sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Faiança de Coimbra (?) ao jeito da árvore de Jessé

Pequena  mas graciosa travessa foi-me oferecida pela minha grande amiga Isa Saraiva.
Ao conhecer a minha casa viu um prato na parede cujo motivo a inspirou na lembrança de ter consigo algo mui semelhante-, achou por bem que as peças deveriam ficar juntas acreditando na possibilidade que ambas saíram da mesma olaria.
No Museu Jorge Sampaio em Alcobaça existe uma travessa muito semelhante mas de aba quinada e esta é recortada .

A travessa ofertada, em balanço com o grande prato em baixo. que tem gravado na pasta um minúsculo "A" de Alcobaça (?)  ou do nome que o fez? pintor
Em baixo travessa na banca do Jorge, de formato igual à minha-, gentilmente me deixou fotografar atribuída a fabrico de Coimbra (?) .O mesmo "olho" na flor em amarelo.

    O tardoz apresenta-se com o bordo vincado aos cantos tipo tesoura, o covo apresenta linhas de elevação típicas em muita faiança.
    Árvore de Jessé em comparação com o corpo da travessa 
    Será porventura produção do século XX.


    Atendendo a um dos últimos posts do Blog Velharias  http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2013/12/o-labirinto-do-mundo-faianca-portuguesa.html que lhe chama "labirinto" e até uma adaptação da árvore de Jessé -, a árvore genealógica de Jesus Cristo a partir do pai de David que se chamava Jessé...segundo as escrituras..."Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará."

    Fonte 
    Wikipédia

    2 comentários:

    1. Maria Isabel

      Com efeito, quem fez esses pratos que aqui mostra, fez também o prato que mostrei no meu blog, com a árvore da vida. Isso parece-me certo. Agora quanto à origem ser Coimbra, não me parece ter grande fundamento, mas pronto, cada qual tem a sua opinião.

      Bjos e boas entradas para si e os seus

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    2. Caro LuísY muito obrigada pela cortesia da sua visita e pelo endereço de votos de Boas Entradas que retribuo com carinho para si e para os seus.

      Ora é salutar a partilha, através dela sempre se alcança mais um ponto. Inegável que as peças saíram da mesma fábrica ou região, ponto que estamos de acordo.

      Não afirmei que o centro de fabrico é de Coimbra -, apenas referi que as peças que apresento são atribuídas pelos relatos das pessoas com quem estabeleci conversação nesta curiosidade na sua classificação -, em tempos já aqui referi só me interessa saber as zonas ( norte,centro, Lisboa ou Alentejo e,...) e não propriamente a fábrica porque se revela extremamente difícil.

      No entanto juntei pormenores referidos, como os cortes no rebordo, por ter um prato da fabrica das Lages de Coimbra marcado, e no Museu Machado Castro existe um outro da outra fábrica de Joaquim Pessoa.Também as cores, a textura e o esmalte.

      Curiosamente o meu prato grande tem na massa impresso um "A" pequeno , que deve ser a inicial do pintor(?) tal como ainda agora vi um outro prato do norte possivelmente Bandeira assinado "MA".

      As volutas (feitio de pétalas) que graciosamente chamo volúpias foram pintadas em Coimbra em tempos de antanho, possivelmente delas nasceu este desenho aberto em jeito de árvore de Jessé (?).
      Neste blog tenho algumas peças com volutas

      http://leriasrendasvelhariasdamaria.blogspot.pt/2013/05/peniqueira-de-faianca-atribuida-coimbra.html

      http://leriasrendasvelhariasdamaria.blogspot.pt/2012/04/bacia-em-faianca-de-coimbra.html

      E uma travessa no motivo Cantão Popular que estupidamente vendi

      http://leriasrendasvelhariasdamaria.blogspot.pt/2012/09/cortesia-de-colegas-e-das-suas-pecas.html

      Apenas sou apaixonada pela faiança e não é meu estar criar susceptibilidades com quem quer que seja-, muito menos por causa de "CACOS" -, mas tenho a minha opinião, e como em tudo. é preciso começar por algum lado, nem que seja a especular para alguém de direito começar a investigar.

      Mantenho a atribuição na esperança que alguém se dedique com paixão a catalogar a faiança do século XIX e inicio do XX de Coimbra, que sendo a minha terra bem o merece, por ter sido um grande centro oleiro.

      Depois há muito que deixei de ligar ao local onde encontro as faianças-, elas rodam de banca em banca várias vezes na mesma feira e deslocam-se no espaço num tempo impressionante.

      Mas claro respeito todos, no caso aceito a sua classificação (norte) até que se encontre algo marcado que nos esclareça em definitivo .

      Bem haja pela visita que é sempre bem vinda.
      Bj

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