quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Faiança fabrico Bandeira ou Cavaquinho (?)

Peça rodada, mais de 30 cm de diâmetro, motivo central floral em policromia raiado de arabescos em verde pelo centro até ao limite do covo ornado a filete rosa e o rebordo do prato igual. Barra em estampa  compacta azul.
Apresenta um "cabelo" comprado na feira de Azeitão.
Há muito que procurava uma decoração com arabescos verdes à volta do desenho central que me parecem raros.

Tardoz gateado de esmalte branco com escorridos e  friso ao nível da curvatura uma carateristica de Coimbra e do norte.
  • Pela elegância da pintura em verde dos arabescos ao centro em volta da flor, folhas espessas e esmalte branco evidencia fabrico do norte (?) pelo pormenor do relevo no tardoz ao meio da aba-, uma carateristica(?) que encontrei noutras peças que avento ser produção do norte. Fábrica  Bandeira uma hipótese, ou Cavaquinho (?) pelo Vandelli vindo de Coimbra onde se pintaram folhas assim espessas e pela cor do trevo esbatida de rosa.

10 comentários:

  1. Bom dia Maria Isabel, é com estes exemplos fantásticos que admiro os mestres que elaboravam os desenhos e os pintavam, que com tão poucos recursos faziam coisas fantásticas que hoje ainda podemos admirar.
    Obrigado por partilhar connosco estes momentos.
    Cumprimentos, jsaraiva

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    1. Olá Jorge Saraiva.Muito obrigada pelo seu comentário.
      Acredite,o prato exposto numa das paredes da minha sala onde tenho outros...mais de 30, destaca-se pela exuberância da policromia e do brilho que exala.

      Abraço
      Isabel

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  2. Olá Maria Isabel, olhe não tem que agradecer, nós, os visitantes é que têm... Porque não juntar todos estes contributos e publicar 1 livro sobre a riquissima faiança portuguesa? Tenho a certeza que todos apoiarão nesse projecto, porque não? E assim deixar esse legado para gerações futuras, contribuindo para o enaltecer da cultura nacional. Pense nisso...
    Abraço, jsaraiva

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  3. Olá Maria Isabel
    Acho que o JSaraiva tem razão. Tem uma coleção de faiança que daria para um belo livro. Pense nisso.

    Gosto muito da cercadura deste prato. Tenho um, pequenino, que tem uma decorção central muito idêntica a esta.
    Abraços
    Maria Paula

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  4. Caro Jorge Saraiva. Por motivos de problemas informáticos, até estou a aprender a resolver sozinha...(malditos cookis...lol, impediram-me de aqui agradecer a sua gentileza.
    Muito obrigado pelo carinho e pela força. Sabe, publicar já é difícil, quanto mais um livro sobre faiança, as fotos a cores saem caríssimas, teria de passar sempre por uma parceria.Mas o repto é fascinante, sem dúvida e a coleção que tenho dava para fazer algo especial.
    Aprecio os seus comentários, volte sempre
    Abraço
    ISABEL

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    1. Olá Maria Isabel, agradeço os seus agradecimentos e espero que já tenha resolvido os problemas informáticos :)
      Pois o publicar seria a parte final, mas até lá poderia escrever, seleccionar, dividir, separar, capitular, resumir, fotografar (ou serem outros a fotografar...) etc, etc, mas o essencial seria por o assunto no papel, mas também os visitantes ajudarem e contribuírem para a coisa, não era só usufruir da coisa, toca a trabalhar...
      A ultima vez que estive com a Drª Isabel Fernandes (há coisa de uns 2 a 3 anitos) que foi directora do museu de Guimarães e escritora na área da história cerâmica (do livro "Os meninos gordos" e outros) ela tinha intenção de publicar outro cujo tema fosse "as diferenças entre a faiança de Aveiro e a de Coimbra". Perdi-lhe o rasto, nunca mais nos encontrámos, mas também não tenho notícias que tal tenha avançado, porque não?
      Saudações ceramistas,
      Abraço, jsaraiva

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  5. Olá Maria Paula

    Muito obrigada pelo carinho. Sabe que aprecio imenso a sua ternura. Quem sabe um dia, desde que as peças sejam fotografadas por si. Sim, porque o Luís já aqui disse, que eu fotografo mal as faianças tenho mais jeito para a paisagem...lol

    Espero pelo post com o seu pratinho para poder comparar.

    Beijinhos
    Isabel

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  6. Caro Jorge Saraiva....é um pocinho de surpresas!
    Agradeço imenso a sua gentileza, as informações,e os caminhos que traçou para me decidir interessar e começar a fazer obra!
    Como sabe sou uma apaixonada pela faiança de Coimbra, a cidade onde nasci. A faiança de Aveiro era no tempo de criança até à minha adolescência usada na casa dos meus pais, que também aprecio.No mercado ao sábado no calçadão em frente aos Paços de Concelho de Ansião os vendedores de loiça dos Ramalhais uma aldeia perto de Abiúl a expunham em filas, eu perdia-me a contempla-las, tinham também Sacavém e barros da Bidoeira típicos em verde e amarelos.
    O mais interessante na catalogação é darmos conta da diversidade no mesmo centro oleiro.
    Imagine, ainda agora na feira da ladra vi um pratão com um peixe ao centro, de imediato fácil parecia a sua catalogação...norte: Darque ou Fervença. O alto preço desviou-me de o poder adquirir.
    No entanto o prato não me saia da cabeça, dia e noite até ao momento que com muitas certezas afianço que estava errada; trata-se de faiança de Coimbra, finais século XVIII da fábrica do Vanderlli, isto porquê? pela leveza da pasta, um pratão leve como uma pena, pelo esmalte esverdeado claro apesar da decoração ser semelhante a outras muitos usadas por Fervença e Darque, também muito me ajudou ter visto no Matrixnet uma caneca exposta no Museu Machado Castro de Coimbra com os mesmos desenhos e brilho de esmalte,se não estivesse catalogada, nunca diria que tal seria de Coimbra.
    Como vê são estas diferenças e descobertas que tornam tão fascinante a nossa faiança.
    No domingo na feira de Algés vi 2 pratões em branco e azul, muito partidos com gatos.O vendedor comprou-os ao do lado, um hábito, a preço da "uva mijona" como sabe que adoro faiança pediu-me uma exorbitância, 50€; pelos 2=80€, claro que não os comprei.Um deles tinha um retrato de um militar com a faixa ao peito, poderia ser o retrato de D.Miguel,ladeado de duas palmeiras típicas de Miragaia com o rodapé típico da fabrica Cavaco; o outro tinha ao centro um desenho em reservas de círculos, seguramente finais do século XVIII.O 1º seguramente fabrico do norte, o outro também, em tudo igual apesar do desenho central também ter sido usado por Coimbra( tenho um num azul mais claro).
    Foi uma pena não ter podido adquiri-los, mais tarde passei, o do retrato já o tinha vendido, o mais expetacular.
    E assim por falta de dinheiro perco boas oportunidades de continuar a enriquecer a minha coleção.

    Quanto à Dra Isabel Fernandes...
    Deu-me um flash, por aqui raramente, mais pelo blog Velharias do Luís e do da Maria Andrade comenta uma senhora com as iniciais IF, que muito bem pode ser a mesma pessoa, atendendo ao conhecimento, à forma como aborda a temática, os termos técnicos,e o alto conhecimento na generalidade, em tempos li algures que pretendia publicar um livro sobre as "cercaduras usadas na faiança", tem outros livros editados.
    Julgo que o meu feeling não me atraiçoa, trata-se da mesma pessoa.Que a sê-lo muito me agrada a sua presença por aqui, fazendo-me sentir uma felizarda,sendo eu uma mera curiosa e apaixonada.

    Se a minha intuição estiver certa é graças ao meu lema
    " preciso de pouco para fazer pesquisas,deduções, tal como na faiança...está-me nos genes"...este atrevimento é demais!

    Caro amigo Saraiva, muito obrigado pelo seu carinho
    Escreva sempre, é um grato prazer lê-lo.

    Abraço

    Isabel

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  7. OLá Maria Isabel,
    Pois acho que poderia ter levado a máquina fotográfica e colado todo o seu comentário à foto e já teríamos 2 páginas do livro... É muito bom acompanhar as suas deduções e ligações, que enriquecem qq um...
    Mas esses preços, há uns 15 anos essas mesmas peças eram vendidas a 600 euros cada, lembra-se?
    Quanto à Drª Isabel, tenho uma vaga ideia sobre esse livro de beiras, deve ser a mesma pessoa.
    Obrigado pela sua partilha, vamos estando por cá..
    Abraço, js

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  8. Caro Jorge Saraiva

    Uma excelente ideia,a fotografia nas feiras, não sei se os vendedores vão na conversa...não custa tentar.Sei que sim que a faiança baixou imenso.O problema também passa por não ter mais sitio para guardar as peças que vou adquirindo, não sei se já lhe disse que de vez em quando faço umas feiras para vender as que já não me dizem tanto, porque foram substituídas por outras.
    Obrigado mais uma vez

    Abraço
    Isabel

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