segunda-feira, 23 de maio de 2011

Travessa em faiança Devezas, Pereira Valente ou Miragaia (?)

Comprei esta linda travessa quinada ou oitavada, na feira de Algés.
Motivo casario-, cópia do inglês Roselle  que foi largamente pintado por Vilar de Mouros e nesta cor.
 
  • Faiança homogénea, translúcida, e pintura mais fina pode ser fabrico de Miragaia que pintou também em rosa. De esmalte branco lembra Devezas e Fábrica Pereira Valente, por isso a grande dúvida na atribuição, mas norte concerteza!
O vendedor sempre com espólios encaixotados. Demoradamente tira as peças, mal as desenrola já tem vendedores à sua volta para as comprar a bom preço e revender.
O ajudante o Sr Marinheiro, alcunha ou nome de família vai fazendo as vendas das coisas mais baratas ou por atacado. Discutem sempre, ou porque não ouviu bem o preço ou porque atendeu alguém e havia outra pessoa que queria a mesma peça e ainda as mulheres junto ao estaminé não desgrudam nem os homens na expetativa de ver o que sai do caixote, vi saírem lampiões em latão com 3 metros de altura, lindos e...
Desta vez apeteceu-me furar a barreira, ainda vem que fui persistente, porque o meu marido já nem pára e eu sem carteira a chamar por ele...
Vi dois pratões azuis de Coimbra, aprecei um deles pediu-me 50€, dei uma volta à feira, voltei, perguntei de novo, aos dois fazia 75€. Deu-me o mote para espiar o chão e atrever-me a perguntar o preço desta travessa em muito mau estado, cheia de cola de contato amarela sujissima, pelo preço nem pestanejei.
Em casa com água quente lavei-a e tirei o excesso de cola. Ficou linda.
Debruada a esponjados toda sob o mesmo tom rosa, arabescos,motivo central uma casa de telhado inclinado com a bandeira no topo ladeada de árvores ramagens em esponjado ligeiramente inclinadas como desde o século XVI também se pintaram em Coimbra.

Tardoz da travessa. Esmalte polido branco e brilhante.

Enquadrei-a na parede da sala.Claro,tive de retirar bonitos pratos. 
Na net num site de leilões encontrei este prato com o mesmo desenho e a mesma cor atribuído a Coimbra (?)
  • Aliás a folhagem da travessa e do prato são semelhantes o que aventa terem saído da mesma fábrica, apesar de terem sido obras de pintores diferentes, visível no rodapé.

8 comentários:

  1. Isa!

    A travessa é linda e o preço faz-me corar de inveja :) Cá pelo norte, não há desses preços, mas na feira de Ponte de Lima, comprei muito barato um prato, com o motivo "Casario". Senti-me toda realizada lol!
    Casario é motivo, não é? Não me deixe dizer disparates :)
    Mas hoje é a sua travessa a protagonista, portanto voltemos a ela. O cor-de rosa é lindo, e o motivo da cercadura (são aves?),invulgar.
    Quanto à sua origem, remeto-me ao silêncio :), embora, tenha visto numa leiloeira, um prato com um motivo muito semelhante a este, a que é atribuído o fabrico a Vilar de Mouros.

    Beijinhos
    Maria Paula

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  2. Em primeiro lugar parabéns pela foto que encima o seu blog, uma linda vista de Lisboa tirada do Carmo.

    Nos sites dos leilões essas faianças aparecem atribuídas a Vilar de Mouros, mas não acredito lá assim muito nisso. Sei que a fonte de inspiração é o motivo inglês Roselle, mas n arrisco palpites sobre quem a fabricou em Portugal.

    Beijos

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  3. Que peça mais LINDA! Adorei a decoração, encantadora demais. Parabéns pela compra.
    A foto no cabeçalho de seu blog me fez sentir um aperto no peito, de tantas saudades do já distante 1994, quando visitei Lisboa.
    abraços
    Fábio

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  4. Olá Maria Paula.
    Muito obrigada pelo seu comentário.
    De fato é linda e o tom raro.
    Foi um achado numa manhã de maré de sorte.

    Beijos
    Isabel

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  5. Olá Luís. Muito obrigada pelo seu comentário. Sabia que a foto de abertura iria despertar atenção...eheheh
    Quanto ao motivo da travessa, de fato é uma cópia do inglês Roselle bastamente pintado por Vilar de Mouros.
    Gosto de lançar dúvidas!
    Por isso arrisquei Coimbra e Alcobaça que julgo que também o pintaram, aliás tenho um pratão de Alcobaça mais moderno século XX com o mesmo motivo. O pouco que tenho visto de Vilar de Mouros, parece-me ser uma faiança mais grosseira, a textura da massa com mais buracos e a pintura deslavada ou muito ingénua.

    A minha travessa é rara pelo tom rosa.
    Num repente fui à sala e dei uma vista d'olhos nela e noutra que atribuo a fabrico do norte.
    As duas tem em comum o esponjado antes da bordadura da barra.Também esponjados no centro.
    Visualizam-se as duas na foto.
    O tardoz é muito semelhante, pasta branca polida quase homogénea.
    Arrisco a dizer que saíram da mesma fábrica.
    Uma teimosia minha opinar.

    Boa semana de trabalho
    Beijos
    Isabel

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  6. Olá Fábio. Muito obrigado pelo seu comentário sempre tão carinhosos.

    Que bom a foto de abertura o fazer sentir saudades de Lisboa. Quem sabe se a próxima viagem não se concretizará mais depressa do que imagina. A fé é a última coisa a perder-se!

    Ainda bem que gostou da travessa e da decoração na parede da sala.

    Beijos
    Isabel

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  7. OI AMIGA
    SOU LOUCA POR TRAVESSAS E PRATOS NA PAREDE, TENHO ALGUNS PRATOS, POUCOS ATÉ, TRAVESSA NENHUMA, MAS OS SEUS SÃO MARAVILHOSOS!!!
    ADOREI!!!
    BJS
    TINA ( SONHAR E REALIZAR)

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  8. Olá Tina, muito obrigada pelo teu comentário.
    Ainda bem que gostas de pratos e travessas nas paredes.Também é o sitio onde mais gosto de os mirar.

    Particularmente aprecio faiança, loiça mais antiga, alguma de massa mais grosseira ao invés da porcelana que por ser polida, fina e de pintura delicada não me atrai tanto, apesar de lindissima.

    Beijos
    Isabel

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