Numa das minhas últimas idas à feira da ladra encontrei este fragmento de tacinha em faiança supostamente do século XVII (?) a um vendedor se não me falha a memória Jorge ou Miguel Lapão(?) fiquei na ideia que o apelido era parecido com Lapónia-, deveria ter tomado nota, isso sim.
Dizia-me ele que o fragmento foi encontrado num afluente do Sado...fico com sérias dúvidas por não ver nele as arestas arredondadas pela água ao longo dos tempos(?), mas sim pode ser se o curso de água não tiver muitas correntes e o mesmo tivesse estado soterrado nas areias da margem. Estava cheia de limos verdes.
Adorei tabelar conversa com este homem de porte forte por me parecer sério -, e não como outro que vende o mesmo género de objetos e bem me enganou em tempos com conversa doce...
Peça em monocromia azul pintada por dentro com espiral fechada, por fora na aba é limitada por reservas de quadriculados alternada por motivos florais e grandes pétalas.
O esmalte branco é brilhante com craquelê, pintura exuberante, que me apaixonou.
Possivelmente o seu fabrico será de uma das grandes fábricas que laboraram na época em Lisboa pela decoração , textura e craquelê, seguramente do século XVII (?) .
No Matriznet encontrei este fragmento de tigela em cerâmica vidrada atribuída ao século XVIII que se encontra no Museu de Évora.