quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Chocalhos em latão



São seguramente as primeiras peças que comecei por comprar, já lá vão 30 anos...
Ainda me lembro de ver as ovelhas e cabras com eles à volta dos pescoços, sobretudo do ruído característico, sonante, relaxante no ritual do pastoreio da erva rasteira no adro da capela mesmo à frente da minha casa, já na primavera adorava os borregos e cabritos pequenichotes com apêndices pendurados no lugar dos chocalhos e ainda restos do cordão umbilical seco,de pernitas trolhas a cambalear...
Alguns chocalhos tem coroas gravadas
Há anos que não os vejo pelas feiras...

  • Os chocalhos grandes de fivelas em cabedal trabalhadas a canivete pelos pastores.

Os meus azulejos

Os meus parcos azulejos decoram inexplicavelmente a minha minúscula casa de banho do r/c da minha casa de província
Gosto de os mirar pendurados em aranhas de metal,em jeito de quadros, acho fascinante... ali naquele escuso espaço sob o comprido, então não a fizeram aproveitando o vão da escadaria para o 1º andar
O que eu tenho de falar, implorar para o meu marido, que não gosta nada de pregar os pregos, a parede é rija como um raio...
Por isso é que ser livre deve ser muito agradável, faz-se o que nos dá na real gana e não se ouve epitáfios de ninguém
Tempo de começar a pensar...ehehehehe
Quanto a este exemplar é de 1640, o vendedor na feira-da_ladra pediu-me 10 €, aí perguntei-lhe pela esposa, apelei aos afectos, disse-me que estava doente, fez-me um desconto, trouxe-o por 5 €
Nesse sábado ao mesmo vendedor também comprei este nas mesmas tonalidades,azul e amarelo, as minhas favoritas, a banca no chão repleta de painéis de todos os séculos, este disse-me que era do século XVIII, custou 5 €
Quanto a este adorei a simplicidade, harmonioso o desenho, também comprado na feira da ladra por 2 €
Bem, quanto a este, desculpem-me, sei que não devia...mas o impulso de o ter foi mais forte!
Um belo dia fui passear à quinta da Fidalga no Seixal, por entre o arvoredo e o tanque que enche consoante a maré, um retiro para lazer decorado a azulejos, no chão alguns partidos, este inteiro...olhei para ele e não resisti, as esbeiçadelas já foram feitas por mim a tentar por-lhe a aranha, é tremendamente grosso
Se a quinta foi do irmão do Vasco da Gama, seguramente é século XVI
Este também o comprei na feira da ladra, nunca tinha visto outro assim igual, como era em tons azuis os meus favoritos,não hesitei em compra-lo por 2€
Sempre gostei de azulejos figurativos, sobretudo com animais
Este será do século XX, uma boa reprodução de anteriores, comprei-o a um velho conhecido vendedor em Setúbal por 5€

Restauro - Quadro


Quadro.Relíquia encontrada para os lados da casa da Amália no Brejão.
Ao meio da caminhada por entre frondosa vegetação a imitar Sintra,ainda pedras basálticas soltas e o riacho com levada corrida em ravina sinuosa, do outro lado mimosas ressequidas a morrer de pé em jeito de imitar o lindo soneto de Florbela Espanca, por entre os ramos a rede de limitação da propriedade, mui velha, ferrugenta esburacada...
Lugar emblemático, não sei se foi dos morangos saborosos que antes comi, se foi da emoção do local, algo mexeu e de que maneira comigo, uma brutal indisposição.
Cenário deprimente!
Não sei o que me passou pela cabeça e sem pensar, ponderar, não resisti, ainda hoje tal me intriga como fui capaz,num gesto impensado não me assustou o pó, teias de aranha e pregos ferrugentos, mesmo assim, tirei-a debaixo do entulho de lixo.
Restaurei-a ao meu jeito, enriquecia-a numa moldura cujo estilo vira na colecção Berardo no CCB
Decora hoje o quarto da minha filha noutra casa das três que possuo.
Quem a contempla gosta dos tons fortes, quentes que incuti para esconder as mazelas, o resultado é no mínimo muito agradável.
Melhorou com a moldura preta.Pena é não ter a foto primitiva para se avaliar o forte contraste. Nada a fazer!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cantão Popular com 36 cm de diametro de Miragaia(?)



 






Mede 36 cm, o meu maior prato...
A foto não lhe dá a notoriedade que tem ao se olhar para ele, que pena.Apresenta uma pintura naturalista típica do norte - um homem com a enxada às costas e um animal.
Adore-o ainda mais quando o vi, pela sua eloquente tonalidade e grandeza.
Também pela tonalidade ser em azul, a minha favorita.
  • Este modelo decorado a azul -, com o tipo Miragaia -, a que chamamos Cantão Popular foi fabricado por volta de 1850.
Comprei-o num site na net, custou 17 €, gateado.
O  esmalte é lácteo e de agradável brilho e leve e de boas formas.

Numa feira de Montemor vi numa banca um grande muito decorativo em amarelos que o vendedor me dizia ser Fervença...vi logo que não era -, intrigou-me que tinha em azul a cúpula igual a este que no caso destoava. 
Já vi terrinas com este motivo e a pintura nelas todas é muito ingénua, mal definida tal como esta que apenas se destaca  -, cúpula, arvoredo e um homem e um animal.
  • O esmalte no tardoz identifica muito a fábrica em conjunto com o tamanho e a pintura . Num site de leilões vi dois pratos iguais atribuídos a Miragaia.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pequena arca de madeira



Foi pertença da minha sogra.Serviu durante anos para levar para as vindimas para terras do Ribatejo
Por dentro tem uma pequena divisória, nela levava os enchidos e toucinho, batatas e feijão seco,panela,bacia para comer a que gosto de chamar palangana e alguidar.
Comprei os pés para a assentar e assim ficar mais elegante.
Uso-a para guardar as mantinhas de inverno com que nos aconchegarmos nos sofás numa outra casa.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Penico em faiança de Coimbra (?)



Aqui está uma peça que aprecio, penicos de Coimbra!
Século XIX  - fabrico de barro vermelho , notória a porosidade da massa malegueira decorado com dupla de filetes no bojo em azul - a do rebordo já se foi, tal o uso, e a lixívia que usei para o lavar...

Faiança do norte de Gaia com flor de avenca a imitar o Juncal

Grande prato em faiança com motivo decorativo simples- ramos de avenca. Numa primeira impressão diz-se que é produção do Juncal. Numa s...