sexta-feira, 15 de junho de 2012

Amostragem de peças da Fábrica do Carvalhinho


 
Excerto de http://www.portoxxi.com/cultura/ver_folha.php?id=17 « A Primeira instalação da Fábrica do Carvalhinho, ficava situada na Capela do Senhor do Carvalhinho, local que inspirou o nome da fábrica, pertencente à Quinta da Fraga, no Porto, junto à Calçada da Corticeira.
A sua fundação remonta ao ano de 1840 tendo como sócios fundadores: Thomaz Nunes da Cunha e António Monteiro Catarino, ambos com experiência no campo da cerâmica.
Em 1853 a fábrica sofreu ampliações que lhe permitiram lançar-se, definitivamente, no campo comercial.
Em 1870 Castro Júnior, que é genro de Thomaz Nunes da Cunha sucede-lhe e toma os destinos da fase seguinte de fábrica.
Na viragem do século e em conjunto com a fábrica das Devesas, a fabrica resistiu à transição atingindo mesmo um elevado grau de desenvolvimento industrial.
Os azulejos de parede foram produzidos, pela primeira vez, nesta fábrica que recebeu ao longo dos quase 140 anos de existência diplomas de mérito nesta área, constituindo o maior exemplo disso a própria fachada de azulejos da Fábrica Carvalhinho, no Largo S. Domingos.
No início do século XX, as fábricas de cerâmica portuguesas debateram-se com dois problemas: o surgir de produtos cerâmicos estrangeiros (Inglaterra e França); e o atraso tecnológico das máquinas utilizadas, comparativamente com as concorrentes.
Em 1906 a fábrica é ampliada. Renovou-se a parte técnica conseguindo-se alcançar melhor e maior produção, exportando para o Brasil e África os seus produtos em grande escala.
Entravamos assim na "Dinastia Freitas".
Em 1923 a Quinta do Arco do Prado é adquirida pelo gerente A. Pinto Dias Freitas, filho do primeiro sócio da dinastia Freitas, um vasto terreno a algumas centenas de metros da estação de V. N. de Gaia.
Seguindo modelos de fábricas de cerâmica da Alemanha e Inglaterra nascem as novas e modelares instalações da fábrica do Carvalhinho, dotadas do mais moderno equipamento tecnológico da época.
Em 1930 o sócio A. Pinto Dias de Freitas vê-se obrigado a, devido a grandes dificuldades financeiras, associar-se à Real Fábrica de Louça de Sacavém de grande prestígio na época e para onde se transfere a sede da Carvalhinho sob a direcção do Sr. Herbert Gilbert. Nesta fase a fábrica atingiu o que se considerou "a idade de ouro".
Celebrando o centenário da sua existência em plena actividade, em 1940.
Depois da morte de António Dias de Freitas, em 1958, é nomeado Frederick W. Sellers para gerente da fábrica de Gaia em colaboração com Eng.º Ant.º Almeida Pinto de Freitas, um dos filhos do anterior sócio, que acaba por retirar-se mais tarde devido a desentendimento com aquele gerente.
Em 1965 juntamente com um irmão, compra à fábrica de Sacavém a sua parte no capital da empresa. Não são, no entanto bem sucedidos, estes dois irmãos, uma vez que contraindo enormes prejuízos, vêem-se obrigados a entregar a fábrica em haste pública ao Sr. Serafim Andrade.
Esta encontrava-se já numa fase de total decadência, acabando por encerrar definitivamente em meados da década de 80, perdendo-se, assim, uma das mais notáveis unidades de cerâmica do nosso país.»
 
Excerto de http://gorettiguedes.com/pt/company/history
«Carvalhinho conseguiu, juntamente com a fábrica das Devesas, resistir à passagem ao século XX e atingir elevado grau de desenvolvimento industrial.
Celebrou o centenário da sua existência em plena actividade, em 1940 e continuou a laborar até quase aos nossos dias.
A sua fundação remonta ao ano de 1840 tendo como sócios fundadores: Thomaz Nunes da Cunha e António Monteiro Catarino, ambos com experiência no campo da cerâmica.
A primeira instalação da fábrica foi na Capela do Senhor do Carvalhinho, que deu origem ao nome da fábrica, pertencente à Quinta da Fraga, no Porto, junto à Calçada da Corticeira ( esta inicia-se na margem do Douro e termina no passeio das Fontainhas).
Em 1853 a fábrica sofre ampliações que lhe permitem lançar-se, definitivamente, no campo comercial ( depósito no Campo dos Mártires da Pátria) o que é comprovado pela encomenda de várias jarras por parte da confraria do Santíssimo Sacramento de S. Nicolau.
De 1870 existe uma factura/recibo, de dívida a Thomaz Nunes da Cunha de 495 azulejos lisos no valor de 9$900 réis- 20 réis a unidade- assinada "por T. N. C., Castro Júnior" ( este é genro de Thomaz Nunes da Cunha e quem o substituirá na fase seguinte de fábrica).
No início do século XX um azulejo custará 100 réis.
Fábrica do Carvalhinho Arco do Prado em 1923 o gerente A. Pinto Dias Freitas, filho do primeiro sócio da dinastia Freitas, adquire um vasto terreno a algumas centenas de metros da estação de V. N. de Gaia, propriedade da família do Conde das Devesas: A Quinta do Arco do Prado.Seguindo modelos de fábricas de cerâmica da Alemanha e Inglaterra nascem as novas e modelares instalações da fábrica do Carvalhinho dotadas do mais moderno equipamento tecnológico da época: máquinas de preparação de pasta, prensas hidráulicas automatizadas para o fabrico de azulejos (reproduz azulejos de estilo antigo dando-lhes a solidez e perfeição que as novas técnicas industriais permitem) e modelares fornos. Em 1930 o sócio A. Pinto Dias de Freitas vê-se obrigado a, devido a grandes dificuldades financeiras, associar-se à Real Fábrica de Louça de Sacavém de grande prestígio na época e para onde se transfere a sede da Carvalhinho sob a direcção do Sr. Herbert Gilbert. Nesta fase a fábrica atingiu o que se considerou "a idade de ouro".
Depois da morte, em 1958 de António Dias de Freitas é nomeado Frederick W. Sellers para gerente da fábrica de Gaia em colaboração com um dos filhos do anterior sócio, Eng.º Ant.º Almeida Pinto de Freitas, que devido a desentendimento com aquele gerente acaba por retirar-se. Contudo, em 1965 juntamente com um irmão, compra à fábrica de Sacavém a sua parte no capital da empresa.
Não são, no entanto, estes dois irmãos, últimos representantes da dinastia Freitas, bem sucedidos. Têm enormes prejuízos e em Maio de 1974 a fábrica é comprada em haste pública pelo Sr. Serafim Andrade já numa fase de total decadência, acabando por encerrar definitivamente nos nossos dias (meados da década de 80), perdendo-se, assim, uma das mais notáveis unidades de cerâmica do nosso país.
Nos dias de hoje, raras são as pessoas que ainda mantêm o conhecimento das técnicas de produção destas maravilhosas peças, uma dessas pessoas é a D. Goretti Guedes, que preserva as tecnicas artesanais de produção da louça do Carvalhinho. »
«Não são, no entanto, estes dois irmãos, últimos representantes da dinastia Freitas, bem sucedidos. Têm enormes prejuízos e em Maio de 1974 a fábrica é comprada em haste pública pelo Sr. Serafim Andrade já numa fase de total decadência, acabando por encerrar definitivamente nos nossos dias (meados da década de 80), perdendo-se, assim, uma das mais notáveis unidades de cerâmica do nosso país. »
                                                           As minhas peças...
Prato decorativo em formato alongado de rara beleza, seja pelo formato seja pela minuciosa decoração.
Jarra de grandes dimensões o vidrado parece grés(?) comprada na feira de Oeiras - tem um cabelo.
Garrafa decorativa com rolha .Encomenda para as Caves da Bairrada Neto Costa.
Caspont  decorado com ramagens em tons de azul
Pratinho de aba vazada uma caracteristica nesta fábrica em loiça decorativa
Jarrinha que vendi
Outra jarrinha que vendi
Prato covo para pendurar. Esbeiçado no rebordo
A minha primeira aquisição de dois vasinhos a fazer lembrar os que as minha mãe tinha na cozinha às bolinhas... estão expostos numa parede de outra casa.
Apresentam ligeiras esbeiçadelas possivelmente quando os tiraram da parede...
Espero que vos tenha agradado esta amostragem!
 Fontes            
http://www.portoxxi.com/cultura/ver_folha.php?id=17     
http://gorettiguedes.com/pt/company/history   

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...