Acabei de jantar, eis a surpresa doce -,num ápice foi ultrapassada a barreira dos 200.038 visitantes.
Comovida, quase sem palavras, bem hajam a todos os que me contemplam na cortesia deste blog. Independentemente de algumas vezes zangada e desiludida, nunca deixei de cumprir o propósito a que me propus no compromisso da divulgação e partilha de peças em faiança, cerâmica, vidro, eventualmente madeira, lata e outras, objetos a que hoje muitos chamam artigos vintage.
Elevando o pensar em Simone de Beauvoir " O presente não é um passado em potência, ele é o momento da escolha e da ação".
Porque nesta vida todos somos confrontados com inúmeros caminhos durante o nosso percurso terreno, e temos de escolher!
Só que umas vezes acertamos, outras não.
Mas o importante é que somos nós a escolher e nós a viver do que gostamos!
Palangana "ratinha" com 37 cm de diâmetro.
Uma grande possibilidade ter servido de comedouro de galináceos, por isso picada no vidrado no covo.
Apresentava uma racha larga na aba com uns milímetros. A textura da massa pela antiguidade e diferenças de temperatura abriu e não fechou, apesar de ter estado em água mais de uma semana, mas não cedeu, foi colada e depois cheia.
Apresenta-se com uma espiral fechada ao centro em tom manganês circundada por dois filetes finos da mesma cor ao nível do covo, aba carenada, que se abre larga, ornada a flores em manganês esponjado de olho amarelo antimónio que se ligam em repetição em "S" azul forte, entre elas irrompem semi círculos em verde cobre e amarelo . O rebordo é delimitado por filete fino manganês.
Fabrico de Coimbra, finais do século XIX, início de XX (?).
Tardoz com arrepiados e muitos buraquinhos por o barro mais vermelho menos rolado que o branco conter muitas matérias plásticas.
O maior exemplar da minha coleção de "ratinhos", entre bacias, alguidares e covilhetes.
Neste tempo de festa e muita felicidade com o nascimento do meu querido neto Vicente, as alpargatas de lã artesanal , que vieram do Nepal-, das férias que a mãe ao saber da gravidez adiou, e a amiga que vai ser madrinha lhe trouxe, ao olhá-las a graça ao lembrar os ratinhos, que também os há de bigodes...
Querida M.Isabel.
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar em "palangana" e ainda não sei o que é.
Sua especulação sobre os bicados das galinhas (que certamente a elas esta vasilha se destinou num "fim de vida") parece romance policial. Que bom.
E que bom que tenha tantas visitas. Não esta sozinha com sua louças.
Por aqui não adianta espreitar todo canto. Não se encontra um ratinho. Mas quem sabe?
Fiz uma postagem de umas telhas e um vaso, quando puder, apreciaria sua opinião.
Um abraço.
ab
Caro Amarildo bem haja pelo carinho,
ExcluirO termo palangana é usado para pratos "ratinhos" cujo diâmetro seja superior a 30 cm.
Porque de tamanho inferior , são bacias, covilhetes eos fundos alguidares .
Em algumas regiões as palanganas ( termo que se usava também em Espanha, julgo derivou para o Alentejo onde eram usadas para servir o rancho de gente que trabalhava nos campos onde "picavam" a comida. As palanganas grandes de + - 40 cm ganharam outros nomes em Beja, Évora, Portalegre onde lhes chamavam Baranhão.
Tem toda a razão, o fim de vida de muitos "ratinhos" foi servir de comedouro a galinhas, galos e patos, que muito veterinário de olhão quando os via pedia e hoje alguns detêm grandes coleções deles.
Já vi o seu post e amei, o costume.
Beijinho
Isabel