terça-feira, 23 de julho de 2013

Faiança José Reis Alcobaça (?)

Comprei este pequeno prato na banca do Sr Pedro na feira de Azeitão. Carote...
Como faiança de JOSÉ REIS DE ALCOBAÇA.
Motivo casario com cúpulas e telhados diferentes .
Árvore de ramos delineados em graça e folhas no pé,  folhagem em esponjado tal como o  rodapé  da pintura manual em  aguada amora , ornado na aba do rebordo por filete largo-, onde se notam o sítio das trempes que
"estragaram" o esmalte.

Tardoz emana uma patine em tom avermelhado. Coisa que estranhei. Sendo o barro em Alcobaça da melhor qualidade em branco, esperava um esmalte mais translúcida, branco, e não o é!
  • POR ISSO FICA A DÚVIDA-, apesar da cor certos autores a atribuírem este tom a um seixo da região de Leiria  ao ser triturado.
  • Mas Coimbra também pintou cores desde o preto e azul em misturas de aguadas que deram pinturas séptia, outras bonitas azuladas,e acastanhadas, sem definição concreta ,da cor primária, mãe.
Possivelmente será fabrico do tempo que esteve em Coimbra-, porque aí sim fabricava-se com barros de várias proveniências , branco, amarelado, vermelho e misturas quando o deixavam chegar aos restos.
  • Porque não tenho nenhuma dúvida em se tratar de José Reis!
Suscitaram-me dúvidas se o fabrico dos meados do século XIX  foi no tempo que viveu e trabalhou em  Coimbra ou  quando se foi para Alcobaça a partir de 1875! Mas foi Alcobaça. Tenho uma almofia com o mesmo motivo com os ramos desenhados a mais escuro que no tardoz tem uma marca esborratada mas se identifica OAL. Depois de José Reis ter falecido a fábrica  foi arrendada , viria nela a nascer mais tarde a OAL que numa fase pintou na continuidade do antecessor.
Segundo informação do meu bom amigo Jorge Saraiva  da Oficina a Formiga passo a citar o seu comentário - " as pastas brancas, se estiverem mal cozidas, ficam cor de rosa e depois, por muito bom que seja o vidrado (com óxido de chumbo que lhe dava a transparência e brilho, e o óxido de estanho que lhe dava a opacidade branca )o tom rosa fica sempre marcado ".

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Grés porcelânico e porcelana China variada

Hoje  mostro produção China.
Lamentavelmente no domingo não comprei, estupidamente , uma tampa de terrina grande, impecável ,com uma pega em botão-, qualquer coisa de extraordinário. Julgo que foi a tonalidade rosa que não me encantou no pequeno impacto...
 
  • Na feira da ladra vi este pires de aba levantada diferente dos normais direita-, prendeu-me a atenção e perguntei o preço, ainda o vendedor não me tinha dito, eis que encontrei a chávena, voltei a perguntar o preço das duas peças.

O vendedor estava hirto no pensar ...
Agachada no estaminé de chão, levantei-me, disse-lhe -, já deixei de lhe comprar porque além de careiro olha para mim para fazer o preço, coisa que não gosto...
  • Sorriu no seu ar maduro, responde -me..." é malandreca ... é que ainda agora vendi um conjunto de cinco a uma senhora, nem ela nem eu vimos, nem o prato nem a chávena,logo atrás chega a senhora ,vê logo os dois, apesar de não estarem juntos..."
Decoração  em dourados e rosa-, de flores e grinaldas ornadas a filetes em dourado na chávena por dentro e por fora e junto do pé. O prato apresenta um minúsculo círculo ao centro e em toda a aba.


Este tipo de chávenas  e pires datam de final do século XVIII e princípio do séc. XIX muito usadas na Europa onde outras fábricas as imitaram.
  • Pasme-se bebia-se o chá no pires - para arrefecer mais depressa ...por isso é côncavo na aba- leva o mesmo que a chávena.Testei, claro!

  • Foto retirada do blog da Maria Andrade  por ser muito colorida com o samovar . 
  • Temática  do chá  sorvido do pires elaborou um excelente post 
  • http://artelivrosevelharias.blogspot.pt/
Na feira de Setúbal encontrei esta gracinha em grés em saldo, e que saldo.
  • Gostei da espiral fechada no centro do pires, tal como a decoração no tardoz. 

  •  Uma peça retirada do Matriznet em grés porcelânico.


Pote - Local de Execução: China
Datação: 1573 d.C. - 1619 d.C. - Dinastia Ming, período Wanli
Matéria:Grês porcelânico
Técnica:Pintura sob vidrado
Descrição:Pote com quatro asas relevadas e estriadas, montadas à volta do colo, decoradas com um motivo floral em relevo. O pote foi feito e montado em duas partes, sendo a junção perceptível a meio do bojo com duas circunferências a azul que dividem o tema decorativo. A decoração a azul cobalto apresenta motivos florais que se assemelham a peónias na parte inferior do bojo, na superior encontramos duas grandes aves, canas de bambus e crisântemos.

  • Também na feira da ladra há anos encontrei este prato partido e muito mal colado. 
  • A decoração relevada em policromia é fantástica com borboletas, pássaros e flores.Fundo esmalte verde claro ornado a filete fino na aba em cor de camarão. Marcado
  • Noutro dia  encontrei este mais pequeno, na mesma decoração e impecável.Também marcado.

Vi peças iguais no  SITE    Antique and Vintage China, Porcelain, and Pottery 

Antique Chinese export Rose Medallion plate circa late 1800s. This celadon plate is hand painted in the traditional Rose Medallion palette which includes birds, flowers, bugs, and butterflies or moths. This plate measures approx. 10" across.



Numa feira de Algés na banca da D. Maria no chão estava este prato com motivo cantão numa cor que nunca tinha visto-, estalado, e uma esbeiçadela na aba.

  • Também na feira da ladra há coisa de 30 anos comprei esta chupeta


Espero que tenham gostado!

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...