sexta-feira, 28 de abril de 2017

Fábrica do Senhor do Arieiro em Tavarede

Em tempos já fiz uma crónica dedicada a esta fábrica que laborou em Tavarede, no concelho da Figueira da Foz. Lamentavelmente o Museu da cidade não exibe qualquer peça (?), tendo-as nas reservas, a Junta de Freguesia detem uns exemplares, enviei um email nem resposta me deram...
Supostamente não devem ter interesse em promover Tavarede que é mais antiga que a Figueira, lamentável é  constatar que alguém autorizou construção de blocos quase em cima do  Paço de Tavarede, que se mostra sufocado, mandado construir no início do século XVI por António Fernandes de Quadro, senhor de Buarcos e de Vila Verde que instituiu o morgadio de Tavarede, fixando nesta localidade a sua residência.
Pior alguém me disse que os azulejos do séc XVI em verde foram retirados e levados para o Brasil...
Na banca do meu meu amigo Joaquim, a quem pedi para fotografar encontrei um raro cantão popular, para acrescentar à lista de outras fábricas já referenciadas neste motivo.
Pintura manual ingénua, ao centro apresenta um pagode, ponte, suposta árvore conífera, nuvens sob rodapé e rodapé em esponjado com arbustos em cor monocromática azul. A aba pintada em reservas alternada com flores grandes em encanastrado. 
Pasta láctea com ligeiro rosado pela mistura de barros, apresenta arrepiados por a massa conter materiais plásticos.
Qualidade de cozedura fraca, o prato apresenta-se meio torto.

Mais uma fábrica em Portugal, na região centro, Tavarede que pintou este motivo que tanto me agrada.
  Marcado no tardoz Fábrica Arieiro 317, nota-se o que referi em relação a ser torto
Outro prato da mesma fábrica que encontrei na feira de Algés cujo colega amigavelmente me permitiu tirar a foto par partilhar, se não estivesse marcado eventualmente se aventaria ser produção de Coimbra (?). Grande prato com a Imagem de Santo António ao centro com o Menino ao colo e um ramo,  pintado a cor monocromática em azul com aguada e a aba com um filete da mesma cor.
 
 Assinado Fábrica Arieiro
O frete do pé ao cozer abriu, pelas matérias plásticas apresenta muitos "buraquinhos e craquelê
Para quem mais quiser saber desta fábrica deixo o link
http://tavaredehistorias.blogspot.pt/2011/09/os-quatro-caminhos-do-senhor-do-arieiro_16.html

4 comentários:

  1. Interessante, sem dúvida, em especial o Santo António. Nunca tinha ouvido falar desta fábrica. Tenho de começar a ir à feira de Algés :-)...já lá morei, quando era jovem.
    Carlos Martins

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    1. Caríssimo Carlos Martins bem haja pela cortesia. De facto houve muita olaria e fábricas a não deixar registos de fabrico ocorrido em tempo de parca cultura, pior nem familiares, os filhos ou netos orgulhosos o poderiam ter feito para memória futura. Descobri um caspôm assinado também comprado na feira de Algés, que me deu o mote de pesquisar, esta fábrica,apesar de haver pouco, deu para partilhar.Há um colecionador com casa no Alentejo, os colegas tratam-no por Dr.faz-se chegar sempre pelo meio da tarde em passo apressado, de olhar apenas para as bancas dos colegas que já conhece, a minha está entre duas e não olha, compra bastante sem regatear, ao estilo do verdadeiro apaixonado, além de denotar gosto apurado, feeling, traz a carteira recheada de notas...
      Apareça, será um prazer. A minha banca situa-se no seguimento do restaurante junto a uma nespereira, no gaveto a 1ª banca com artigos de qualidade China e arte sacra.
      Cumprimentos
      Isabel

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    2. Irei na primeira oportunidade. Já verifiquei na internet que se realiza no último Domingo de cada mês e, como ainda tenho muitos amigos em Algés dos tempos que lá morei, tentarei conciliar programas.
      Melhores cumprimentos,

      Carlos Martins

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    3. Sim apareça, vai, vai ser um gosto, Vai reconhecer-me pelo uso de uma boina preta, estou junto a uma nespereira.

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