sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Peças antropomórficas de Bordalo Pinheiro

 A Fábrica de Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro é a preciosa herdeira da Fábrica de Louça das Caldas da Rainha -  fundada pelo genial desenhador e caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro em 1884
Até à sua morte - em 1905, este tentou um projecto artístico invulgar de investimento industrial e simultaneamente de procura de um certo espírito de ser português.Abordou a cerâmica , tecnicamente através do desenho e da sua experiência de ilustrador e decorador.Também do ponto de vista estético a partir do naturismo, do ponto de vista conceptual a partir de um nacionalismo etnográfico e histórico -ambos muito visíveis nas suas obras onde se atraiem e fundem .
A loiça decorativa bordaliana recuperou as tradições formais e narrativas da olaria Caldense - os vidrados de reflexos fortes e a cerâmica de trompe d'oiel  à maneira de "palissy" que Manuel Mafra e outros ceramistas Caldenses anteriores a Bordalo tinham aprofundado e difundido.

As peças antropomorfizam-se no caso que apresento - amigos agiotas  tornam-se mealheiro e o usuário capitão torna-se....escarrador?
Ainda hoje se continuam a reproduzir peças dessa extraordinária colecção de faianças, inspirada e aumentada - pratos lagosta aos serviços repolho. Não esquecendo, claro, as originais andorinhas - agora iguais a estes que apresento não sei se são reproduzidos.
 
o fundo e por dentro um vidrado intenso amarelado
Gostaria de ter fotografado melhor as peças - porque merecem .
Trata-se de um mealheiro - peça Bordalo Pinheiro que estaria assinada no prato de suporte que no caso já não tem, e vi igual no Museu de Almofala de Cima no concelho de Figueiró dos Vinhos.


Ainda tenho  esta peça que abre pelo chapéu ( uma pena estar esbeiçado) - escarrador?

Foram oferta da minha querida amiga de longa data Leonor Ceia - herança da sua querida avó, que me disse - são muito antigas, na altura não sabia do que se tratava - nem ela julgo!


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Faiança fabrico de Coimbra (?)

Travessa  de faiança  fina comprada na feira de Torres Novas. Intrigou-me logo a sua atribuição pela exuberante decoração em tons rosa e verde da aba com filete azul claro a debruar o rebordo e ramo de flores ao centro em policromia da barra.Outro pormenor que me chamou a atenção  do esmalte transparece um vidrado ligeiro em tom esverdeado quer na frente quer no tardoz em jeito de lista  na travessa de alto a baixo ao meio no tardoz e, na frente junto ao motivo central - rapidamente identifiquei noutras peças que aqui mostro - o que pode provar que todas tiveram origem no mesmo centro oleiro onde a técnica do vidrado do esmalte era diferente da normal - translúcida.


Há partida -,  as peças não marcadas são tão difíceis de catalogar -, por isso o fascínio em tentar especular a sua atribuição.
  • Quanto ao seu fabrico debato-me por Coimbra (?). 
  • Mas o filete fino dos caules e  cores  pode ser norte, Vilar de Mouros (?).
Taça de aba alta gomada
Decoração motivo casario pintado ao centro em palete cromática: sépia, verde e amarelo. No tardoz ao meio da aba é bastante visível o brilho do esmalte esverdeado que sobressai na cor primitiva melada em tons de azul, resultado da quentura do forno na cozedura.Evidencia fabrico de Coimbra(?).
Pese embora os filhos do Manuel da Bernarda de Alcobaça os continuadores de José Reis que também fabricaram peças de aba gomada.


domingo, 16 de setembro de 2012

Cortesia de colegas peças de Alcobaça(?)

 Hoje apeteceu-me fazer uma mostra de faiança de colegas. Agradeço a sua cortesia.

Prato de grandes dimensões muito decorativo em bom estado.
Motivo casario entre arvoredo que se confunde com Coimbra catalogado...atribuído à fábrica Bandeira no dizer do seu dono... olhou à palete de cores.
  • Acho que é fabrico de Alcobaça.
Curiosamente apresenta um defeito de fabrico - tentem descobrir.

Aba com estampilha miúda em azul ladeada por filetes em verde desmaiado e laranja no rebordo, sendo que em  amarelo canário a contornar o covo.
Tardoz branco com ligeiros buraquinhos na textura da massa . Fabrico finais do século XIX.
Acaso não tenham descoberto o defeito de fabrico...é o monte de massa na bordadura em branco.


Comprei esta travessa em faiança motivo Cantão Popular de aba recortada fabrico de Alcobaça(?).
Impecável que ainda não sei como a vendi no mesmo dia...era para a minha coleção, mas os clientes transmitiram uma empatia que foi difícil resistir, senti logo uma infinita tristeza de a ver ir embora - tão amante que sou deste motivo . Se eu estivesse no lugar deles também ficaria radiante de a levar comigo - é este sentido de partilha - no caso venda que nos engrandece. Um casal amoroso .Vai para o Algarve....daqui a décadas voltará a falar-se dela e alguém vai questionar como uma faiança de Coimbra desceu aos Algarves...hoje tudo se movimenta entre bancas , colegas e compradores... com uma rapidez fenomenal.Passado um mês reencontrei a senhora numa inauguração de uma lojinha de chocolates na Avª da Républica, no imediato não me reconheceu por estar vestida à senhora...logo pronunciou o meu nome, estava com a filha de esperanças, disse-lhe "esta senhora é que me vendeu a travessa que vocês tanto gostaram e afinal não foi para o Algarve ficou cá...olhe que li o seu blog!"

Tardoz belo
Verifica -se  a forma de fabrico em nervuras - uma carateristica de Coimbra continuada por José Reis em Alcobaça.

Para os amantes de Santo António - um belo prato em faiança comemorativo dos 700 anos do seu nascimento em faiança de Coimbra (?)
Apresenta um cabelo e sinais de uso na curvatura do covo.
Ao centro a imagem do Santo com o Menino ao colo em castanho com incisões a preto sendo a cruz e as coroas em amarelo ocre - na barra dizeres que lhe dão a autenticidade do ano de fabrico ornado a filete manganês no rebordo.


Belo prato de textura fina - leve. Ao centro um galo em amarelo ocre suportado em rodapé de flores nas tonalidades de verde desmaiado, amarelo ocre, azul tipo cobalto e manganês forte.No limite do covo filete fino em manganês encimado por largo filete em amarelo canário e bordadura em meias luas em manganês com mosca de três pétalas em amarelo ocre no eixo de união - ornada por filete laranja no rebordo.
No dizer do vendedor trata-se de Fervença.
No caso comungo comungo a mesma teoria: pela leveza, pelo tom do manganês tipo esborratado como o cobalto que no caso da flor é tão evidente e pelas pinceladas com o términos de tinta nas folhas.

 
Tardoz branco - gateado.

Prato de grandes dimensões com pássaro ao centro em policromia cromática ladeado por ramos que se cruzam. No limite do covo ornado por duplo filete em laranja seguido de outro largo amarelo canário e barra em triângulos desencontrados nas tonalidades de laranja, verde desmaiado e manganês como cores usadas na palete
Tardoz branco a massa apresenta buraquinhos.
O motivo do pássaro foi muito pintado por Viana.

Espero que tenham gostado da amostragem de feira.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Faiança Manuel da Bernarda de Alcobaça (?)

Prato  covo com 35 cm de diâmetro, mal o vi perdi-me de amores.
  • Adoro pratos grandes, tal amor só igual nas miniaturas. Apaixona-me a explosão do desenho, revela no meu entender mão de pintor(a) de mente aberta, alegre  e sonhadora.
 

Claro que me catapultou para fabrico de Coimbra ainda antes de ter descoberto a marca gravada na pasta ao centro no tardoz "A" ... 
Aventa ser Alcobaça
No recente Museu De Jorge Sampaio em Alcobaça está patente um travessa com a mesma decoração.

Fabrico dos finais do século XIX. Marca ao centro, a melhor que consegui.
 
Tardoz gateado em esmalte branco translúcido apresenta uma pequena marca ao centro -, "A" manual, pequeno, gravado na pasta. 
  • Travessa da banca do Jorge de Coimbra, fabrico de Coimbra  ou Alcobaça(?)
  • A maior alegria foi ouvir da minha filha - gosto muito do prato!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Covilhete "Ratinho" decoração grega limitada por filetes azuis de Coimbra(?)




Apresento hoje duas peças em faiança adquiridas  há algum tempo de que gosto particularmente pela simplicidade na decoração e nos tamanhos diferenciados.

Trata-se de uma peça de diâmetro inferior a 30 cm por isso não tem a designação  de covilhete.
Trata-se de uma peça rodada ornada por filete azul claro ao centro,o rebordo por duplo no limite da aba,  circundadocpor dentro em ziguezague ou grega em manganês.
  • No tardoz é mais visível o covo acentuado.
  • Atendendo à parca decoração pode ser produção dos finais do século XVIII .
Curiosamente só vi numa feira há tempos duas peças iguais completamente intatas e caríssimas. Antes tinha visto  outra levemente esbeiçada na aba como a minha num antiquário em Lisboa.
  • Alguidar em miniatura.
Comprei um prato num antiquário em Estremoz, em virtude de se encontrar em muito mau estado regateei ao mesmo tempo que o vi  -, e o mote do atrevimento deu-me para a  pedir em jeito de desconto - a que acedeu gentilmente.
Apresenta um filete azul claro a ornar o covo e no limite da aba deitada com outro mais grosso.


Esclarecimento aos meus leitores:
Gosto imenso de faiança - sempre soube que sou amadora - não tenho, nunca tive qualquer estudo, ou formação sobre o assunto - muito menos pretensão de parecer o que não sou academicamente.
Contudo - não sendo ignorante - tenho ao longo dos tempos adquirido livros sobre a temática em feiras - tendo já um número considerável, além de catálogos, e ainda os que me oferecem.
Este blog teve, e tem o objetivo  hipotético na catalogação sem qualquer tipo de veleidades das peças não marcadas que vou adquirindo . Fetiche que adoro, e nele perco(?) horas, seja  a contempla-las numa das minhas paredes com mais de 40 peças que admiro todos os dias - passo o tempo a tirar, pôr para rever de novo, sentir, descobrir pormenores -  já me dei conta de alterar o 1º conceito que tive sobre a mesma peça , e isso não é mal nenhum, antes pelo contrário - é a paixão e o fascínio que me leva nesta continuidade de querer entender sempre mais - a faiança é uma uma arte em mutação constante pela dificuldade de haver pouca marcada, acredito também de dúvidas sobre alguma catalogada - corro o risco em o questionar: o estarão corretamente(?)...gostava de saber se existe em livro as teorias conclusivas das razões e argumentação em que se basearam para a sua catalogação - para melhor perceber, sabendo eu das dificuldades tamanhas a quase todos os níveis - nomeadamente, de fábricas que não deixaram nenhuma marca em peças, nesse caso - considero quase um tiro no escuro!
Reconheço que é sempre um trabalho meritório, de esforço e empenho que valorizo e nunca o contrário.

No meu caso para comparar com  mais exatidão (?) a  origem de fabrico e porque sou uma otimista - além do que já referi  revejo durante horas a fio no  Matriznet  as coleções de Museus sempre com a expetativa de encontrar o maior número de semelhanças na textura da massa, leveza, esmaltes, seja na pintura, no traço, e na palete das cores - digamos, no conjunto da policromia da peça - porque já me dei conta das substanciais diferenças de todas estas carateristicas na mesma fábrica o que se explica pelos vários anos de produção, utilização de barreiros diferentes, rotação de pessoas, e até novas formas de aperfeiçoamento e de fazer as tintas, também  nas feiras, sempre que vejo peças interessantes peço autorização: umas para fotografar, outras para admirar - mas sobretudo para sentir o peso, o brilho - o que a peça exala...e me diz!
Para mim é um tema apaixonante - reconheço que sobre a primeira obra temática de José Queiroz  com mais de cem anos - na minha modesta opinião enquanto leitora - amante da faiança e azulejaria, vale por ser pioneira, mote para os vindouros se interessarem pelo tema, e lhe darem continuidade com edição de novas obras - ao lê-lo saio frustrada, esperava que a obra  fosse mais emblemática, cada vez que o folheio fico com a sensação - "muita parra e pouca uva" ao tempo - os seus autores, a meu ver se poderiam ter empenhado em mostrar mais, porque havia mais para mostrar, e até aprofundar mais sobre algumas fábricas - porque, o que disseram, ou  quase nada, foi igual a zero na maioria delas...a minha apreciação fria da obra - desvalorizo o desabafo por reconhecer que eram outros tempos.
Apraz-me constatar que vou adquirindo livros e catálogos como o recente editado pelo Museu Cargaleiro de Castelo Branco elaborado pela Dra Ivete Ferreira sobre Cerâmica Ratinha para um estudo Pós Graduação que gentilmente me o ofereceu ; também do livro sobre "A Faiança da Real Fábrica do Juncal" e outras, do Dr Jorge Sampaio, ainda do  pai deste Dr Pereira Sampaio,"Cerâmica de Coimbra do século XVI - XX edições Inapa; Cerâmica de Faenza da idade média ao século XX; e catálogos -  ando à procura de obras da Dra Isabel Fernandes quando foi diretora do Museu de Guimarães, além de outros.
Sabendo que a faiança na sua grande maioria não foi marcada em fábrica - julgo que se deveria apostar mais em monografias diversificadas por fábricas - acredito se façam algumas, mas ainda não suficientes para dar a dimensão devida que cada fábrica no passado teve, e hoje com as novas tecnologias é fácil fazer a análise comparativa nas várias peças existentes em cada Museu. Pior é saber da existência nos mesmos - de  reservas - acredito, espólios talvez grandiosos...o que deixa qualquer pessoa amante desta arte de "cabelos em pé". Obras de arte são para estar patentes para estudo,  para serem vistas, gozadas aqui, e por estrangeiros, porque a partilha é das maiores riquezas dum povo.
Este País é tão pobre... foi sempre tão pobre na alfabetização - ao que me parece só pintores que saberiam escrever ou aprendiam a copiar apenas uma letra - assinavam algumas das suas peças - ora isto faz-me pensar no tempo dos romanos - os oleiros já deixavam a sua marca  nas asas das ânforas - fico a pensar !

Nada encontrei análogo para a pretensão da identificação quer da data de fabrico quer da origem  - julgo se tratar e salvo melhor opinião - "Faiança Ratinho" de Coimbra .

Nesta questão da identificação das faianças não marcadas - assunto que não sendo da minha lavra o é de um  núcleo de meia dúzia de gente de gabarito: pesquisa, compra e estuda a fundo as peças - na maior parte edita - quis o feliz acaso que alguns deles se tenham mostrado disponíveis para me ajudar em determinadas ocasiões - caso Dra Ivete Ferreira ajudou-me a catalogar loiça ratinha ; Jorge Saraiva sobre loiça da região de Aveiro, ultimamente o  Dr Jorge Sampaio, diretor do Museu de Alcobaça, e se mostrou muito disponível para lhe pedir ajuda sempre que quiser sobre loiça de Coimbra e Alcobaça entre outras.


Há contudo um núcleo de curiosos tal como eu nesta matéria do gosto da faiança que vai crescendo a "olhos vistos" com muitos seguidores  - onde a partilha e entusiasmo se estabelece de forma muito intensa - no entanto constato à algum tempo que o meu jeito de escrita, simples, sem ser técnica, sobretudo a forma especulativa que imprimo relativa a pormenores sobre a origem do fabrico das faianças - por arriscar sem  medo e, vergonha vir à posterior alterar a opinião dada inicial, quiçá algo descarada -  fatores que a cada dia constato não ser do agrado total - senti isso mais intensamente numa achega mais acutilante, embora reparo de cariz construtivo...perante tal fato, que em abono da verdade me deixou magoada pela grande estima que nutro - fácil foi tirar as minhas conclusões: o autor(s) em questão não defere mérito às minhas teorias sobre a faiança - julgo pelo atrevimento que incuto no texto que julga sem fundamento de prova , por isso avulsa - sem valia ...

Nesse pressuposto irei tentar ser mais credível ? - não inventar (?) riscos, borrões de tinta que as peças deixaram no ato de cozedura ao estarem sobrepostas no forno, apesar de suspensas em trempes era habitual, também de um qualquer borrãozito - sendo eu amante da faiança - fatalmente sou vítima do meu próprio optimismo, levada a acreditar na descoberta ingénua?a insistir em a tomar por marca de fabrico... sabendo eu de antemão que na verdade alguns na maioria não vê nas peças absolutamente é NADA! 
Difícil será manter a promessa,  dentro de mim ferve a vontade férrea de acordar mentalidades para este tema fascinante.Jamais foi minha pretensão tirar o "poleiro" a alguém, muito menos louvores ou índices de visualizações.O que tive no passado basta - me para o resto da vida!

Continuarei neste meu espaço a usar este  jeito atrevido de dizer as coisas  como as sinto e vejo - sem magoar ou desprimor por ninguém, só pelo nato prazer de acreditar que da "discussão nasce a luz" no intuito - através do diálogo chegar a " bom porto" nesta matéria da faiança não marcada.

Sou uma mulher de cariz aberto - o confronto de ideias é inevitável - sei que nunca agradei a todos, e vou continuar - mas, isso não me afeta!

Ouvi da boca de alguns homens  - "a Isabel é uma mulher desconcertante" ... Polémicas à parte julgo que sou!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Faiança de Viana (?)

Comprei este prato antes de férias  à minha amiga homónima.
  • O azul é bem diferente do habitual cobalto em cor da flor do alecrim.
  • O manganês  revela pinceladas largas suaves quase a meia tinta.
Prato de textura extrafina muito branco e leve - parece porcelana -  finura no traço do desenho pintado à mão.
Elegância da pintura: centro  com arranjo floral circundado no limite do covo por filete fino manganês, aba decorada em policromia com reservas de fachos em laranja e amarelo e decoração a  verde claro tipo mosca encimada por azul vivo ladeadas por ramagens em mangânes.

  • No Museu Francisco Tavares Proença Júnior encontram-se alguns pratos atribuído a Estremoz . Senti semelhança  nas tonalidades da palete  policroma usada e na finura como o exemplar abaixo
                                                       Prato do século XVIII
As pinceladas a manganês terminam do mesmo jeito  - e há muita semelhança no motivo floral ao centro com este prato datado do século XIX , apesar da textura parecer mais grosseira do que o meu - pode evidenciar outra época de fabrico (?)
                                                Terrina no espólio do mesmo Museu-
                               Se não soubesse nunca diria que é de Estremoz...pois!


A primeira  fábrica de Estremoz  foi fundada entre 1773/74 a Fábrica de Loiça Fina, onde Luís Freme da Roza, Joaquim Freme da Roza e Sebastião Gavixo foram mestres e provavelmente fundadores da mesma. Terá a mesma estado em laboração até à segunda metade da década de 10 de oitocentos, em data ainda
imprecisa, época particularmente devastadora para o país devido a eventos como a Guerra das Laranjas e a Guerra Peninsular.
Notam-se nas peças em Museus uma textura mais fina  - tipo porcelana mais parecida com o meu exemplar e mais grosseira (pesada) noutras peças.O que evidencia várias fábricas: Viúva Antunes;Fábrica Alfacinha e,...um  desenhador da loiça de Estremoz foi um padre - Frei Luís Pernacho.

Uma coisa é certa - o meu prato revela um desenho muito semelhante às peças do Museu.
Apresenta-se diferente pela finura da massa, leveza, e elegância do desenho o que evidencia fabrico de uma boa fábrica que poderá muito bem ter sido Estremoz - apesar do motivo decorativo não ser tão habitual como as grinaldas, ramagens finas,e desenho miúdo nas peças que são mais do conhecimento comum.
  • Acredito pode ser fabrico de VIANA - 2º PERÍODO pelo esmalte branco, leveza e elegância da pintura ou Miragaia.
Uma quase certeza ser produção de Gaia numa das muitas fábricas que ai proliferaram.
 

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...