quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cantão da Companhia das Indias

Inesperadamente voltei a fazer um post sobre Cantão em homenagem ao Flávio um jovem seguidor, que tem vindo a demonstrar um interesse especial na nossa loiça nomeadamente da Vista Alegre.
Esta partilha de conhecimento é importante para cimentar ideias, tirar conclusões, saber um pouco mais e lançar o "bichinho" para se investigar . Assim todos sabermos falar mais sobre o que gostamos...a loiça...a faiança...a porcelana...cacos!
A minha coleção de dez pratos Companhia das Índias está a crescer.
Os de esmalte mais carregado, azul mais forte, são do reinado Jiaping 1796 do século XVIII 
Pratos rasos, um de sopa,dois de sobremesa e dois covilhetes para doce. 


A maioria dos pratos ou tem "gatos" ou estão colados.Julgo que apenas tenho um intato.
Nesta foto à frente estão dois pratos pequenos de rebordo para dentro -, covilhetes  que não se vêem habitualmente.
Num catalogo do Cabral e Moncada, deste ano, um lote de 4 pratinhos iguais a este de várias tonalidades de azul com o motivo do Dragão dizia pertencer ao reinado de Quialong no período de 1736 - 1795 licitado o lote 300 a 450€

A ladear a Companhia das Índias duas floreiras de lobos relevados da Fábrica do Outeiro de Águeda e na frente um saleiro com marca vermelha julgo Macau´.


O rebordo dos pratos varia desde o redondo,quinados, e com cortes. Tal como a nossa faiança se inspirou e imitou.
Também as cores de azul, nuns forte, noutros a meia tinta, desmaiados.
O brilho do esmalte em todos é soberbo.
O tardoz é de pasta fina, com alguns buraquinhos e o rebordo do fundo artesanal, facilmente identifica a peça à época.
O motivo, sempre o mesmo. Se repararem não há um igual, em todos existem variantes, o que de certa forma explica as diferenças do nosso Cantão Popular que neles se inspirou para copiar. 
  • O nosso Cantão Popular é delicioso pela ingenuidade do autor o que em alguns exemplares os torna tão especiais, possivelmente ainda mais belos do que os verdadeiros como este patente em Museu.
Datação:XVIII d.C. - XIX d.C.
Matéria:Porcelana branca
Técnica:Pintura sob vidrado
Dimensões (cm):diâmetro: 22,6;
Descrição:Prato de porcelana decorado a azul cobalto sob vidrado. É um prato circular levemente recortado, a aba levantada e quase sem caldeira. A aba apresenta um cercadura larga, azul, seguida de uma espécie de rendilhado. A caldeira tem uma faixa azul mais clara, com cruzes duplas intercaladas por cruzes simples. O fundo tem a representação de uma paisagem lacustre com uma ilha com duas árvores. Esta está ligada por uma ponte a uma segunda ilha com um pagode com uma figura humana no interior, e com um chorão na margem. À esquerda existe uma terceira ilha com duas habitações contíguas, e em frente ainda uma quarta, também com duas habitações, atrás da qual se detectam montanhas. Nesta parte do rio estão duas embarcações. O frete não é vidrado.
  •  Alguns dos meus pratos Companhia das Índias.



Este prato pintado nesta cor camarão comprei-o na feira de Algés à D. Maria por 3€

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...