos.
Beijos
Maria A.
Ó Maria Isabel quem não possui o seu canto de recordações é como se abdicasse voluntariamente de parte das suas raízes.
ResponderExcluirCreio que o desejo de termos junto de nós as coisas que nos marcaram ou que nos foram importantes em qualquer época da vida é algo que se nos torna tão importante como viver.
E passar os olhos por elas é viajar no tempo, como a Maria Isabel por vezes também o consegue por palavras.
Eu, tal como todos os acumuladores de memórias, já não vou tendo espaço para as coisas, mas empurro dali, calco daqui, chego mais para lá, e as coisas, apesar de irem cabendo, vão, não obstante, perdendo importância!
Manel
Olá Isa
ResponderExcluirNão imagina a quantidade de vezes que venho espreitar a sua vitrina!
Como eu a compreendo! Também eu,desde sempre,dei por mim a guardar coisas, que me ajudam a guardar na memória, momentos e pessoas que nos marcaram de alguma maneira.
E muitos vezes faço precisamente como a Isa. Agarro numa das caixas, sento-me no chão,espalho a tralha toda,e vou recordando.E é curioso, como coisas que nos aborreceram em determinada altura da vida, passado tempos, conseguem arrancar sorrisos e quantas vezes gargalhadas bem dispostas :)
Beijinhos
Maria Paula
Obrigada Maria A. Manel e Maria Paula pelos vossos comentários.
ResponderExcluirSão sempre tão enternecedores , tão carinhosos.
Que bom sentir cada palavra, e rever-nos nas mesmas coisas, nos mesmos nadas, e contudo tão importantes em determinado momento para nós!
Bem hajam a todos
Beijos
Isabel