sábado, 3 de fevereiro de 2018

Raposa em olaria de Barcelos (?)

Peça decorativa
Raposa de bom tamanho em esponjados nas tonalidades:castanho, verde, amarelo.
Esta pintura de esponjados é característica do fabrico das Caldas da Rainha e Barcelos.
Inclino-me para esta última por o seu fundo estar totalmente vidrado, e as Caldas não vidravam.
Apesar de algumas mazelas, gostei do tamanho, das cores e do farto rabo...mas ao primeiro impacto achei que se tratava de um gato apesar de achar a cara estranha...
 
 
 
 Fundo da peça vidrado
 

Olaria de Alcobaça OAL em cantão popular

Um prato em faiança da Olaria OAL de Alcobaça no motivo "Cantão popular" em cor monocromática verde quando o normal e habitual é ser azul. Por isso a singularidade e a ingenuidade do desenho a rondar naif que me fascinou.

O centro apresenta cinco edifícios típicos da China - pagodes , apenas um encimado por bandeira, aos pés um chinês sentado com o tradicional salgueiro que em geral se apresenta na direita e aqui na esquerda, já na direita uma conifera  e motivos vegetalistas em rodapé, sem ponte.
Aba decorada a estampa com motivos florais alternados por bolinhas e espirais delimitado na aba por fino filete.
 Marcado com o carimbo da Fábrica OAL Olaria de Alcobaça, provável data de fabrico década de 30.
 

Prato motivo Paisagem da Fábrica do Desterro

Prato de formato e textura elegante, apresenta-se de rebordo recortado em reservas alternadas, liso e sequência de nervuras ao género de vírgulas.
Decoração floral fina de grande elegância a cor monocromática a castanho com dois ramos iguais e um maior que sobressai.
 
 
 Tardoz assinado com  carimbo em forma de brasão com indicação do nome do motivo
Fabrico provável de  1891 em pó de pedra, por isso a massa é permeável à gordura.

Terrina motivo Paizagem da Fábrica Alcantara

Terrina da Fábrica Alcântara motivo Paisagem em cor monocromática em castanho da minha coleção, pelo tamanho médio, o que gosto e do pequeno em detrimento das grandes que não aprecio.
A decoração retrata motivo campestre  com casario típico inglês e vegetalista. 
 
 
 
Louça Fina - Lopes & Companhia com produção depois de 1889 ao início séc. XX 
 
 
 
 
 

Lusitânia - Lufapo prato Ordem de Mães de 1950

Comprei este prato pela singularidade que jamais tinha visto, e fiquei a pensar a razão das letras, afinal a sua decoração. Tive a sorte de haverem dois sendo um comprado por um senhor entendido que levou um e ainda partilhou a informação que agora é a minha vez de partilhar.

OBRA DE MÃES DE 1950
Segundo o comentário de Clara de Melo trata-se de Obra de Mães, e não como fui levada pelo engano do postit ,que menciona Ordem .
Pintura monocromática azul, cuja decoração ao centro apresenta a sigla da Ordem de Mães em letras artísticas,  ao género de iluminura de Foral,  encerrada por dois círculos de filetes finos, que um deles se repete ao limite do começo da aba e fecha com outro mais largo no remate da aba.
 Assinado. Fabrico de 1950.

 Segundo http://ceramicamodernistaemportugal.blogspot.pt/2016/05/a-marca-lufapo.html

A designação LUFAPO é construída a partir das palavras;
LUsitânia
FAianças
POrcelanas


A Fábrica surgiu em meados da década de 1940, com sede em Coimbra, no Loreto, nas imediações da Estação Velha.

Faiança das Caldas da Rainha de Afonso Angélico

Faiança das Caldas da Rainha - Uma parra!
Belíssima peça, relevada, parece verdadeira em estado impecável, e com tantas pontas...
Muito bem pintada, os contraste das tonalidades em  verde  com as cores fortes e quentes das pontas .
 
  Tardoz assinado
 
 
 

Prato em faiança estampa cavalinho de Gaia

Prato em faiança estampa "cavalinho" em cor monocromática a negro e aguada.
Esta reprodução "cavalinho" vastamente usada pela Fábrica Sacavém, Massarelos, Alcântara, muito semelhantes e por isso identificáveis pelo formato e pela marca, ao invés desta estampa  que apresenta esponjados e mais simplista no desenho, mas para mim mais interessante.

 A aba apresenta motivos florais sobre tarja em esponjado em aguada.
O tardoz apresenta-se de barro de ligeiro rosado, massa homogénea e esmalte brilhante translucido  em  branco de ligeiro craquelê.
Evidencia  fabrica do norte sediada em Gaia, que produzia também grandes tamanhos, dado pelo uso das trempes neste que é pequeno,  se notam na ponta da aba. Finais do séc. XIX início de XX.

Prato estampa cavalinho do centro, Coimbra (?)

Mais um prato em faiança de olaria no motivo "Cavalinho". 
O que me inspirou para o trazer comigo? A estampa do motivo central não ser em cor monocromática e sim tricolor, verde desmaiado, amarelo ocre,  e preto confere ao mesmo um agradável prazer à vista.
 A barra em estampa floral em azul.
O "buraquinho" na aba revela que tem história de um tempo de pobreza que não tendo a maioria do povo mobiliário, apenas a cantareira na cozinha para pôr os cântaros da água  e as bacias de faiança para os cachopos comerem, em geral só o "home" da casa tinha direito a prato, fazia-lhe o furo para o pendurar no prego da cantareira, um uso do centro, na região de Coimbra.
A mistura de barros com matérias plásticas, se distingue bem no tardoz,dita o fraco vidrado rugoso, evidencia fabrico do centro cuja barra foi vastamente pintada por  Coimbra, mas Tavarede copiou muito do que se fazia em Coimbra.
Fabrico entre finais do séc.XIX inicio de XX com corte do frete à cana.
Curiosamente tenho mais dois pratos todos ostentam o mesmo detalhe, ainda com a massa mole fizeram um pequeno roço, ou com o "cu do pincel ou o bico de um prego", que interpreto como uma marca, atendendo ao tempo ao grau de analfabetismo.
 

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...