sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca.
Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal.
Numa segunda Coimbra.
Na verdade trata-se de produção do norte, de Gaia, de uma boa fábrica de Gaia, mas qual? Faziam imnitações de decorações de Coimbra, como as volutas , de  facto o prato veio do norte, mas o que o define é a cor do barro  arosado do seu fabrico, e o tom do esmalte azul aconzentado e pela quina no tardoz na elevação para a aba, pese  imitação do que se fazia a nivel decorativo no Juncal copiado por concorrentes.
A ingenuidade do tema é que lhe confere graça na tonalidade manganês dois ramos de avenca entrelaçados ao meio com barra ao limite da aba de abertos e fechados a cheio debruada por dois finos filetes..

 No tardoz apresenta um selo comprovativo de ter estado numa Exposição de Coleções de Cerâmica de Coimbra de  Particulares em 1965

Produção seculo XIX

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Jarro ou triloteiro de vidro rosa da Vista Alegre

Jarro em rosa de seis pés da Vista Alegre. 
A Vista Alegre copiou a produção da Marinha Grande, na diferença desta com  pés de galo e em branco.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Faiança em policromia do norte ?

Belo prato pintado em estampa e policromia. Ao centro vaso com flores; azul e vermelhas. Ao limite do covo filete fino castanho e um largo amarelo canário. Aba preenchida de ramos e flores com tarja amarela canário sobreposta e filete fino ao limite do rebordo.
Esmalte branco, arrozado. Final do século XIX. Poderá ser produção do norte  pelos filetes amarelo canário, o cesto e as flores e ramagem em estampa típica.
 Barro branco com mistura de vermelho muito típico no norte

Prato de pé da Vista Alegre

Lindo prato de pé da Vista Alegre, o primeiro que encontrei

Vidros antigos em azul da Vista Alegre

Copos com carranca Vista Alegre 
   Pratinho Vista Alegre

Jarra de vidro coalhado

Bela jarra em vidro colhado com pintura delicada.
O rebordo canelado.

Travessa da Fábrica do Desterro de Lisboa

Travessa da Fábrica do Desterro de Lisboa
 Rebordo relevado, recortado em formato oval decorada com ramagens e flores delicadas
 A homogeneidade da massa semelhante à loiça de Sacavém, repassa a gordura
 Marca  a carimbo e na massa
 Com um grande "cabelo"
Final do século XIX, inicio do XX

terça-feira, 28 de maio de 2019

Falar das Coisas que eu Gosto- História, Ansião e Faiança!

Foi o Programa Visita Guiada ao Forte de S João Baptista na Foz do Douro no Porto que vim a correlacionar o motivo vastamente pintado no norte - torre com cúpula ou adoçada a casario, desconhecendo qual o monumento que foi inspiração. No local foi construído há 500 anos uma igreja e um palácio por ordem de D. Miguel da Silva por artista italiano teria vindo com ele quando deixou Roma onde era  embaixador e  na urgência a ser chamado por D. João III a Portugal que o colocou  Bispo em Viseu  e abade do mosteiro de Santo Tirso. 
Forte de S. João Baptista também conhecido como Castelo de São João da Foz, construído a rodear o palácio e a capela mor onde sobressai a cúpula da igreja.
 Vista do palácio de D. Miguel da Silva
Corpo da igreja e ao fundo a capela mor com cúpula
Após a restauração de 1640 o receio de invasão espanhola foi decidido neste local fazer um forte, tendo sido destruído a abóbada do corpo da igreja ficando apenas a capela mor com a sua bela cúpula - onde  se correlaciona a pintura da faiança que dizemos do norte nas fábricas de Gaia - Fábrica Cavaquinho 1775- Santo António do Vale da Piedade 1785- Afurada 1789- Fábrica da Rasa 1806 - Fábrica das Regadas 1811 - Fervença 1824 etc e Fábricas do Porto - Massarelos 1764- Miragaia, 1775 ,segundo o estudo do meu bom amigo Dr Edgar Vigário publicado em 
https://www.academia.edu/17487186/Dois_s%C3%A9culos_de_faian%C3%A7a_portuguesa
Nos últimos anos tenho feito aprendizado a despertar para investigação de raiz histórica, assim que  ouvi o nome - D. Miguel da Silva filho dos Condes de Portalegre em o associar na sua linhagem a parentesco com Ansião e vilas dos arrabaldes,  facto extraordinário, antes nunca explorado, a marcar a brutal e grande diferença de historiadores e investigadores afirmados, em prol de autodidatas, quiçá mais apaixonados e de entrega a estas causas em lhes fazer correlação, e sem modéstia orgulho e vaidade de o dizer, pese sem peneiras! É notável. Além de coragem, é preciso enfrentar o medo de errar e de comentários menos abonatórios, nada que me impeça de continuar!
Na família de D. Miguel da Silva, entre os seus tios e primos paternos encontramos essencialmente Alcaides e Senhores de uma nobreza de província na faixa nascente do Alentejo - Portalegre, Alter do Chão, Elvas, Campo Maior, e Beiras - na região centro- Senhorio de Abiul do tempo dos Silva/Coutinho e depois Telo/Menezes a Rui Mendes de Vasconcelos,  Senhor de Figueiró dos Vinhos e Pedro de Sousa Ribeiro de Vasconcelos, alcaide-mor de Pombal, cuja família teve um solar em Santiago da Guarda, em Ansião, hoje Complexo da Casa Senhorial dos Condes de Castelo Melhor, que em 1955 ainda existia a parede de ligação à torre medieval com o brasão da família e depois derrubada, em levantar o véu da minha investigação sobre os parentes próximos nobres com Ansião...
Santiago da Guarda em Ansião
Fotos gentilmente cedidas pelo meu bom amigo JCMarques do Avelar referente ao inventário artístico de Matos Sequeira de 1955 com o portal encimado pelo brasão e inscrição no lintel.
Em baixo já com a parede derrubada, e hoje na requalificação ostenta um portão de ferro moderno- em que a DGPC na sua classificação em monumento nacional se tivesse lido o inventário artístico bem poderia ter equacionado a reposição da fachada com replica do brasão e do pilarete, em  mais se aproximar do que foi no passado...Uma questão de visão na preservação do património!
Faiança portuguesa nas mais variantes demonstrações da capela mor da que foi a  igreja do paço de D Miguel da Silva (Menezes)
Cúpula no forte de S.João Baptista no Porto a inspiração na faiança nortenha, vaidosa por descobrir a motivação inspiradora ao motivo retratado na faiança a que acresce a ligação a ter sido um ilustre nobre parente de Ansião com ligação ainda à  Quinta das Lagoas no tempo que foi pertença da família Noronha. 
Prato de grande dimensão veio do Porto
Aparece a torre com cúpula adoçada a casario, logo me despertou para saber a que monumento se referia, debalde só alguns anos com o programa se esclareceu a dúvida.Nunca tive dúvida que era produção do norte pela pintura a cheio da folhagem entre outros pormenores pintado na altura da guerra liberal, ao tempo por ali  deserto, temos de nos abstrair d'hoje para entender como o era para aparecerem animais em que se acresce a ingenuidade dos pintores, uns melhores que outros, mas todos a pintar esta cúpula da capela mor da igreja do palácio de D. Miguel da Silva, conhecido pelo forte de S. João Baptista.
A segunda aquisição de um prato de grande dimensão que encontrei no Pinhal Novo, apresenta decoração quase abstracta 
Destaca-se a cúpula, um homem com um animal e ao meio o portal.Miragaia?
Portal actual de acesso ao forte
Terceira aquisição num antiquário de Lisboa, disse-me que a "Floribela" tinha levado outro igual... com a capela mor em pintura muito ingénua. Produção Miragaia?


Encontrei esta travessa muito mal tratada em Coimbra, há anos tinha visto outra impecável na Caparica, mas muito cara, julgava ser produção de Coimbra do tempo de Domingos Vandelli, debalde pelo barro e motivo é norte e tem a mesma cúpula com o términos.Teria sido produção da sua fábrica Carvalhinho depois que se  mudou de Coimbra onde os franceses lhe arrasaram a fábrica do Rocio de Santa Clara.
 A última aquisição foi vendida em Estremoz, será produção de Miragaia?
Mais uma achega histórica na ligação  às Coisas que eu Gosto- História, Ansião e Faiança, a partilhar conhecimento e cultura na interligação de gente nobre onde Saber é Poder pela grande lacuna e  contínua falta de mais se indagar em gente com ganho de honorários  em licenciatura especializada debalde rara produtividade que se assinale de valia!Faz pensar!

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Terrina graciosa do norte da Fábrica Carvalhinho ?u Gaia?

Pequena terrina sem tampa, graciosa apresenta substanciais diferenças no apelo à sua graciosidade - a cor do esmalte azulada em detrimento da habitual em branco.
A  decoração com um ramo floral ao centro do bojo, meticulosa de traço fino delicado a reportar artista sensível e asas de extrema elegância. As cores a predominar - azul, verde água e amarelo.
 O pé com dois filetes - um fino  amarelo e outro mais grosso em verde.
 As assas o elemento mais atractivo em azul e verde
Pela tonalidade do barro usada em cor rosado, é produção de Gaia, do norte e pela decoração fina provavelmente da Fábrica Carvalhinho antes de ser comprada por Domingos Vandelli (?)
À primeira impressão pode-se alvitrar fabrico de Estremoz, Miragaia do tempo de Rocha Soares,  ou Darque - Viana do Castelo.
Verossímil afirmar que se trata de produção do norte. O pormenor das folhas a duas cores - azul e verde, o traço fino e o traçado nos caules junto da flor que encontro noutras peças e ainda o pormenor da graciosidade da asa a reportar para a fábrica que Domingos Vandelli comprou em Gaia- apor achar estes pormenores lhe sejam cunho do que deixou em Coimbra (?).
O esmalte é bom, apresenta ligeiro arrepiado de matérias plásticas do barro vermelho.
Seguramente atribuída aos finais do séc XIX. Pois imagino como seria a tampa e a pega...

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...