sábado, 9 de março de 2019

Lenço em seda em homenagem ao toureiro a pé Manuel dos Santos

Segundo a Wikipedia 
Manuel dos Santos nasceu em Lisboa em 1925 onde faleceu em 1973, foi um matador de touros.O mais consagrado toureiro a pé português, recebeu o nome do avô, o bandarilheiro Manuel dos Santos «Passarito», que o criou na Golegã.O ambiente da terra, a influência de familiares ligados à arte de tourear e a existência de várias ganadarias na região, fizeram com que se apresentasse em público muito jovem. A estreia ocorreu na Chamusca em 1941 tinha Manuel dos Santos apenas 13 anos, apenas de uma vacada, mas despertou a atenção do bandarilheiro amador  Patrício Cecílio que instou o jovem a vir aprender a arte em sua casa e tornou-se o seu mestre e o jovem aprendiz de toureiro o mais destacado elemento da chamada Escola de Toureio da Golegã.
Lenço de seda em homenagem a Manuel dos Santos
O tempo deu espaço para as traças atacarem na seda e claro - está estragado!
Ainda assim o comprei pelas cores, pela seda, que era de qualidade e sobretudo pela emoção, a lembrança deste toureiro que conheci e vi actuar e na televisão. 

No ano de 1950 Manuel dos Santos é o mais solicitado matador do mundo, liderando o escalafón dessa temporada. Chega a um patamar até hoje nunca alcançado por outro toureiro a pé de nacionalidade portuguesa. 
Cantava Amália Rodrigues no filme Sangue Toureiro«Touros e só/ Não há nada/ Que uma toirada com mais emoção!/ Não há festa com mais cor/ Que mais fale ao coração!»
A celebridade não impediu Manuel dos Santos de ser preso em 1951, ao exercer, a 3 de junho desse ano, a função de matador no Campo Pequeno. Nessa noturna, encerrou a estoque a lide do Ribatejano, da ganadaria Assunção Coimbra, tendo sido o primeiro matador português a fazê-lo numa praça portuguesa, sem autorização legal, depois de decretada a proibição de matar o touro em público. Passou a noite na prisão, de onde saiu mediante o pagamento de uma caução, e acabou por ser absolvido no julgamento que se seguiu.Toureiro raçudo, mas com estilo, inventou a dossantina, um novo passo de muleta. 
Algumas cornadas violentas e duas operações a meniscos provocaram, em  1953, a sua retirada das arenas. A 25 de fevereiro de 1954 casou, no México, com Dª Gloria Elena Díez, de quem teve um filho, o dr. Manuel Jorge Díez dos Santos, médico veterinário na região de Tomar e empresário agrícola, de serviços e eventos, que lhe viria a dar duas lindas netas (Madalena e Diana) e um neto, mais outro Manuel Jorge dos Santos, os quais o matador porém nunca chegou a conhecer, por ter morrido demasiado cedo.
Sendo o amor aos touros inevitável, regressou em 1960. Embora com menor frequência, atou até 1972 em algumas corridas e em festivais de beneficência. Nunca deixou de estar ligado à festa: explorou a Sociedade Campo Pequeno e outras praças do país; criou a Ganadaria Porto Alto, no distrito de Santarém.
Em Espanha foi distinguido como cavaleiro da Ordem de Isabel a Católica. Em Portugal seria agraciado com o grau de comendador da Ordem de Benemerência e, a título póstumo, com a  Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas.
Manuel dos Santos sofreu em 17 de fevereiro de 1973 um acidente de viação na reta do Bombel, em Vendas Novas, quando regressava de uma visita à sua ganadaria. Viajavam no mesmo automóvel o filho do toureiro, Manuel Jorge; o moço de estoques, Manolo Escudero; e o maioral da ganadaria, Manuel Francisco Piteira Dias. Manolo Escudero teve morte imediata, O matador viria a falecer um dia depois do acidente, em  18 de fevereiro de 1973 no quarto n.º 36 do Hospital Particular de Lisboa.

Está sepultado no cemitério da Golegã. Depois do 25 de abril a minha mãe presenteava-nos com a feira da Golegã, deixava o carro precisamente na frente do cemitério e uma vez entramos para ver a campa, quase na frente, a imagem que recordo. Era um homem elegante, bonito, com muito estilo a tourear que cheguei a conhecer na Praça do Campo Pequeno em finais da década de 60 no  Campo Pequeno, a minha mãe veio fazer um concurso a Lisboa e o meu pai levou-nos a mim e à minha irmã à tourada, um hábito mais na região centro - Figueira da Foz, Tomar, Golegã e Abiul.

Para não se perderem as memórias do passado!

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