segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Faiança floral em destaque os amarelos SAVP(?)

Nesta quadra festiva de Natal é meu desejo formular votos de Boas Festas a todos os meus leitores-,  muita saúde, sobeja alegria, e que o Ano Novo vos traga o que mais almejam. Bem hajam pela cortesia da Vossa visita , pelas mensagens e pelo conhecimento pessoal que fatalmente acabamos por travar em locais de feiras, o que me deixa sensibilizada, na certeza que tenho de dar continuidade ao trabalho iniciado de meta difícil, a destrinça da melhor clareza sobre a faiança portuguesa.Sei que descuidei este Blog em proveito de outro, por me dar um gozo excedível seja pela panóplia temática.Ainda assim são os dois Blogs os meus grandes Amigos que jamais me desencantam, antes encantam, e isso é o mais importante, se ajudam outros, e sei que tem ajudado e muito, fico em dobro feliz, logo eu que não sou licenciada em nada, mas sou mulher de partilha, sem trunfos na manga como na vida profissional senti que outros nela os guardavam, por isso tive de lutar, chorar, errar para aprender tudo o que sei, e falando com tanta gente, sinto que estou acima da média cultural de muitos...
Basta falar de mim...a minha prenda de Natal ?
Belo prato de bela policromia, onde os amarelos desde o ocre ao canário se misturam com o azul celeste e o verde "cor do burro quando foge", desculpem, nunca gostei deste verde, sendo que sou Sporting, gosto do verde verde! E ainda um ténue filete em manganês que mais parece preto.
À partida poucos gostarão deste prato(?) pela exuberância das cores. De um modo geral se gosta mais da tonalidade azul, eu não fujo à regra, adoro os azuis, mas este quando o vi não lhe dei a importância merecida, debalde gosto de comprar e o preço se mostrava na minha bitola de gastos, por isso o trouxe, e a paixão irrompeu de imediato pelo que ganhou honras na parede da sala, bem na minha frente quando sentada no cadeirão, e claro destronou outro...porque o meu marido não põe mais pregos na parede já passa dos 67...
Decorado com uma grande flor  a lembrar acuçena(?) em ocre e ramagens em verde desmaiado com pincelada vincada nas pétalas. Os ramos finíssimos a manganês a rondar o preto.
O fundo ao nível do covo ornado a um fino filete em ocre seguido de outro mais vincado em azul celeste e um largo em amarelo forte.
A aba decorada a ramos florais  em ocre e olho castanho, ramagens em verde desmaiado intervalados por palmitos em amarelo canário, a delimitar o rebordo um fino filete em ocre.
O tardoz mostra-se de massa homogénea  com ligeiros "buraquinhos" pelo uso de barros com matérias plásticas, ainda assim se mostra consistente, de ligeiro craquelê, e de esmalte lácteo.Apresenta um ligeiro"cabelo" com dois "gatos".
Não me acanho em afirmar com muita clareza que se trata de uma produção norte!
Quanto à fábrica com muita certeza SAVP (?), a minha dedução baseia-se no esmalte lácteo, na conexidade, na decoração, embora Darque, Bandeira e Vilar de Mouros a tivessem copiado, mas aqui pelo uso da chapa para estampilhagem do formato das flores, muito usado por esta fábrica, os palmitos e a tonalidade de azul celeste. Sejam estes atributos que me levam na sua catalogação atribuída aos finais do século XIX (?) de proveniência norte, da fábrica SAVP (?).
Só posso afirmar que as fotos não espelham a realidade do prato, do brutal brilho que irradia e deixa os demais abafados-, desculpem me contradizer, para vos dizer que passei a adorar os amarelos em detrimento dos azuis!
O que revela que muito ser humano à medida que vai adquirindo mais conhecimento vai mudando de opinião, por serem pessoas com espírito em constante mutação que sempre se deslumbram mais e mais, sem se deixar abater psicologicamente pelo cariz forte, sempre na ribalta a contemplar o belo, extasiados com a natureza,  e coisas que parecem a outros insignificantes, por isso jamais envelhecem.
Acreditem tem sido a minha arma de defesa que me mantém viva, apesar das dificuldades do dia a dia e da Cruz que todos de um modo geral carregamos, sobretudo do seu peso, posso dizer que a minha é bem pesada, mas há muito que a levo às costas leve, com esta vontade de viver sempre a angariar maior conhecimento, sobretudo no gosto em travar conhecimento com gente anónima, e claro escrever as minhas crónicas, e os meus netos  Vicente e Laura, na doçura que me acalenta o coração!
BOAS FESTAS
E desculpem qualquer coisinha!

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...