sábado, 25 de novembro de 2017

Faiança da 3ª fase de Darque (?)

Um prato de grande dimensão, bastante colorido.
Veio do Alentejo mas a sua produção é norte, Darque (?), tendo em atenção o tamanho, o formato, com a aba em quina, onde se sente o desgaste do talher e o fundo por dentro não é direito, só se sente passando a mão, a que se juntam os pormenores sem qualidade, o oleiro a pô-lo no forno para cozer como é grande e a massa não estava ainda consistente, o peso e apenas uma mão a segurar no prato o deixou ficar desequilibrado na textura que depois na cozedura ficou torto, também o pintor não equacionou a pintura manual dos palmitos da aba para dar certo deixando um bocado sem pintura, por isso seja da 3ª e última fase desta fábrica que acabou por fechar, precisamente pela fraca qualidade da loiça.
Decoração exuberante com um pequeno ramalhete ocre ao centro fechado em meios círculos a azul cobalto em que nos seus vértices nascem novos círculos em esponjado manganê, no centro estampagem de flores em verde desmaiado, típico do norte, ao meio dos esponjados nascem grupos de três folhas em amarelo canário.Do remanescente centro irradiam em azul cobalto cercaduras em pincelada livre que encerram palmitos em ocre e verde desmaiado.
 
 Notório o desajuste da pintura da aba que ficou um bocado em branco...
O tardoz mostra a cor do barro claro com mistura de matérias plásticos, por isso os arrepiados"buraquinhos. Revela ainda os escorridos do esmalte quando foi mergulhado na tina.
Partido com "gatos".
Atribuição ao norte, a Darque, 3º e última fase 1850 (?).
 
 
A peça em faiança mais cara que comprei até hoje.Muito mais de uma pombinha...O tenha sido por tantos erros de fabrico!
Por isso merece honras para estar na parede.

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