terça-feira, 15 de maio de 2012

Convite para um ponche...no lérias & velharias!

Ver se alegro - estraguei o portátil onde guardo as fotos... euzinha em brasa!
Cristaleira com vidros da Marinha Grande onde destaco o conjunto de taças para o ponche, cada uma é de sua cor. Uma oferenda do meu casamento da prima do meu pai Amélia Ruivo.


  •  Ou licor num conjunto Marinha Grande art deco
Convido-vos a sentar neste sofá - assim lhe chamei durante a minha infância comprado para o casamento dos meus pais e com ele faziam parte dois cadeirões, dos quais apenas resta um que a minha irmã recuperou em veludo vermelho escuro, lindo, este foi mandado recuperar por mim, escolhi este padrão para condizer com os cortinados em azul..Havia ainda a mesinha que de tanto pormos os pés nela a ouvir no rádio Blaupunkt - os "Parodiantes de Lisboa" acabou por não resistir.
Julgo que já aqui mostrei a minha coleção de bengalas, todas diferentes compradas após o meu casamento nas várias feiras de artesanato há mais de 30 anos. O cesto tipo pote em verga branca foi comprado em Odemira.Na altura conheci um cesteiro a 3 km a caminho de Luzianes Gare - O Sr Pombareiro que me fez outra em redonda com tampa e ainda me ofereceu um cestinho em cortiça.
 
 Alguidares em barro de todas as cores. Tenho mais.O grande servia para a matança do porco, nele o sangue do animal escorria ao mesmo tempo que era mexido com uma grande colher de pau  onde se juntava  vinagre para não coalhar.Seguidamente eram feitas as morcelas.O pequeno de fundo amarelo é de bater os bolos, os outros servem para guardar os ovos . O branco servia para fazer a broa e onde se guardava o crescente(fermento) para a nova fornada ou para trocar com a vizinha para a sua fornada e assim num tempo sem frigoríficos o crescente andava sem azedar...azedo era ele!
Banquinho de madeira corrido com cestas de verga. Por baixo é guardião do banquito de estar ao lume ou no patim em alegre cavaqueira.







Meio almude em folha de Flandres negro de tanto mosto vinícola enchido e despejado do tanque para os pipos. Furou. Guardo-o com um ramo de parras e duas canas.







Pequeno baú em choupo com pezinhos para suporte. Em cima grande cesta em verga branca e uma pequenina em junco com pedras quase encoberta pelo cortinado de algodão com  nervuras e bordado inglês, em cima ata com atilhos...uma gracinha!

 Camisa de dormir em estoupa grossa para afugentar as pulgas...( supostamente o único prazer na altura da mulher que a vestiu)...único requinte o monograma bordado a vermelho, veio do norte. 
 Despeço- me  desta arrelia do portátil com gravatas com nó prontas para apertar!

Apertar...Mais ainda???

5 comentários:

  1. Olá Maria Isabel
    Ainda venho a tempo do ponche?
    Gosto muito da sua poncheira, mas encantei-me mesmo, foi com o seu sofá,ou cadeirão, qualquer que seja o nome técnico.Fez-me lembrar a mobília da casa dos meus pais, em Angola. Chamava-lhe "estilo colonial" e as almofadas eram autónomas e muito cheias de sumaúma. Eram lindas, num vermelho não muito vivo e debruadas com um rolo branco que, não sei porquê, acho que eram de um material, muito próximo do plástico, embora naquela altura, este material não fosse muito frequente.
    De todas as outras peças que mostra, não tenho memórias ligadas a elas, mas gostei e achei diferente a arca de choupo.
    Beijos e bom fim de semana

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  2. Olá Maria Paula, muito obrigado pelo comentário.Ainda bem que encontrou na amostragem alguns elementos que a fizeram recordar saudades e boas emoções de antanho por Angola.

    Retribuo votos de bom fim de semana
    Beijos
    Isabel

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  3. Bom dia Maria Isabel, pois "as cidades são feitas de ruas, ruas são feitas de casas e casas são feitas de gentes" (creio que é assim) e as gentes são feitas de estórias e história, mas para as contar e para lembrar nada como os objectos para as ilustrar.
    Claro que são imagens que nos fazem recuar no tempo e lembrar momentos de nostalgia...
    Abraço, jsaraiva

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  4. Olá Jorge Saraiva, muito obrigado pelo seu comentário. é como diz, as imagens fazem-nos recuar no tempo e lembrar momentos de nostalgia.

    Devo dizer-lhe que os 3 posts sobre a faiança de Aveiro que fiz ao longo da vida deste blogue tem tido muita afluência, só comparada com o Cantão China e depois a faiança de Coimbra.

    Abraço
    Isabel

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    1. Pois foi, a quantidade e variedade de informação postada deu mostras do interesse do pessoal...
      Gostei de ver e de aprender tb
      Abraço e bfsemana, js

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