domingo, 19 de julho de 2015

Petúnias azul tucano no contraste Cantão China com o Popular de corações...

Hoje a praia não me inspirou para saltar da cama, fosse da ligeira dor de cabeça... No mercado do Monte de Caparica, convenci o meu marido a descer à Banática, para sentir o Tejo, a sua maresia.
Grande lamento, julgo, após o 25 de abril a margem sul foi vendida a grandes empresas de combustíveis e afins, que absorveram a frente ribeirinha do olhar e do prazer do cidadão comum, com placas " propriedade privada".Para pensar!
Não havia segurança no parque, saí do carro, ao longe senti gente por entre pedras  enegrecidas de musgos, junto do cais do Porto Brandão, na apanha de algum marisco, deleitei-me com a  encosta , debalde sem máquina para registo de momentos-, obelisco em argila que o tempo desgarrou da falésia, fiquei-me na apanha de petúnias trepadeiras-,  flores em azul  tucano, em olho rosa ciano, mal cheguei a casa não resisti pô-las junto dos meus pratos em cantão China, melhor mote para mostrar mais uma vez o nosso "cantão popular".
Desta feita uma bela travessa ovalada de rebordo recortado em tesoura relevado.
O desenho estende-se por todo o centro;  dos lados duas árvores  de folhagem caída alternada com outra com corações, que se inclinam para o pagode com tabuado entrançado, ao lado dois janelões de ombreiras curvas, como se fossem dois olhos, o telhado termina com um torniquete em ferro forjado (?)  ao lado outro pagode mais pequeno com cúpula e duas janelas com grades em cruzamento(?) sobre ponte com três arcos, rodapé de esponjados a meia tinta.

No tardoz dos pagodes  distribui-se uma árvore estilizada, araucária(?) entre os dois pagodes, folhas com o limbo, sequência de três montes (?) , aves(?) e riscados em ziguezague

 O rebordo em tesoura é fantástico
Tardoz, o covo em redondo
Esmalte  branco opaco, seria mergulhado em tina com uma solução esbranquiçada espessa(?).

Na minha coleção tenho outras peças mui semelhantes
 Travessa de formato  oitavada , mas de desenho muito semelhante
Prato de rebordo em tesoura, contudo difere em três pontos; apresenta um barco de formato igual à ponte com remadores de remos nas mãos, apenas apresenta uma árvore sem ponta do lado direito e é seguramente de fabrico bem mais antigo.


Pois a eterna dúvida, a origem da minha travessa!
Será produção do norte, com muita certeza pelos vários pormenores do desenho..

Darque  dado pela pista do rebordo, ou seja , outra boa fábrica nas imediações de Gaia (?) .
Atribuição aos finais do século XIX(?)

Contudo o artista pintor -, no caso que pintou as duas travessas, pelas semelhanças das folhas em corações, foi por certo um homem de afetos, jorna de trabalho árduo, em série, para a olaria faturar, teimou deixar o seu cunho de bom homem, alegre e romântico, nas suas peças. Coisa maravilhosa, além do talento juntou o amor, na sua arte.
Bem haja a um meu bom amigo, que me a vendeu.

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...