segunda-feira, 4 de março de 2013

Faiança com casario de Coimbra ou Caminha (?)

Comprei-o na Expoeste nas Caldas da Rainha 2013.

Prato  pintado a monocromia em verde, com o centro com  paisagem formada por igreja ou chalet dos primeiros emigrantes que enriqueceram no Brasil -, no regresso ricos os construíram desde Coimbra, e por todo o  norte - , ladeada por arvoredo sobre rodapé em aguada esponjada em bicos, fechado no limite do covo por fino filete ,  e largo pintado a cheio antes do rebordo,intercalado por finos.

Completa-se o motivo decorativo com pormenores usados no" Cantão Popular": linhas em ziguezague, cruzes em alusão aos pássaros, já sobre o significado da bandeirola não sei se será do pagode(?) ou dos emigrantes, porque significado tem de ter.
O vendedor meu amigo dizia se tratar de faiança atribuída a Coimbra (?). Porém outro muito conhecedor por ter nascido numa família de antiquários puxava para Vilar de Mouros.(?)...
  • Certo e sabido Caminha copiou as cores e motivos de Coimbra, por isso a grande dificuldade na catalogação.
  • Atendendo ao filete na aba, pintado numa data época, ao tipo de rodapé,  da folhagem e à cor do vidrado do esmalte, julgo que o fabrico é de Coimbra(?)
Na banca da D. Carolina  de Setúbal encontrei este prato muito parecido com o meu no motivo principal, e na decoração da aba com o meu que mostro de seguida.
Forte probabilidade deste, e do que mostro a seguir terem saído da mesma fábrica  tal a criatividade do pintor...
 Prato que me foi oferecido pelo Sr Raul de Abrantes

Travessa que encontrei no OLX no mesmo tema, pode também ser produção de Coimbra, pelo esmalte amarelo
Em Coimbra na banca do Sr Serra vi dois exemplares a verde com pintura mui semelhante a este e ao da D. Carolina. Dizia ele ser fabrico de Vilar de Perdizes. Nunca ouvi falar...
  • A minha amiga Isa Saraiva também uma conhecedora de faiança me garante que para ela os pratos verdes são fabrico de Caminha -, mas que tipo de verde?
Fabrico Vilar de Mouros(?) a fábrica fundada  em 1846 - 1854 pelos irmãos Alvarinhas Martins Ruas  - ex operários da fábrica de Darque que por vezes marcavam as peças como as de Viana(?) -  só laborou uns oito anos  por ter sofrido um incêndio. Os produtos  em louça branca, com relativa perfeição dos Ruas ou Rua, como também ficou conhecida .

Em 1820-184... em Caminha foi fundada por António José Xavier da Silva, a fábrica Cabana - sendo mais simples a sua ornamentação, tanto relevada como em pintura, do que resulta um aspeto mais modesto - comparada com a de Viana mais fina - dizendo-se que esta faiança desta fábrica é filha por influência da Fábrica de Darque.
Sobre Vilar de Mouros -, Caminha  aparecem muitas falsas atribuições nas feiras e leilões(?) na verdade já vi este motivo casario em algumas peças atribuídas a Vilar de Mouros...infelizmente não conheço uma peça desta fábrica, na maioria o que encontro  diz-me que pode ser pintura de José Reis , Alcobaça .
Uma suposição  certeira, serem os 3 pratos de COIMBRA!
Esta minha terrina verde ervilha marcada na pasta com o número 2...afiançavam ser Vilar de Mouros (?)... a meu ver pode ser Alcobaça do tempo de Manuel da Bernarda?

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...