Prazer intenso pelas velharias: faiança, arte sacra, azulejos e cerâmica. Encantamento mayor perder-me ao contemplar peças que me prendem o olhar, por me reportarem de algum modo a lembranças de pessoas que ficaram nesta vida no meu coração por as terem em suas casas e registei na minha memória.Também porque as feiras me alentam por interagir com gente anónima pelo gosto da conversa e da partilha. Foto tirada no dia 21 de maio de 2011 no Carmo.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Pés de suporte para arcas
Comprei-os numa loja de coisas velhas e cheiros nauseabundos. Estavam em muito mau estado. Restaurei-os e com o resto de tintas das camas - diferentes, o azul por ser para metal ao não aderir ficou com o aspecto pipo laivos, que achei interessante.A arca é da minha filha oferecida pela minha irmã quando ela nasceu. Na altura forrei-a toda com chita e guardava lá os brinquedos.
Outros pés de madeira noutra arca.
Móveis altos e estreitos em madeira
Comprei dois móveis estreitos e altos para servirem de mesas de cabeceira. Numa daquelas casas que agora há com toxicodependentes que ficam com os
pertences de quem parte para o além.Acontece que o espaço nos quartos da casa
rural é muito pequeno. Fiquei desfraldada. Aproveitei-os para a sala.
Muitas peças foram furtadas - a travessa pendurada tipo hexagonal em faiança com um desenho incomum e as leiteiras e açucareiros.
Sacavém terrina motivo "cavalinho" em rosa
Escaparates de madeira com estórias...
Queria um escaparate alentejano para exposição de pratos.
Acontece que o marceneiro era alentejano, O Sr Rosado, mas o escaparate, saiu normal.
Arranjei uma parede na sala da casa rural para o colocar.
- Deixaram-no limpinho. Roubaram todas as peças.Regressei pelo Carnaval .Desilusão tamanha, constatei que a casa tinha sido assaltada.
O escaparate ficou despido, apenas deixaram os vidros e os pratinhos com florzinhas de Sacavém.
Levaram apenas peças de faiança, com o penico de Sacavém que só dei conta no verão quando limpava a mesinha de cabeceira,inventariei 50 peças.
Sei que podia ter sido pior, muito.
Tive alguma culpa, deixei debaixo de telheiro uma arca de pinho antiga encostada à parede da casa de banho e ainda por cima a janela basculante ficou aberta para a casa tomar ar , apenas com uma rede precária. Mote fácil aos larápios que cuidadosos, retiraram a janela e a deixaram encostada entre a parede e a arca e uma vez dentro de casa puderam escolher à vontade o que quiseram levar.
Tamanha revolta a minha, mas sei que podiam ter estragado, deixado portas e gavetas abertas, mas não, até foram cuidadosos.
- Por sorte fotografei em jeito de despedida a casa rural.
- Hoje está decorado com peças antigas de esmalte.
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