terça-feira, 13 de setembro de 2011

Prato de faiança atribuído a Cavaco (?)

Prenda do aniversário de casamento...Deste ano!


Comprei-o na feira de Setúbal a um vendedor que os trouxe do Alentejo. Pratos semelhantes têm sido vendidos perto dos 100€. Disse-me que o antiquário lhe tinha dito se tratar de faiança de Aveiro (?). 
Nestes pratos a policromia do motivo é quase sempre o mesmo: folhagem pontiaguda a duas cores em tons castanhos, em alguns exemplares o castanho é bastante escuro, e azul  flor do alecrim, sendo o esmalte sempre em cor de grão.
Provavelmente o seu fabrico é norte Cavaco (?).
Mede 29 cm de diâmetro por estar partido e gateado trouxe-o em conta.
Há muito tempo andava na procura de um exemplar, os que vou encontrando, alguns em bom estado, outros piores caros, nunca nenhum me encantou como este em que a decoração irradia do centro para as abas, termina com botões em flor na cor do alecrim, a carateristica decorativa desta faiança na introdução desta variante do azul.

14 comentários:

  1. Olá,
    Que delícia poder ver um pedacinho da sua coleção assim arrumada, tanto na parede, quanto na cristaleria. Você tem exemplares muito bonitos!!
    Este prato eu gostei pela forma como a decoração parte do centro e toma as bordas, como você mesma bem descreveu.
    abraços e felicidades!

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  2. Olá Fábio, muito obrigado pelo seu comentário. O mais interessante na minha coleção de faiança é que não é estática, está sempre em constante mudança, umas vezes exposta na parede outras no móvel e ainda outras mudam de casa. Tudo porque a febre da compra continua e o meu marido há mais de um ano terminou com os pregos nas paredes...
    As minhas casas mais se assemelham a espaços museológicos onde se convive no dia a dia...só mesmo para quem goste, para outros são um autentico pesadelo. Mas cada um vive como lhe aprouver no prazer e não em função dos outros.

    O verão ainda dá cartas por aqui...ai deve estar a começar...
    Beijos
    Isabel

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  3. Ola minha querida Isabel, muito bonito o prato, um quanto diferente e bem mais "leve" do que é habitual nesta faiança...

    Espero que tudo esteja bem, por aqui uns dias melhores que outros....espero em breve falar de uma possivel novidade a nivel profissional....mas nunca se sabe se correrá bem....veremos....

    Beijinho

    Marília Marques

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  4. Ola Maria Isabel

    Aquele com florzinhas miudinhas no meio da prateira de cima da ultima foto é um companhia das indias? Querem-me vender prato desses mas não sei o valor..

    Lindos pratos.

    Hoje vou postar um que me deram!! Aposto que vai gostar

    Flávio

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  5. Olá!
    morar em uma casa que se assemelha a espaços museológicos é algo que eu entendo MUITO bem! :-)
    bjos

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  6. Olá Maria Isabel,
    Custa-me estar sempre a repetir-me e por isso é que às vezes demoro mais a deixar comentário. Acho extraordinário que a M.Isabel desencante faianças tão diferentes, duma variedade de decorações inesperada e peças que eu acho sempre bonitas. Os preços também são quase sempre muito razoáveis...
    Resultado: venho aqui muitas vezes dizer a mesma coisa... :)
    Se calhar aí para os seus lados aparecem coisas que eu nunca vejo por aqui.
    Por exemplo, acho que não tenho nenhuma faiança cor de grão e a M. Isabel tem várias...
    Beijos

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  7. Querida Marília muito obrigada pelo teu comentário, porque gostaste do prato e percebi que conheces sobre o que falei,mas sobretudo pela novidade profissional, essa sim nesta altura o mais importante para ti e para todos os que gostam de ti.Vou acender uma velinha aos meus Santinhos para te iluminarem. Este ano foi fértil na tua vida com tamanhas alegrias e inesperadamente tristezas que tanto te abalaram. Sendo que és uma linda mulher, muito jovem e com um bom coração, mereces ainda encontrar a tua felicidade e estabilidade profissional porque carinho dos pais e de alguns amigos tens sempre, embora no meu caso reconheço que deveria estar mais presente. Conheces a minha vida, também não é fácil... andar por aqui neste meio virtual é um escape, uma forma de me ligar ás pessoas que gosto sem contudo....desculpa,só sei que se agora te encontrasse na rua corria para te abraçar a chorar...
    Boa sorte, hoje vou sair com outra amiga que o marido faleceu, tem sido uma semana de cansaço.
    Fica bem e não te esqueças de sorrir!
    Beijos
    Isabel

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  8. Olá Flávio
    Não vai acreditar...já perdi dois comentários extensos.
    Obrigada por gostar dos meus pratos.

    Em relação à porcelana Companhia das Índias em sua homenagem e para perceber e ficar a conhecer melhor vou de seguida fazer um post com a minha pequena coleção.

    Neste post não se encontra nenhum prato desses. Não misturo faiança com porcelana tão antiga. Nessa 1ª prateleira o que vê são todos pratos Sacavém, os pequenos, sendo que o da frente, o pratão é da fábrica Outeiro de Águeda tal como o grande abaixo.
    Beijos
    Isabel

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  9. Olá Maria Andrade
    Muito obrigada pelo seu comentário.
    É sempre enorme o prazer de a ler, não se repete nada, é sugestão...a vida também não é no dia a dia uma repetição...e no entanto todos temos veleidades de a alterar nem que seja só um bocadinho...
    O seu comentário acabou por ser lindo, gentil e ainda perspicaz, "não tem nenhum exemplar esmalte cor de grão" pois aqui está encontrado o mote para quando encontrar um airoso o comprar e guardar para lhe oferecer.
    Continuação de boa semana
    Beijos
    Isabel

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  10. Olá Fábio

    Deu para perceber que convivemos no dia a dia em espaços algo semelhantes. Coisa de prever, então não somos amantes de loiça!
    Amei o desabafo
    Bj
    Isabel

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  11. Que belo prato, embora eu não arriscasse uma atribuição, mas a Maria Isabel não é mulher para meias medidas.

    O Manel tem um prato também com umas folhagens com um certo ar de família com o seu. Irei pedir autorização para o mostrar e podermos fazer uma boa comparação.

    Beijos

    Be

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  12. Olá Luís, muito obrigado pelo seu comentário.
    Trata-se de um prato digamos sem meias medidas, invulgar pela família de folhagem pontiaguda, tons verdes claros,castanhos que vão desde o claro ao escuro arroxeado( este último tom também carateristico de fábricas de Lisboa e do Prado com azul)e um azul estranho berrante, sob esmalte branco sujo, a que chamo grão, muito usado pelo Brioso.
    Sabe que eu gosto de arriscar, fui treinada anos, uma das virtudes é de atiçar as ideias de outros e o resultado geralmente acaba por ser bastante interessante na matéria conclusiva mais perto do que se pretende atingir, a origem da faiança.Vou fazer de seguida outro post com uma peça esmalte esverdeado atribuída também a Coimbra para precisamente os seguidores e amantes de faiança se aperceberem da palete de cores usada no esmalte nas olarias nos finais do século XIX.
    Claro que não sou de aventar por tudo e por nada, faço uma avaliação prévia juntando pormenores e nas feiras pegando nos pratos, analiso-os,é evidente que há sempre margem de erro, por não estarem marcados.Em jeito de conclusão deixo a interrogativa de faiança de Coimbra ou norte, Prado?

    Gostaria muito de ver o prato semelhante que é do Manel.
    Bj
    Isabel

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  13. Maria Andrade disse...
    (não consigo comentar com a minha conta)

    Olá Maria Isabel,
    Pensava que já aqui tinha deixado um comentário a agradecer-lhe a sua generosa oferta, mas pelos vistos não.
    Nesta altura estava a iniciar um período de férias longe de casa e vinha pouco ao computador: ou logo de manhã, ou só à noite, por isso se calhar deixei o comentário à pressa e nem me apercebi que não foi publicado.
    De qualquer modo, não queria que se estivesse a incomodar, até porque, como está à vista, as amizades pela internet são muito frágeis e efémeras...
    Um abraço

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  14. Olá Maria Andrade

    Seja bem aparecida neste meio virtual.Eheheeh... nós já nos conhecemos.

    O que disse está dito, caso encontre um exemplar airoso esmalte cor de grão o ofertarei, sim.

    Quanto às amizades na internet serem muito frágeis e efémeras...é como tudo na vida, ou melhor como as outras. Sempre há alguma coisa que nos desilude, porque esperamos sempre mais,por outro lado os outros também se desiludem connosco, porque não esperam atitudes menos ponderadas no que dizemos e defendemos com teimosia na defesa do nosso ponto de vista ou também pura e simplesmente porque acham que não dizemos nada que preste...que os enriqueça.
    Impossível agradar a gregos e troianos.
    Prezo o respeito, a partilha de afetos e a do conhecimento, e isso basta-me.
    Todos somos livres,defendemos pontos de vista que podem não ser aceites por outros, contudo aparecem outros, e novos dão lugar a novos, e...
    Isto para dizer que os meus amigos virtuais são poucos, contam-se pelos dedos e a Maria Andrade não faz parte dessa lista, gostei imenso de a ter conhecido.
    Havemos de nos encontrar noutras feiras...ando a tratar de tirar o cartão de feirante, gosto de legalidade.

    Divirta-se, merece.
    Beijos
    Isabel

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