domingo, 16 de fevereiro de 2014

A Fábrica de Sant'Anna

Prato coroado com  as Armas de Portugal da Fábrica Sant'Anna  -,  encontrei-o numa banca no chão de vendedor ocasional.
Assisti ao preço disputado por um cliente que o vendedor não baixou,  naquele pôr e tirar o prato em cima do caixote, eis que caiu ao chão e partiu-se...
  • Acabei por o trazer baratucho, que colei, apenas porque achei piada ao motivo do brasão.
  • Alusivo às comemorações do 2º centenário do início da laboração da fábrica
  •  A última grande fábrica de azulejos e faianças artesanais da Europa
Um azulejo meu  assinado, gosto imenso desta tonalidade mnaganês em esponjados.
  • Peço desculpa pela má qualiddae das fotos.

História da Empresa
Recuando ao ano de 1741, perto da Basílica da Estrela, nas “terras de Sant’anna”, em Lisboa, teve início uma pequena olaria de barro vermelho que nos primeiros anos apenas produzia peças de barro sem qualquer tipo de decoração.

Em 1755 após  o terramoto o azulejo tornou-se moda, muito em parte devido ao baixo preço quando comparado com outros revestimentos como a pedra. A olaria iniciou a produção de azulejos decorativos que viriam a fazer parte da decoração das fachadas de muitos prédios em Lisboa.
Actualmente as suas instalações fabris na Calçada da Boa Hora continua a laborar com as mais antigas técnicas tradicionais portuguesas. 
  www.santanna.com.pt/pt/historia
  • Garrafa antropomórfica com aparência de Dragão  em corpo de mulher -, Aquamanil ou aquamanis. Segundo o livro de Cerâmica do Museu de Arte Antiga trata-se de recipiente usado à mesa para lavagem de mãos . Em geral tem a forma de figura humana, animal ou híbrida.
Compra recente da minha amiga Cristina que agradeço a cortesia da sua mostra.
Supostamente  com a euforia a comprou sem saber que se tratava de uma garrafa, por isso não deu conta da falta da rolha.
Atrás uma enfusa  com tampa de Miragaia de outra amiga Isa Saraiva.

  • As fotos foram as possíveis num jantar em casa de amigos
Confesso gostei da peça pela exuberância das "mamas" altivas em altar que me reportaram para um peça semelhante Bodalo Pinheiro ainda mais exuberante pelas mamas em feitio de tetas de cabra, pintada a cores verde, cerises e amarelos que vi ser vendida na Calda da Felgueira.
Piada neste encontro com três mulheres habituadas de certa forma a velharias, com coleções de faiança -, nenhuma percebeu que se tratava de uma garrafa antropormófica, só se falava no dragão...
GARRAFA ANTROPORMÓFICA DO MUSEU SOARES DOS REIS
  • Hoje ao refletir melhor associei a boca ao gargalo e à falta da rolha.
Culpas do jantar maravilhoso e das bebidas, porque o bolo de chocolate que levei apesar do azar da forma em coração comprada nos chineses...vi jeitos da massa toda se esgueirar  para o tabuleiro...mais pequeno, mesmo assim chiffon.

6 comentários:

  1. Prezada M. Isabel,

    Paz e Bem.

    Que bom que encontrei seu especial Blog de louças. Já admirava este Blog há tempos e agora ainda mais.

    Sei que um Blog não é um Orkut ou Face (que quase não entro). E não requer respostas certas e rápidas (para as quais nem tenho fôlego) mas tampouco é um livro acabado e publicado que cabe ao leitor tão somente ler ou no máximo ganhar um autógrafo ensaiado no dia do lançamento,,,

    Nem uma coisa nem outra. É o que penso. E é muito bom ter correspondência quando se põe interesse nas pessoas e nas coisas de que gosta. Obrigado por suas respostas e até elogios.

    Vamos aos posts.: Que bom que Vc postou sobre a Fábrica Sta. Anna e com o link da empresa. Assim fiquei conhecendo um pouco mais desta marca.

    E aquele dragão? Se não tivesse as marcas no fundo não acreditaria ser daquela fábrica. Sempre encontramos formas inusitadas nas louças antigas... Por falar em coisa antiga, não sabia que esta fábrica fosse bi-centenária. E ainda ativa. Que bom.

    Tenho alguma coisa de Sta.Anna e até me animei em postar mas me empolguei e tb publiquei um post sobre pratos e ficaria feliz com uma apreciação sua. Sobretudo dos 2 pratos (decoração peixe) portugueses. O do passarinho com certeza francês e os demais confesso que não sei. Mas é tudo bem simples.

    Um abraço agradecido.

    Amarildo

    PS. Quando puder dê uma olhadinha:

    http://velhariasdomaurinho.blogspot.com.br/



    ResponderExcluir
  2. Caro Amarildo que prazer de novo receber a sua cortesia aqui neste blog temático da comum fascinação-, as loiças!

    Sabe que ao lêr os seus comentários, soa-me a veia poeta, tal a sua escrita me faz lembrar poesia, que me deixa encantada.

    Que bom saber que este blog o ajuda a crescer e a redescobrir mais sobre este tema das loiças, sobretudo do intercâmbio que existiu além mares e o fascínio que hoje desperta nos colecionadores e admiradores como nós.

    Ora muita força que estamos cá para nos ajudar e partilhar o que sabemos, sem cobranças, como os amigos devem atuar.

    Fui ver o seu blog e deixei o meu comentário.

    Um abraço
    Maria Isabel

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. M. Isabel,
      Só para agradecer, multiplamente agradecer.
      Fiquei feliz em saber que aqueles meus pratinhos não são revivais (se bem que tudo, de certo modo, é uma reapresentação. Falando de louças então. E aprecio tb peças novas (desde que como tais sem trair nosso olhar e sentimentos...)
      Já que me elogia a escrita e idéia, peço de antemão (e tb pelo que já escapou) algum perdão. Isto porque estou meio longe das leituras... e da escrita ainda mais. E se já não conhecia nossas regras todas agora, com o Acordo, é que não me atrevo mesmo... Mas tenho carinho pela Língua que é bem mais da metade da Vida.
      Gostaria de fazer perguntas: Feiras, Leilões... Coisas práticas de Portugal. Mas não muitas, não se preocupe. Aqui talvez nos canse, se achar oportuno, pode me enviar seu E-mail.
      Aqui o meu: aqblanc@yahoo.com.br
      Um abraço.
      Amarildo
      PS.: Estava agora buscando alguma referência sobre o tema de um post (aproveitando a câmara que uso emprestada) que pretendo fazer: Os Esponsais da Virgem. Motivado por uma talha muito bela e preciosa que, por Providência dos Céus, consegui arrematar. Tema bem raro em escultura. E não é que uma destas referências que encontrei era justamente o mais recente post de nosso amigo Luis? O dele a partir de um registo de que gosta tanto e com razão.
      Outro abraço que vou preparar meu post.

      Excluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Caro Amarildo enviei e-mail que veio recambiado, possivelmente terá a cx de correio cheia.
    Espero que esteja a viver este Carnaval em euforia com muito calor. Por aqui o inverno teima sair e escafeder para sul...maldade…

    Obrigada mais uma vez pelo carinho das suas palavras.
    Vamos trocando conversa e partilhar saberes.
    Desejo-lhe boa folia.

    Deixo uns links de amigos
    Jorge Saraiva da Oficina Formiga de Ílhavo - Aveiro- faz reproduções de faiança portuguesa
    http://oficinadaformiga.com/
    http://oficinadaformiga.com/blog/
    https://www.facebook.com/pages/Oficina-da-Formiga/479895802049229

    Reprodução loiça moderna
    https://www.facebook.com/pages/Cer%C3%A2mica-Modernista-em-Portugal/132651503522386

    Fábio- brasileiro, ceramista já esteve a fazer trabalhos de pintura em Portugal na Oficina da Formiga e nas Caldas da Rainha na fábrica Bordado Pinheiro
    http://porcelanabrasil.blogspot.pt/

    Flávio português que foi viver para o Brasil, trabalha num antiquário
    http://traposcacosevelharias.blogspot.pt/

    Beijos
    Isabel

    ResponderExcluir

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...